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Segunda morte por varíola dos macacos é registrada em Minas Gerais

Brasil registrou quatro mortes pela varíola dos macacos até o momento - iStock
Brasil registrou quatro mortes pela varíola dos macacos até o momento Imagem: iStock

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/10/2022 15h22

Minas Gerais registrou a segunda morte por varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, na manhã de hoje (9). A confirmação foi feita pela Prefeitura de Pouso Alegre. Aa vítima era um homem de 21 anos.

De acordo com a administração de Pouso Alegre, a vítima apresentava comorbidades e morreu no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, onde estava internada desde 11 de setembro.

Em nota divulgada à imprensa, a prefeitura ainda informou que atualmente há quatro casos confirmados no município (sendo um deles o paciente que morreu, enquanto os demais passaram pelo isolamento domiciliar), um em análise e outros 45 casos que foram descartados.

Primeira morte no país. A primeira morte registrada em Minas Gerais foi também a primeira no país. Um homem de 41 anos morreu no dia 28 de julho em um hospital de Belo Horizonte, quando estava internado em acompanhamento hospitalar para monitoramento de outras condições clínicas graves.

No último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 3 de outubro, 7.323 casos já haviam sido confirmados no Brasil e outros 167 foram classificados como prováveis. Além das duas mortes registradas em Minas Gerais, outras duas também foram confirmadas no Rio de Janeiro, totalizando quatro mortes.

Quais os sintomas da varíola dos macacos?

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe.

Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem lesões na pele, que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo. Elas vêm acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios.

Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam, já que as casquinhas contêm material viral infeccioso, e que a pele esteja completamente cicatrizada.

De acordo com a OMS, até o momento, apenas 10% dos pacientes tiveram de ser internados por causa da doença. Há são mais de 41 mil casos registrados no planeta.

Como é a transmissão da varíola dos macacos?

A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas —a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluidos das lesões do paciente infectado —isso inclui contato a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente.