Ministra: não há evidência de que novas variantes da covid escapem à vacina
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou hoje que ainda não há evidências de que a variante da covid-19 "EG.5" e a subvariante "BA.6" escapem à imunização ou impactem em casos graves.
O que aconteceu:
Nísia explicou que o governo federal segue atento às variantes para antecipar cenários.
Ela disse ainda que as orientações seguem as mesmas e que a vacina "ainda é a melhor forma de proteção".
A ministra defendeu que o uso de máscaras é "apenas recomendado a pessoas imunocomprometidas". "Além disso, está disponível no SUS [Sistema Único de Saúde] um antiviral para tratamento da infecção logo que diagnosticada e no aparecimento de sintomas", publicou.
Nísia voltou a lembrar da importância de colocar a carteira de vacinação em dia. "Pessoas há mais de um ano sem vacina contra a Covid-19, principalmente aquelas em grupos prioritários, precisam receber a dose de reforço das vacinas bivalentes", argumentou.
Temos sempre estado atentos às variantes de Covid-19 para nos antecipar aos cenários. No momento, ainda não há evidências de que a EG.5 ou BA.6 escapem à imunização ou impactem em casos graves. As orientações seguem as mesmas. A vacina é ainda a melhor forma de proteção. (+)
-- Nísia Trindade Lima (@nisia_trindade) August 17, 2023
Variante e subvariante
Uma nova variante da cepa ômicron, a EG.5 ou Eris, tem preocupado cientistas nas últimas semanas. Nos EUA, ela já é dominante.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou casos dessa variante em 51 países, mas a Sociedade Brasileira de Infectologia informou que "não houve modificação no cenário de casos notificados de covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Brasil".
Os sintomas da Éris são os mesmos vistos em casos anteriores de covid, como coriza, espirros e tosse seca e contínua. Febre e dor de garganta também podem aparecer.
Já a subvariante BA.6 só foi encontrada, até agora, na Dinamarca e em Israel, mas também possui um nível espantoso e alarmante de mutação, segundo reportagem publicada pelo jornal Mirror.
Ainda é muito cedo para avaliar a subvariante, mas ela tem "novas mutações que a tornam diferente das cepas anteriores do ômicron", afirmou nas redes sociais a professora Christina Pagel, da University College London. Ela acrescentou que isso significa que é "potencialmente mais capaz de causar uma grande onda" de contágio.
UFRJ volta a recomendar uso de máscara em ambientes fechados
A Universidade Federal do Rio de Janeiro voltou a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados e aglomerações, assim como higienização frequente das mãos.
A recomendação se deve a um aumento de casos de covid-19 na instituição e ao temor de uma nova onda da doença, segundo nota técnica divulgada na quarta-feira (16).
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