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Covid-19: Em alta há 2 dias, média de mortes completa 20 dias abaixo de 100

Brasil está perto de ultrapassar a marca de 688 mil mortes provocadas pela covid-19 - Bruno Kelly
Brasil está perto de ultrapassar a marca de 688 mil mortes provocadas pela covid-19 Imagem: Bruno Kelly

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC)

27/10/2022 18h15Atualizada em 27/10/2022 20h41

O Brasil registrou 53 novas mortes em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, a média móvel de mortes ficou em 67 e completou 20 dias abaixo de 100 registros, apesar de estar em alta há dois dias, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é calculada a partir da quantidade de ocorrências dos últimos sete dias. O indicador é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.

Na comparação com 14 dias atrás, a média móvel de mortes apresenta variação de 39%.

Apenas o Nordeste acompanha tendência nacional de aceleração no indicador, com variação de 186%. Já outras duas regiões têm queda - Centro-Oeste (-47%) e Norte (-33%) - enquanto outras duas registram estabilidade: Sudeste (9%) e Sul (9%).

Em relação às unidades da federação, cinco tem alta, seis registram estabilidade e 10 apresentam queda.

Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Santa Catarina não registraram mortes nesta quinta-feira (27).

As Secretarias de Saúde do Acre e Ceará atualizam os dados da doença apenas uma vez por semana (às sextas-feiras), bem como o Piauí, que repassa os dados às terças-feiras.

Desde o início da pandemia, foram 688.013 mortes causadas pela doença.

Nas últimas 24 horas, o Brasil teve ainda 8.580 novos casos de covid-19. Ao todo, são 34.857.648 testes positivos notificados desde março de 2020. Sergipe não registrou casos e mortes hoje. Tocantins não atualizou nenhum dado.

A média móvel de casos ficou em 5.553. Após 50 dias, o indicador voltou a registrar alta e apresenta variação de 24% em relação há 14 dias.

Apenas o Centro-Oeste segue o cenário nacional de aceleração no indicador, com variação de 18% em relação há 14 dias. Outras três regiões têm estabilidade: Norte (12%), Sudeste (-4%) e Sul (11%).

Entre as unidades da federação, nove têm aceleração, oito registram estabilidade e quatro apresentam queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-57%)
  • Minas Gerais: alta (38%)
  • Rio de Janeiro: alta (525%)
  • São Paulo: queda (-17%)

Região Norte

  • Acre: não atualizou os dados hoje
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: queda (-100%)
  • Pará: queda (-33%)
  • Rondônia: queda (-100%)
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: não atualizou os dados hoje

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-100%)
  • Bahia: estabilidade (9%)
  • Ceará: alta (827%)
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: queda (-100%)
  • Pernambuco: estabilidade (-7%)
  • Piauí: não atualizou os dados hoje
  • Rio Grande do Norte: não atualizou os dados hoje
  • Sergipe: não atualizou os dados hoje

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (0%)
  • Goiás: queda (-50%)
  • Mato Grosso: queda (-75%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (100%)

Região Sul

  • Paraná: alta (300%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-38%)
  • Santa Catarina: queda (-220%)

Dados do governo

Nas últimas 24 horas, o Brasil contabilizou 55 novas mortes causadas pela covid-19, como indica o boletim divulgado hoje (27) pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 687.962 óbitos em todo o país.

Pelos dados do órgão, houve 8.183 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, o que fez o total de infectados chegar a 34.815.258 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 34.038.995 casos recuperados da doença até aqui, com outros 88.301 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.