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Rio flexibiliza restrições contra covid-19 e reduz exigência de distanciamento

Secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou a redução do número de internados - Reprodução/Youtube
Secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou a redução do número de internados Imagem: Reprodução/Youtube

Rodrigo Viga Gaier

No Rio de Janeiro

10/09/2021 10h40

A cidade do Rio de Janeiro deu mais um passo na flexibilização de medidas de isolamento contra a covid-19 e anunciou hoje a redução das exigências de distanciamento entre frequentadores de academias, centros de treinamento e piscinas, além de autorizar o aumento na capacidade de público para teatros, cinemas, parques, museus e pontos turísticos.

De acordo com a prefeitura carioca, nos locais em que são realizadas atividades esportivas a distância exigida entre as pessoas baixou de 4 metros para 1 metro. O município também ampliou de 40% para 60% a capacidade de uso de teatros, cinemas, parques, museus e pontos turísticos.

Essas e outras medidas estão em um decreto municipal publicado nesta sexta e que mantém medidas restritivas na capital até 20 de setembro.

A prefeitura já havia liberado nesta semana a presença de público em jogos do Flamengo no Maracanã a partir da semana que vem. A gestão municipal, comandada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), pretende começar a fazer eventos-teste para acompanhar o comportamento da pandemia na capital fluminense.

"A gente tem redução de internados, hoje são menos de 700 pessoas e já chegou a ser 1.400 pessoas... vemos queda muito expressiva na demanda por leitos", disse a jornalistas o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

"A gente tem uma tendência de queda mesmo com a delta. Em resumo, uma redução de internação, casos e óbitos", acrescentou.

A variante delta do coronavírus, que é mais contagiosa, representa 96% dos casos de covid na capital e cerca de 85% no estado, mas o avanço da vacinação tem ajuda a "amortecer" o impacto da variante, afirmam autoridades.

Na quinta, o estado do Rio de Janeiro bateu recorde de casos em um só dia, com quase 18 mil registros, mas segundo o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, a magnitude está ligada ao represamento de dados estatísticos após o feriado prolongado de 7 de Setembro.

"A tendência se vê por ocorrência e sintomas. A epidemia não está piorando. A tendência é de queda, mas com transmissão ainda significativa", disse ele à Reuters.

As medidas de flexibilização na capital fluminense vêm logo após um feriado prolongado com a presença de muitos turistas na cidade, taxa de ocupação de hotéis batendo recorde na pandemia, aglomerações de pessoas em locais públicos e privados, além de concentração de milhares de pessoas em atos a favor e contra o governo federal na terça-feira.