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BH e DF começam a vacinar crianças de 3 e 4 anos contra covid-19

Criança sendo vacinada: no Brasil, as crianças acima de 3 anos já podem tomar a primeira dose contra a Covid-19 - iStock
Criança sendo vacinada: no Brasil, as crianças acima de 3 anos já podem tomar a primeira dose contra a Covid-19 Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

22/07/2022 09h33Atualizada em 22/07/2022 15h56

Belo Horizonte e o Distrito Federal anunciaram hoje o início da campanha de vacinação em crianças de 3 e 4 anos contra a covid-19. A vacina a ser aplicada é a CoronaVac, liberada para esta faixa etária na última semana pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo Ministério da Saúde. No caso do DF, o público de 3 anos pode ser vacinado na xepa, quando faltar uma hora para o fechamento das salas de vacina.

Na capital mineira, receberão a primeira dose as crianças imunossuprimidas, que deverão ser levadas pelos pais ou responsáveis legais a um dos Centros de Saúde de BH — a lista completa de endereços pode ser acessada aqui.

Ainda não foi divulgado pela prefeitura o restante do calendário de vacinação de crianças entre 3 e 5 anos — a última idade já podia tomar a vacina da Pfizer, também disponibilizada nos postos de saúde, e agora poderá receber a CoronaVac. No Distrito Federal, as crianças de 3 e 4 anos receberão CoronaVac, enquanto as crianças de 5 a 11 anos são vacinadas com a Pfizer pediátrica.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, são consideradas imunossuprimidas crianças que se encaixam em uma das seguintes opções:

  • Imunodeficiências congênitas;
  • Imunodeficiência Adquirida - HIV/aids;
  • Imunodeficiências devido ao câncer ou à imunodepressão terapêutica;
  • Transplantes de órgãos sólidos;
  • Transplante de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
  • Comunicantes suscetíveis imunodeprimidos de pacientes com doenças transmissíveis;
  • Asplenia anatômica ou funcional, hemoglobinopatias, doenças de depósito e outras condições associadas à disfunção esplênica.

Na hora da vacinação, será cobrado um documento que comprova a condição da criança, como laudos médicos ou atestados com o CID da doença, emitidos há 12 meses, no máximo.

Além disso, os pais devem levar um documento de identificação com foto ou certidão de nascimento, CPF, comprovante de endereço e cartão de vacina. Caso terceiros levem a criança para vacinar, é necessário apresentar um termo de autorização para vacinação preenchido e assinado.

Vacina infantil

Na quarta-feira (13), a Anvisa liberou, por unanimidade, o uso emergencial da CoronaVac para crianças de três a cinco anos. A relatora, a diretora Meiruze Freitas, citou os benefícios da imunização para o grupo, e ressaltou a importância para redução de casos graves, complicações e sequelas causadas pela doença, bem como de mortes.

Mesmo considerando as limitações e incertezas relatadas pela área técnica, permitir que os gestores de saúde façam a avaliação do real custo de efetividade de usar a CoronaVac, bem como o direito dos pais que desejam vacinar os seus filhos, passa pelo escopo dessa avaliação.
Diretora Meiruze Freitas da Anvisa

CoronaVac teve produção suspensa

No fim de junho, o Butantan informou que a CoronaVac teve sua produção suspensa. Isso aconteceu, segundo o instituto, por falta de novos pedidos de lotes do imunizante. No total, o Butantan disse ter entregue mais de 110 milhões de doses ao Ministério da Saúde. O último envio ocorreu em fevereiro deste ano. Desde então, não houve procura para novos contratos.

Na quarta-feira, após a aprovação da Anvisa para a faixa etária de 3 a 5 anos, o Butantan afirmou que espera agora que o imunizante seja incorporado ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde, de acordo com a demanda necessária e mediante contratação. Ainda de acordo com o instituto, além do Chile, outros países como China, Colômbia, Tailândia, Camboja, Equador e o território autônomo de Hong Kong já administram a CoronaVac em crianças de três anos ou mais.