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Covid-19: Após 40 dias, média móvel de casos volta a registrar alta

Brasil se aproxima da marca de 684 mil mortes causadas pela covid-19 - Bruno Kelly
Brasil se aproxima da marca de 684 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Bruno Kelly
Beatriz Gomes, Ricardo Espina e Hygino Vasconcellos

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC)

31/08/2022 18h20Atualizada em 01/09/2022 19h46

A média móvel de casos conhecidos de covid-19 no Brasil ficou em alta de 20.838 nesta quarta-feira (31). Ela voltou a subir após completar, ontem, 40 dias em tendência de queda. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Hoje, também foram registrados 61.085 novos casos conhecidos de covid-19. O país já teve 34.472.679 testes positivos comunicados desde março de 2020.

A média móvel é calculada a partir da média de mortes —ou de casos— dos últimos sete dias. O índice é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.

Quatro regiões do país registram queda na média móvel de casos: Centro-Oeste (-18%), Nordeste (-23%), Norte (-29%), e Sul (-29%). Já o Sudeste apresenta estabilidade, de -10%.

Em relação às unidades da federação, seis apresentam aceleração da média móvel, duas estão estáveis e outras 16 em queda.

Nas últimas 24 horas foram registrados 115 novos óbitos em decorrência da doença no país. Com isso, desde o início da pandemia já morreram 648.029 pessoas por conta da covid-19. A média de mortes ficou em 128 e apresenta tendência de queda, com -28%.

Quatro regiões acompanham o cenário nacional de queda na média móvel de mortes: Centro-Oeste (-53%), Nordeste (-27%), Sudeste (-37%) e Sul (-21%). Já o Norte tem alta, de 100%.

Em relação às unidades da federação, uma apresenta aceleração da média móvel, seis estão estáveis e outras 16 em queda.

Acre, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins não registraram mortes nesta quarta-feira (31). Já os estados do Amapá, Goiás e Roraima não atualizaram os dados hoje.

Roraima não atualizou os dados hoje e alegou que o estado "está passando por instabilidade no serviço de internet". "É provável que tenhamos um atraso no repasse das informações sobre a Covid nessa quarta-feira (31)."

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (-5%)
  • Minas Gerais: queda (-14%)
  • Rio de Janeiro: queda (-19%)
  • São Paulo: queda (-54%)

Região Norte

  • Acre: queda (-100%)
  • Amazonas: queda (-39%)
  • Amapá: não atualizou os dados hoje
  • Pará: alta (494%)
  • Rondônia: queda (-50%)
  • Roraima: não atualizou os dados hoje
  • Tocantins: queda (-100%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-50%)
  • Bahia: queda (-44%)
  • Ceará: estabilidade (8%)
  • Maranhão: queda (-69%)
  • Paraíba: queda (-25%)
  • Pernambuco: estabilidade (11%)
  • Piauí: queda (-18%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-54%)
  • Sergipe: queda (-40%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (0%)
  • Goiás: não atualizou os dados hoje
  • Mato Grosso: estabilidade (-7%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-29%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-32%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (-2%)
  • Santa Catarina: queda (-34%)

Dados do governo

O Brasil registrou 114 novas mortes causadas pelas covid-19 nas últimas 24 horas, como indica o boletim divulgado hoje (31) pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, a doença provocou 683.965 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 15.842 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil, o que fez o total de infectados subir para 34.429.853 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 33.480.980 casos recuperados da doença até aqui, com outros 264.908 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.