Novo premier turco apresenta gabinete de políticos leais Erdogan
Ancara, 24 Mai 2016 (AFP) - O novo primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, apresentou nesta terça-feira um novo gabinete formado por políticos leais ao presidente e homem forte do país, Recep Tayyip Erdogan, e prometeu uma transição para um sistema presidencialista.
Erdogan aprovou a nova equipe ministerial, na qual muitos pesos pesados do governo anterior mantêm seus cargos, como o ministro das Relações Exteriores Mevlut Cavusoglu e o vice-premier Mehmet Simsek, também titular da Economia, para grande alívio dos mercados, que o consideram fiador da estabilidade.
A principal mudança é a chegada de Omer Celik, porta-voz do Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), ao ministério de Assuntos Europeus em substituição a Volkan Bozkir, um diplomata de carreira que negociou um polêmico acordo com a União Europeia, assinado em 18 de março, para conter o fluxo de migrantes da Europa.
Berat Albayrak, genro e protegido de Erdogan, permanece como ministro da Energia e Efkan Ala na pasta do Interior, depois que a Turquia sofreu nos últimos meses atentados atribuídos à rebelião curda e ao grupo Estado Islâmico (EI).
A única mulher no novo gabinete de 26 integrantes é Fatma Betül Sayan Kaya, ministra da Família e de Políticas Sociais.
Yildirim, de 60 anos, eleito no domingo líder do AKP, anunciou de cara que pretende trabalhar por uma transição a um sistema presidencialista, como deseja Erdogan.
O novo chefe de Governo substitui Ahmet Davutoglu, obrigado a abandonar o cargo por divergências com Erdogan.
"Nosso caminho e nossa causa são as suas", disse Yildirim em referência a Erdogan, a quem chamou de "nosso líder", em um discurso no Parlamento.
"Os trâmites para mudar a atual Constituição e passar a um sistema presidencialista serão iniciados nos prazos mais curtos", anunciou.
A ambição do chefe de Estado de alterar o sistema turco para o presidencialismo provoca muitas preocupações, dentro e fora do país.
A chanceler alemã Angela Merkel expressou na segunda-feira "profunda preocupação" com o fim da imunidade parlamentar de vários deputados pró-curdos, que podem ser processados.
A medida poderia beneficiar o AKP, que não tem atualmente maioria suficiente no Parlamento para revisar a Constituição e reforçar as prerrogativas de Erdogan, um projeto que a oposição não aceita.
Yildirim, ex-ministro dos Transportes, é um antigo companheiro e fiel aliado de Erdogan, seu mentor político.
No que diz respeito à política estrangeira da Turquia - afetada pela guerra na vizinha Síria -, o novo chefe de Governo, relativamente novato na área, resumiu seu projeto: "Vamos aumentar nosso número de amigos e reduzir o de inimigos".
O programa do novo governo será apresentado ao Parlamento e a votação de confiança deve acontecer nos próximos dias.
Erdogan aprovou a nova equipe ministerial, na qual muitos pesos pesados do governo anterior mantêm seus cargos, como o ministro das Relações Exteriores Mevlut Cavusoglu e o vice-premier Mehmet Simsek, também titular da Economia, para grande alívio dos mercados, que o consideram fiador da estabilidade.
A principal mudança é a chegada de Omer Celik, porta-voz do Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), ao ministério de Assuntos Europeus em substituição a Volkan Bozkir, um diplomata de carreira que negociou um polêmico acordo com a União Europeia, assinado em 18 de março, para conter o fluxo de migrantes da Europa.
Berat Albayrak, genro e protegido de Erdogan, permanece como ministro da Energia e Efkan Ala na pasta do Interior, depois que a Turquia sofreu nos últimos meses atentados atribuídos à rebelião curda e ao grupo Estado Islâmico (EI).
A única mulher no novo gabinete de 26 integrantes é Fatma Betül Sayan Kaya, ministra da Família e de Políticas Sociais.
Yildirim, de 60 anos, eleito no domingo líder do AKP, anunciou de cara que pretende trabalhar por uma transição a um sistema presidencialista, como deseja Erdogan.
O novo chefe de Governo substitui Ahmet Davutoglu, obrigado a abandonar o cargo por divergências com Erdogan.
"Nosso caminho e nossa causa são as suas", disse Yildirim em referência a Erdogan, a quem chamou de "nosso líder", em um discurso no Parlamento.
"Os trâmites para mudar a atual Constituição e passar a um sistema presidencialista serão iniciados nos prazos mais curtos", anunciou.
A ambição do chefe de Estado de alterar o sistema turco para o presidencialismo provoca muitas preocupações, dentro e fora do país.
A chanceler alemã Angela Merkel expressou na segunda-feira "profunda preocupação" com o fim da imunidade parlamentar de vários deputados pró-curdos, que podem ser processados.
A medida poderia beneficiar o AKP, que não tem atualmente maioria suficiente no Parlamento para revisar a Constituição e reforçar as prerrogativas de Erdogan, um projeto que a oposição não aceita.
Yildirim, ex-ministro dos Transportes, é um antigo companheiro e fiel aliado de Erdogan, seu mentor político.
No que diz respeito à política estrangeira da Turquia - afetada pela guerra na vizinha Síria -, o novo chefe de Governo, relativamente novato na área, resumiu seu projeto: "Vamos aumentar nosso número de amigos e reduzir o de inimigos".
O programa do novo governo será apresentado ao Parlamento e a votação de confiança deve acontecer nos próximos dias.
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