Coreia do Norte teria fracassado em novo lançamento de míssil
Seul, 31 Mai 2016 (AFP) - A Coreia do Norte teria fracassado nesta terça-feira em uma nova tentativa de lançar um míssil balístico, violando as resoluções da ONU - anunciou o Ministério sul-coreano da Defesa.
O Ministério sul-coreano não especificou qual tipo de míssil seu vizinho tentou lançar, mas a imprensa sul-coreana informou, citando fontes militares, que se trata de um míssil de médio alcance de tipo Musudan.
"Parece que a tentativa de lançamento de um míssil fracassou. Estamos analisando e acompanhando de perto a situação, enquanto mantemos nossas posições de defesa", disse a fonte.
O teste frustrado - segundo Seul - foi realizado às 5h20 desta terça-feira (17h20 de segunda-feira, horário de Brasília).
De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, também citando fontes militares, o teste envolveu um míssil de alcance médio Musudan, cujas três tentativas de lançamento de teste anteriores, em abril, fracassaram.
Esse projétil tem um potencial de alcance de até 4.000 km, o que o torna potencialmente apto para atacar a Coreia do Sul, o Japão e as bases militares americanas do Pacífico Oriental em Guam.
Em Tóquio, vários meios de comunicação, entre eles o canal estatal NHK, informaram mais cedo que as forças de autodefesa estavam em alerta diante da perspectiva do lançamento, assim como com ordens de interceptação, se um míssil ameaçasse o território japonês em sua trajetória.
Nesta terça, o Pentágono declarou que condena "firmemente" a tentativa de lançamento realizada pelos norte-coreanos.
"Essas ações e a contínua insistência da Coreia do Norte em desenvolver mísseis balísticos e armas nucleares implica uma séria ameaça para os Estados Unidos, para nossos aliados e para a estabilidade na região da Ásia-Pacífico", disse em um comunicado o Comando Estratégico dos Estados Unidos.
A Coreia do Norte "deve cessar as ações provocadoras", afirmou o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephan Dujarric.
Dujarric lembrou que o secretário-geral Ban Ki-moon insistiu em que as resoluções da ONU, as quais buscam impedir que a Coreia do Norte desenvolva tecnologia de mísseis, "devem ser cumpridas por completo".
As resoluções das Nações Unidas proíbem a Coreia do Norte de continuar testando tecnologias de mísseis balísticos e de armamentos nucleares. As sanções aplicadas contra o regime de Pyongyang se endureceram em março, depois de seu quarto teste nuclear dois meses antes.
"Pensamos que fracassou", declarou o porta-voz do Estado-Maior sul-coreano, Ha-Gyu.
"Estamos analisando as razões do fracasso e não podemos dar mais detalhes por enquanto", acrescentou.
"Conservamos um sólido dispositivo de defesa para enfrentar as novas provocações potenciais do norte", completou.
'Provocação'"Os sucessivos lançamentos norte-coreanos de mísseis balísticos são atos graves de provocação contra a comunidade internacional e contra o Japão", declarou em um encontro com a imprensa o chefe da diplomacia japonesa, Fumio Kishida.
"Não podemos aceitar isso de forma alguma", frisou.
O Musudan, que foi mostrado durante um desfile militar em Pyongyang em 2010, nunca foi testado com êxito em voo.
A agência sul-coreana Yonhap cita fontes oficiais, que afirmam que o míssil pode ter explodido nesta terça-feira em seu lançador móvel.
"Essa explosão pode ter deixado vítimas graves entre as pessoas próximas", publicou a agência.
Os três fracassos de abril ocorreram pouco antes do congresso histórico do Partido Único norte-coreano, realizado no início de maio. Nesse grande ato partidário, o líder Kim Jong-Un chegou a propor, pessoalmente, retomar o diálogo com o Sul para acalmar a situação.
Reiterada várias vezes pelo Exército norte-coreano, a oferta foi rejeitada pela Coreia do Sul. Para Seul, a proposta não é sincera, considerando-se o compromisso de Kim, no mesmo Congresso, de continuar os programas nucleares de seu país.
O ambiente se degradou consideravelmente na península desde o quarto teste nuclear norte-coreano no início de janeiro, seguido, em fevereiro, pelo lançamento de um foguete. Este último foi considerado um teste disfarçado de míssil de longo alcance.
