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Covid: Com dados represados, média de mortes tem maior marca em 10 dias

Brasil superou a marca de 696 mil mortes causadas pela covid-19 - Antônio Molina/Zimel Press/Estadão Conteúdo
Brasil superou a marca de 696 mil mortes causadas pela covid-19 Imagem: Antônio Molina/Zimel Press/Estadão Conteúdo
Isabella Cavalcante, Ricardo Espina e Hygino Vasconcellos

Do UOL e Colaboração para o UOL, em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC)

19/01/2023 18h36

O Brasil registrou hoje maior média móvel de mortes pela covid-19 nos últimos 10 dias. O indicador ficou em 128 enquanto nas últimas 24 horas foram 480 óbitos em decorrência da doença - maior patamar em 308 dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Os números elevados, entretanto, podem ter relação com dados represados de São Paulo, que há 11 dias não divulgava as informações.

A média móvel é calculada a partir da média de ocorrências dos últimos sete dias. O indicador é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.

  • Hoje a variação na média móvel de mortes é de -3% em comparação com 14 dias atrás e, em razão disso, apresenta estabilidade;

  • O indicador voltou a registrar estabilidade após nove dias em queda;

  • Apenas o Centro-Oeste acompanha a tendência nacional de estabilidade, com variação de 10% em relação há 14 dias;

  • Outras três regiões do país apresentam queda na média móvel de mortes: Nordeste (-34%), Norte (-61%) e Sul (-39%);

  • Já o Sudeste apresenta alta de 24%.

Desde o início da pandemia foram 696.148 mortes causadas pela doença.

O país também registrou, nas últimas 24 horas, 15.922 novos registros da doença. A média móvel de casos ficou em 15.762 e apresenta queda, com variação de -23%.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (-5%)
  • Minas Gerais: estabilidade (2%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (-13%)
  • São Paulo: alta (58%)

Região Norte

  • Acre:queda (-100%)
  • Amazonas: queda (-100%)
  • Amapá: queda (43%)
  • Pará: queda (-43%)
  • Rondônia: queda (-40%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: não atualizou os dados hoje

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-33%)
  • Bahia: queda (-19%)
  • Ceará: alta (31%)
  • Maranhão: não atualizou os dados hoje
  • Paraíba: não atualizou os dados hoje
  • Pernambuco: não atualizou os dados hoje
  • Piauí: não atualizou os dados hoje
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (14%)
  • Sergipe: queda (-62%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (0%)
  • Goiás: queda (-35%)
  • Mato Grosso: não atualizou os dados hoje
  • Mato Grosso do Sul: não atualizou os dados hoje

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (-13%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (-10%)
  • Santa Catarina: queda (-100%)

Dados do Ministério

Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil contabilizou 472 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença causou 696.087 óbitos em todo o território nacional.

Pelos dados da pasta, houve 21.031 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil, o que fez o total de infectados chegar a 36 desde março de 2020.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.