Marcha contra Keiko Fujimori divide o Peru a cinco dias do segundo turno
Lima, 31 Mai 2016 (AFP) - A marcha convocada para esta terça-feira contra o populista Keiko Fujimori, favorita para vencer a Presidência do Peru, revela as divisões do país faltando cinco dias para o segundo turno que a opõe à economista de centro-direita Pedro Pablo Kuczynski.
A manifestação, organizada pelo coletivo "Keiko no va" (Keiko não vai), pretende superar as 50.000 pessoas reunidas em uma marcha similar em Lima antes do primeiro turno, em 10 de abril, vencido por Keiko Fujimori.
Os organizadores asseguram que Kuczynski liderará a marcha ombro a ombro com sua nova aliada, a esquerdista Verónika Mendoza, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno.
O protesto é percebido como a última oportunidade para impedir que a filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori, condenado desde 2009 por crimes de corrupção e contra a humanidade, seja eleita em 5 de junho como a primeira mulher presidente do Peru.
Os opositores da filha de quem governou com mão firme os destinos do Peru entre 1990 e 2000 consideram que sua vitória significaria o retorno ao poder daquele regime autocrata no Keiko atuou como primeira-dama.
A isto se soma a percepção de que o narcotráfico ganha terreno na política, devido a uma denúncia por supostos vínculos de um importante dirigente e financiador do partido fujimorista Força Popular com a lavagem de dinheiro e o tráfico de drogas.
"Esta mobilização é extremamente importante para defender a indelével e precária democracia que temos ante a possibilidade de que chegue ao poder um grupo político que está muito vinculado ao narcotráfico", disse à AFP o porta-voz do movimento "Keiko não vai", Jorge Rodríguez.
Rodríguez acrescentou que Keiko Fujimori "propõe ao país propostas de retrocesso e regressão" após o antecipado em 15 anos de democracia. O protesto recorrerá ao centro de Lima e terminará com um comício.
Kuczynski, um ex-banqueiro e ex-ministro, recebe tanto o apoio deste movimento social quanto dos ex-candidatos César Acuña e Julio Guzmán, que tiveram que abandonar a corrida eleitoral quando estavam entre os favoritos antes do primeiro turno.
A última vez que tendências políticas divergentes se aliaram em uma marcha foi para protestar contra a segunda reeleição de Alberto Fujimori, no ano 2000, em meio a denúncias de compra de votos de congressistas e das linhas editoriais de meios de comunicação.
bur-mav/ljc/yow/mvv
A manifestação, organizada pelo coletivo "Keiko no va" (Keiko não vai), pretende superar as 50.000 pessoas reunidas em uma marcha similar em Lima antes do primeiro turno, em 10 de abril, vencido por Keiko Fujimori.
Os organizadores asseguram que Kuczynski liderará a marcha ombro a ombro com sua nova aliada, a esquerdista Verónika Mendoza, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno.
O protesto é percebido como a última oportunidade para impedir que a filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori, condenado desde 2009 por crimes de corrupção e contra a humanidade, seja eleita em 5 de junho como a primeira mulher presidente do Peru.
Os opositores da filha de quem governou com mão firme os destinos do Peru entre 1990 e 2000 consideram que sua vitória significaria o retorno ao poder daquele regime autocrata no Keiko atuou como primeira-dama.
A isto se soma a percepção de que o narcotráfico ganha terreno na política, devido a uma denúncia por supostos vínculos de um importante dirigente e financiador do partido fujimorista Força Popular com a lavagem de dinheiro e o tráfico de drogas.
"Esta mobilização é extremamente importante para defender a indelével e precária democracia que temos ante a possibilidade de que chegue ao poder um grupo político que está muito vinculado ao narcotráfico", disse à AFP o porta-voz do movimento "Keiko não vai", Jorge Rodríguez.
Rodríguez acrescentou que Keiko Fujimori "propõe ao país propostas de retrocesso e regressão" após o antecipado em 15 anos de democracia. O protesto recorrerá ao centro de Lima e terminará com um comício.
Kuczynski, um ex-banqueiro e ex-ministro, recebe tanto o apoio deste movimento social quanto dos ex-candidatos César Acuña e Julio Guzmán, que tiveram que abandonar a corrida eleitoral quando estavam entre os favoritos antes do primeiro turno.
A última vez que tendências políticas divergentes se aliaram em uma marcha foi para protestar contra a segunda reeleição de Alberto Fujimori, no ano 2000, em meio a denúncias de compra de votos de congressistas e das linhas editoriais de meios de comunicação.
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