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Quarta dose será autorizada para pessoas acima de 50 anos, diz Queiroga

Detalhes sobre aplicação serão publicados em nota técnica a ser divulgada pelo Ministério da Saúde - Roberto Casemiro/FotoArena/Estadão Conteúdo
Detalhes sobre aplicação serão publicados em nota técnica a ser divulgada pelo Ministério da Saúde Imagem: Roberto Casemiro/FotoArena/Estadão Conteúdo

Henrique Sales Barros

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/06/2022 13h40Atualizada em 02/06/2022 15h32

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que a pasta aprovará a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 — ou a segunda dose de reforço — para pessoas acima de 50 anos.

"A segunda dose de reforço já está autorizada para acima de 60 anos pelo Ministério da Saúde, e vamos ampliar para acima de 50 anos", disse Queiroga hoje, após participação em evento ministerial em Brasília.

A segunda dose de reforço contra a covid-19 já está autorizada para pessoas com 60 anos ou mais desde meados do mês passado. "Nós temos vacina. O governo federal se preparou para isso", afirmou Queiroga.

Os detalhes sobre como funcionará o esquema de aplicação da quarta dose para maiores de 50 anos serão descritos em nota técnica a ser divulgada pelo ministério. Na pasta, a expectativa é de que o documento seja publicado amanhã.

Ao aprovar a quarta dose para pessoas com 60 anos ou mais, a Saúde recomendou a aplicação quatro meses após a imunização com a primeira dose de reforço. As vacinas apontadas para o esquema foram as das farmacêuticas Pfizer, Janssen e AstraZeneca.

Sobre vacinas como a CoronaVac, de tecnologia diferente das demais, não serem apontadas para o esquema, a pasta disse que aguarda "novas evidências científicas sobre a sua efetividade como doses de reforço em idosos e imunocomprometidos".

A ampliação do público-alvo para a quarta dose se dá em um momento em que o Brasil enfrenta, após flexibilizações, uma alta no número de casos e internações pela covid-19 e enquanto estados e municípios voltam a, no mínimo, recomendar o uso de máscaras em locais fechados.

O número de mortes, ainda que também em alta, não tem tido a mesma elevação. Estudos publicados apontam que as vacinas utilizadas no Brasil aumentam a proteção contra a covid-19 mesmo entre pessoas que já tiveram a doença, evitando especialmente a ocorrência de mortes.

Até ontem, 77,4% da população brasileira já havia tomado ao menos duas doses da vacina contra a covid-19, segundo dados compilados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Quase 93 milhões de brasileiros já tomaram ao menos uma dose de reforço contra o novo coronavírus, e 3,5 milhões, até quatro, também de acordo com os dados do consórcio.