Uribe sugere 'interesses comerciais' de enviado dos EUA para apoiar paz com Farc
Bogotá, 5 Jul 2016 (AFP) - O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe questionou nesta terça-feira (5) a participação do enviado especial dos Estados Unidos nos diálogos com as Farc, Bernard Aronson, e sugeriu que ele tem "interesses comerciais" para apoiar a paz.
Uribe, ferrenho opositor às negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), promovidas pelo governo de Juan Manuel Santos, questionou em um comunicado os possíveis motivos econômicos do representante de Washington para promover o fim do conflito com o principal e mais antigo grupo rebelde do continente.
"Que interesses comerciais teve, ou tem, o senhor Aronson em companhias que foram concessionárias para explorar recursos naturais da Colômbia em zonas que voltaram ao domínio das Farc, ou vinculadas à indústria do café com parceiros próximos ao Presidente da República?", escreveu Uribe.
O ex-presidente (2002-2010), que liderou a maior ofensiva militar contra as Farc, argumentou que a guerrilha avançou nos últimos anos em seu domínio territorial.
"Muitos acreditam (...) que para salvar seus interesses econômicos tinham que facilitar a ascensão das tiranias neocomunistas, que sacrificaram a democracia, as liberdades econômicas e as reivindicações dos pobres", acrescentou, citando a Venezuela como "o caso mais recente".
Ex-subsecretário de Estado para a América Latina com vasta experiência na resolução de conflitos em El Salvador e na Nicarágua, Aronson foi nomeado em fevereiro de 2015 pelo governo americano para acompanhar as negociações de paz com as Farc. Esse diálogo acontece desde novembro de 2012 em Cuba para pôr fim a meio século de violência.
Segundo o portal colombiano de informação La Silla Vacía, o diplomata e empresário é, por intermédio de sua companhia de capital privado Acon Investments, o principal acionista da petroleira Vetra, que explora poços nos departamentos colombianos de Putumayo e Meta. Além disso, tem investimentos no setor de saneamento e água e em empresas financeiras.
O atual senador Uribe destacou que "Aronson favorece a total impunidade" dos chefes das Farc e promove sua elegibilidade política, apesar de ter repetido que o comandante extraditado dessa guerrilha, Simón Trinidad, preso nos Estados Unidos pelo sequestro de três americanos, cumprirá sua sentença na prisão.
Uribe criticou que Aronson repita "em privado" que a decisão de se pronunciar sobre os acordos em uma eventual consulta para referendar o pactuado "é dos colombianos", mas que, na "imprensa", peça a eles que "votem a favor".
Uribe também questionou a campanha liderada por Santos para esse plebiscito, em que denunciou ameaças, uso de recursos do Estado para publicizar o voto positivo e uma pressão "aberta e sutil" às Forças Armadas, "embora a regra democrática as exclua da deliberação política".
Uribe, ferrenho opositor às negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), promovidas pelo governo de Juan Manuel Santos, questionou em um comunicado os possíveis motivos econômicos do representante de Washington para promover o fim do conflito com o principal e mais antigo grupo rebelde do continente.
"Que interesses comerciais teve, ou tem, o senhor Aronson em companhias que foram concessionárias para explorar recursos naturais da Colômbia em zonas que voltaram ao domínio das Farc, ou vinculadas à indústria do café com parceiros próximos ao Presidente da República?", escreveu Uribe.
O ex-presidente (2002-2010), que liderou a maior ofensiva militar contra as Farc, argumentou que a guerrilha avançou nos últimos anos em seu domínio territorial.
"Muitos acreditam (...) que para salvar seus interesses econômicos tinham que facilitar a ascensão das tiranias neocomunistas, que sacrificaram a democracia, as liberdades econômicas e as reivindicações dos pobres", acrescentou, citando a Venezuela como "o caso mais recente".
Ex-subsecretário de Estado para a América Latina com vasta experiência na resolução de conflitos em El Salvador e na Nicarágua, Aronson foi nomeado em fevereiro de 2015 pelo governo americano para acompanhar as negociações de paz com as Farc. Esse diálogo acontece desde novembro de 2012 em Cuba para pôr fim a meio século de violência.
Segundo o portal colombiano de informação La Silla Vacía, o diplomata e empresário é, por intermédio de sua companhia de capital privado Acon Investments, o principal acionista da petroleira Vetra, que explora poços nos departamentos colombianos de Putumayo e Meta. Além disso, tem investimentos no setor de saneamento e água e em empresas financeiras.
O atual senador Uribe destacou que "Aronson favorece a total impunidade" dos chefes das Farc e promove sua elegibilidade política, apesar de ter repetido que o comandante extraditado dessa guerrilha, Simón Trinidad, preso nos Estados Unidos pelo sequestro de três americanos, cumprirá sua sentença na prisão.
Uribe criticou que Aronson repita "em privado" que a decisão de se pronunciar sobre os acordos em uma eventual consulta para referendar o pactuado "é dos colombianos", mas que, na "imprensa", peça a eles que "votem a favor".
Uribe também questionou a campanha liderada por Santos para esse plebiscito, em que denunciou ameaças, uso de recursos do Estado para publicizar o voto positivo e uma pressão "aberta e sutil" às Forças Armadas, "embora a regra democrática as exclua da deliberação política".
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