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Anvisa aprova uso emergencial de remédio antiviral contra covid-19

Molnupiravir tem 30% de eficácia contra casos graves e mortes por Covid - Divulgação/ MSD
Molnupiravir tem 30% de eficácia contra casos graves e mortes por Covid Imagem: Divulgação/ MSD

Do UOL, em São Paulo

04/05/2022 19h18Atualizada em 05/05/2022 11h40

A Anvisa liberou o uso emergencial do medicamento molnupiravir, um comprimido antiviral, contra a covid-19. A solicitação havia sido feita em novembro de 2021. O medicamento é produzido pela farmacêutica Merck Sharp & Dohme, conhecida como MSD.

A Fiocruz firmou um acordo com a farmacêutica, para a produção do fármaco. A instituição brasileira também será responsável pela armazenagem, administração, rotulagem, embalagem, testagem, liberação, importação e fornecimento do medicamento para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Por se tratar de aprovação emergencial, a Anvisa ainda deve monitorar dados sobre a qualidade do remédio administrado em larga escala na população. Algumas incertezas sobre seus efeitos fazem com que, por enquanto, o medicamento ainda não seja recomendado para gestantes e lactantes.

A dosagem em pacientes adultos é de 800 mg (quatro cápsulas de 200 mg) por via oral, a cada 12 horas, com ou sem alimentos.

O molnupiravir deve ser utilizado em pacientes adultos, com a doença em seu estágio inicial, cinco dias após o início dos sintomas e tem 30% de eficácia em evitar casos graves e mortes por covid-19, apontam os primeiros resultados.

O medicamento já foi aprovado por agências reguladoras dos Estados Unidos (FDA), da Europa (EMA), do Japão, do Reino Unido, da Austrália, além da Organização Mundial da Saúde. Ao todo, está em uso em 17 países.

Outros medicamentos contra a Covid

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária também já aprovou outros remédios para tratar da doença. No final de março, novamente de forma emergencial, o Paxlovid foi autorizado para pacientes com covid-19 em estágio inicial. Ele tem 89% de eficácia contra casos graves da doença.

Já no início de abril, foi a vez do baricitinibe ter o uso aprovado, mas sendo destinado para pacientes hospitalizados que estejam recebendo ventilação mecânica.

Indicação

De acordo com a Anvisa, o medicamento é indicado para o tratamento da covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar, que apresentam risco aumentado de progressão da doença para casos graves e cujas opções alternativas de tratamento aprovadas ou autorizadas pela Anvisa não são acessíveis ou clinicamente adequadas.

O medicamento é de uso adulto, com venda sob prescrição médica, e não é recomendado durante a gravidez, a amamentação e em mulheres que podem engravidar e que não estão usando contraceptivos eficazes. Isso porque estudos de laboratório em animais mostraram que altas doses de molnupiravir podem afetar o crescimento e o desenvolvimento do feto.

O molnupiravir deve ser utilizado durante os cinco primeiros dias após o aparecimento dos sintomas, de modo a evitar o desenvolvimento de uma versão resistente do vírus. Além disso, deve ser limitado a cinco dias consecutivos.

A dosagem em pacientes adultos é de 800 mg (quatro cápsulas de 200 mg) por via oral, a cada 12 horas, e por cinco dias, com ou sem alimentos. O medicamento deve ser utilizado assim que possível após o diagnóstico da doença e dentro de cinco dias do início dos sintomas.

Contraindicações

A agência reguladora esclarece que o medicamento é contraindicado nos seguintes casos:

- para uso em pacientes com menos de 18 anos de idade;
- para uso em mulheres grávidas;
- para início do tratamento em pacientes que necessitam de hospitalização, uma vez que seus benefícios não foram observados em indivíduos quando o tratamento é iniciado após a hospitalização;
- para uso por mais de cinco dias consecutivos;
- para profilaxia pré-exposição ou pós-exposição para prevenção de covid-19.

Prescrição médica

A Anvisa alerta também que o molnupiravir é um medicamento que deve ser usado após a avaliação e a prescrição médica. Requer adequada dispensação farmacêutica, com orientações de que o medicamento é de uso individual e não pode ser repassado a terceiros sem avaliação e prescrição médica.

*Com informações da Agência Brasil