O Conselho de Segurança da ONU reagiu, adotando as sanções mais duras já aplicadas ao país.
jhw-gh/jah/jac/at/eg/meb/ma/tt
O Ministério sul-coreano não especificou qual tipo de míssil seu vizinho tentou lançar, mas a imprensa sul-coreana informou, citando fontes militares, que se trata de um míssil de médio alcance de tipo Musudan.
"Parece que a tentativa de lançamento de um míssil fracassou. Estamos analisando e acompanhando de perto a situação, enquanto mantemos nossas posições de defesa", disse a fonte.
O teste frustrado - segundo Seul - foi realizado às 5h20 desta terça-feira (17h20 de segunda-feira, horário de Brasília).
De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, também citando fontes militares, o teste envolveu um míssil de alcance médio Musudan, cujas três tentativas de lançamento de teste anteriores, em abril, fracassaram.
Esse projétil tem um potencial de alcance de até 4.000 km, o que o torna potencialmente apto para atacar a Coreia do Sul, o Japão e as bases militares americanas do Pacífico Oriental em Guam.
Em Tóquio, vários meios de comunicação, entre eles o canal estatal NHK, informaram mais cedo que as forças de autodefesa estavam em alerta diante da perspectiva do lançamento, assim como com ordens de interceptação, se um míssil ameaçasse o território japonês em sua trajetória.
Nesta terça, o Pentágono declarou que condena "firmemente" a tentativa de lançamento realizada pelos norte-coreanos.
"Essas ações e a contínua insistência da Coreia do Norte em desenvolver mísseis balísticos e armas nucleares implica uma séria ameaça para os Estados Unidos, para nossos aliados e para a estabilidade na região da Ásia-Pacífico", disse em um comunicado o Comando Estratégico dos Estados Unidos.
A Coreia do Norte "deve cessar as ações provocadoras", afirmou o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephan Dujarric.
Dujarric lembrou que o secretário-geral Ban Ki-moon insistiu em que as resoluções da ONU, as quais buscam impedir que a Coreia do Norte desenvolva tecnologia de mísseis, "devem ser cumpridas por completo".
As resoluções das Nações Unidas proíbem a Coreia do Norte de continuar testando tecnologias de mísseis balísticos e de armamentos nucleares. As sanções aplicadas contra o regime de Pyongyang se endureceram em março, depois de seu quarto teste nuclear dois meses antes.
"Pensamos que fracassou", declarou o porta-voz do Estado-Maior sul-coreano, Ha-Gyu.
"Estamos analisando as razões do fracasso e não podemos dar mais detalhes por enquanto", acrescentou.
"Conservamos um sólido dispositivo de defesa para enfrentar as novas provocações potenciais do norte", completou.
'Provocação'"Os sucessivos lançamentos norte-coreanos de mísseis balísticos são atos graves de provocação contra a comunidade internacional e contra o Japão", declarou em um encontro com a imprensa o chefe da diplomacia japonesa, Fumio Kishida.
"Não podemos aceitar isso de forma alguma", frisou.
O Musudan, que foi mostrado durante um desfile militar em Pyongyang em 2010, nunca foi testado com êxito em voo.
A agência sul-coreana Yonhap cita fontes oficiais, que afirmam que o míssil pode ter explodido nesta terça-feira em seu lançador móvel.
"Essa explosão pode ter deixado vítimas graves entre as pessoas próximas", publicou a agência.
Os três fracassos de abril ocorreram pouco antes do congresso histórico do Partido Único norte-coreano, realizado no início de maio. Nesse grande ato partidário, o líder Kim Jong-Un chegou a propor, pessoalmente, retomar o diálogo com o Sul para acalmar a situação.
Reiterada várias vezes pelo Exército norte-coreano, a oferta foi rejeitada pela Coreia do Sul. Para Seul, a proposta não é sincera, considerando-se o compromisso de Kim, no mesmo Congresso, de continuar os programas nucleares de seu país.
O ambiente se degradou consideravelmente na península desde o quarto teste nuclear norte-coreano no início de janeiro, seguido, em fevereiro, pelo lançamento de um foguete. Este último foi considerado um teste disfarçado de míssil de longo alcance.
O Conselho de Segurança da ONU reagiu, adotando as sanções mais duras já aplicadas ao país.
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