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Covid: internações em hospitais estaduais de SP sobem 86% em duas semanas

Ala da enfermaria no hospital Emílio Ribas, em São Paulo - Reinaldo Canato/UOL
Ala da enfermaria no hospital Emílio Ribas, em São Paulo Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Giovanna Galvani e Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

05/06/2022 16h07

As internações de pacientes com covid-19 nos hospitais estaduais de São Paulo saltaram 86% na comparação entre as duas últimas semanas epidemiológicas, afirmou o secretário de Saúde do estado, o infectologista Jean Gorinchteyn, ao UOL.

Segundo Gorinchteyn, há 3.200 pessoas internadas, sendo 900 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 2.300 em enfermaria. Na semana anterior, eram 1.720 pacientes internados.

O secretário diz que o perfil das pessoas internadas, em sua maioria, é composto por pessoas que não tomaram todas as doses de vacina necessárias e outros pacientes idosos ou com comorbidades.

"Muitas vezes, são pessoas internadas de forma antecipada, para não correrem risco de evoluir para um quadro mais grave", explica.

2,7 milhões com 2ª dose atrasada

Por isso, ele pede que a população com doses atrasadas vá a um posto de saúde se imunizar. Gorinchteyn afirma que há 2,7 milhões de pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina — 700 mil são crianças entre 5 e 12 anos. O número de atrasados da dose de reforço é ainda maior: 10 milhões de habitantes não tomaram a dose extra, segundo Gorinchteyn.

Há ainda a quarta dose de vacina. Quem tem mais de 50 anos já pode ir a um posto de saúde tomar mais um reforço contra o coronavírus.

O país enfrenta um aumento no número de casos de covid-19 que, apesar da ascensão, acontece em menor proporção se comparado ao começo do ano, quando a variante ômicron causou uma onda de casos, internações e mortes. A vacina é a explicação para que o impacto da onda atual não lote os hospitais com quadros graves de covid.

O novo salto de infecções motivou o governo de São Paulo a voltar a recomendar o uso de máscara em ambientes fechados.

A adesão à campanha de vacinação contra a gripe também deixa a desejar, segundo Gorinchteyn. "A vacinação da gripe é outro problema. Adesão baixíssima: apenas 38% da população se vacinou no grupo elegível de uma meta que nós temos de mais de 90%", afirma.

A capital realiza hoje uma campanha de vacinação contra gripe, covid-19 e sarampo em parques. Veja aqui os grupos que podem tomar as vacinas e onde encontrá-las.