Vacina contra gripe reduz em 40% risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo
Um estudo da Universidade UTHealth Houston, dos Estados Unidos apontou que as pessoas adultas que tomaram a vacina da gripe foram 40% menos propensas a desenvolverem Alzheimer em relação àquelas que não tomaram. O artigo será publicado na edição de agosto do periódico "Journal of Alzheimer's Disease".
A descoberta, que ainda passará por novas etapas de testes e estudos, aponta na direção de que a força do efeito protetor do imunizante aumenta de acordo com o número de anos em que uma pessoa recebeu uma vacina anual contra a gripe. Isto é, quanto mais doses da vacina da gripe tomadas ao longo da vida, menor serão as chances de desenvolver a doença degenerativa.
Os pesquisadores comentam que a próxima questão a ser respondida é se a vacinação contra a gripe também pode fazer com que os sintomas em pacientes com Alzheimer reduzam.
O estudo ocorreu dois anos depois que uma outra pesquisa, preliminar e menor, apontava para essa conclusão. Agora, com um número de voluntários muito maior — 935.887 pessoas vacinadas contra a gripe e 935.887 não vacinadas — foi possível atestar o que já se desconfiava. Isso porque 5,1% dos pesquisados que foram imunizados desenvolveram a demência contra 8,5% dos não vacinados.
A explicação para a vacina feita para prevenir formas graves dos subtipos mais comuns do vírus Influenza diminuir as chances de Alzheimer ainda não está clara e os próprios pesquisadores lembram que outros imunizantes, como a do tétano e da herpes, possuem efeitos parecidos contra a doença.
No caso desta, uma hipótese seria que um quadro grave de pneumonia, que pode ser causada por uma forte gripe, atuam para piorar a doença generativa e aumentar as chances de se tê-la.
Um outro passo dos estudos futuros também será comparar o efeito da vacina da Covid-19 para saber se ela tem o mesmo efeito preventivo.
6 milhões de pessoas sofrem com o Alzheimer nos Estados Unidos, país em que a pesquisa em questão foi feita. Aqui no Brasil, a estimativa oficial são de 1,2 milhão de pessoas com a doença, sendo que uma fração delas está subnotificada e sem diagnóstico.
O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que deteriora a cognição e a memória e acontece por conta do processamento errado de proteínas do sistema nervoso central e por isso perda progressiva de neurônios que resultam na dificuldade com a memória, a linguagem e o raciocínio, mas teorias chegam a divergir sobre as causas do quadro.
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