Obama ressalta aliança com Espanha durante rápida visita
Madri, 10 Jul 2016 (AFP) - O presidente americano, Barack Obama, ressaltou neste domingo (10) a importância da "extraordinária aliança" com a Espanha durante um encontro com o rei em Madri, em uma visita que foi encurtada após os tiroteios em Dallas.
No primeiro evento oficial da visita relâmpago de menos de 24 horas, Obama foi recebido esta manhã no Palácio Real da capital espanhola pelo rei Felipe VI, que deu as boas-vindas ao presidente americano sábado à noite.
"Gostaria de pode ficar mais tempo", disse Obama ao rei, agradecendo aos espanhóis por sua compreensão com a redução de sua estada.
"Mas pensei que era importante vir, pela extraordinária amizade e aliança bilateral", completou.
Obama recordou a primeira viagem à Espanha durante sua juventude, no fim da década 1980. "Estava prestes a entrar na Faculdade de Direito, tinha uma mochila, viajei a pé a maior parte do tempo e comi pagando muito barato", contou.
Felipe e a rainha Letizia foram recebidos na Casa Branca em setembro de 2015.
Esta é a primeira visita de um presidente americano a Espanha em 15 anos.
Obama afirmou que seu país "tem o firme compromisso de manter nossa relação com uma Espanha forte e unida", em entrevista ao jornal "El País" publicada neste domingo.
No início da tarde, Obama visitou o Palácio de Moncloa para uma reunião com o primeiro-ministro Mariano Rajoy. No encontro, Obama e Rajoy demonstraram preocupação com a crise na Venezuela e disseram esperar um diálogo entre governo e oposição.
"Compartilhamos a inquietação com a situação na Venezuela", relatou Obama após a reunião.
Obama declarou que Madri e Washington esperam que o governo de Nicolás Maduro e a oposição possam dialogar para estabilizar o país, que sofre uma grave crise política e econômica, em meio a uma gigantesca inflação e à escassez de alimentos e de remédios.
O conservador Rajoy disse que, na reunião com o presidente americano, os dois conversaram sobre a "necessidade de que se normalize em breve a situação" no país sul-americano.
"Queremos ajudar, mas sabemos que não podemos ditar os passos a seguir", destacou Obama.
Paralisia políticaA visita de Obama acontece em um momento de paralisia política na Espanha, sem governo há mais de 200 dias. Este tema também foi abordado na reunião em Moncloa. E, além de América Latina, conversaram ainda sobre assuntos europeus, como o "Brexit" e a crise dos refugiados.
"Farei, de minha parte, todos os esforços que forem necessários para compor um governo o mais rápido possível", prometeu Rajoy.
Ele se encontra no meio de negociações políticas após as eleições legislativas, nas quais, apesar da vitória, não obteve a maioria necessária para garantir sua posse.
Se os espanhóis tiverem de voltar às urnas, será "uma brincadeira de muito mau gosto", que afetaria a economia espanhola, advertiu Rajoy.
Nesse sentido, o presidente americano disse desejar "um governo funcional e estável" na Espanha.
Além de Rajoy, Obama também teve breves encontros com lideranças da oposição: o socialista Pedro Sánchez, o liberal Albert Rivera e o esquerdista antiausteridade Pablo Iglesias.
No Twitter, este último disse ter dado a Obama um livro sobre a Brigada Lincoln, composta por cerca de 3.000 voluntários americanos que lutaram na Guerra Civil (1936-1939) junto com os republicanos, contra as tropas de Francisco Franco.
Melhor aliadoO governo espanhol em exercício havia descrito essa visita como um símbolo importante dessa etapa de "normalização" das relações. Os laços bilaterais esfriaram no governo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero (2004-2011), depois que ele retirou as tropas espanholas do Iraque.
Para Obama, foi uma oportunidade de agradecer à Espanha pela cooperação em matéria de defesa, o que ele fez em discurso na base naval de Rota, na Andaluzia. Lá, os Estados Unidos mantêm presença militar desde 1953.
"Não poderíamos pedir um melhor aliado do que a Espanha", afirmou Obama, falando diante de 2.000 militares americanos e espanhóis, após inspecionar um dos quatro destróieres americanos estacionados em Rota. A embarcação integra o escudo antimísseis dos EUA estacionado na Europa.
Os Estados Unidos também têm presença em outra base, em Morón de la Frontera, perto de Sevilha. Nesse local, mantêm um destacamento composto, sobretudo, por marines, o qual pode ser deslocado rapidamente em caso de ataque às instalações americanas no norte da África e no Oriente Médio.
Rota foi a última escala da viagem de Obama, que volta para casa. Na terça (12), ele visitará Dallas.
Em Madri, centenas de ativistas "anti-imperialistas" protestaram ao longo do dia no entorno da embaixada americana. Nos cartazes, frases como "Obama go home" ("Obama vá para casa"), "Guerra" e "Nem pistolas nem drones, comida para os pobres".
No primeiro evento oficial da visita relâmpago de menos de 24 horas, Obama foi recebido esta manhã no Palácio Real da capital espanhola pelo rei Felipe VI, que deu as boas-vindas ao presidente americano sábado à noite.
"Gostaria de pode ficar mais tempo", disse Obama ao rei, agradecendo aos espanhóis por sua compreensão com a redução de sua estada.
"Mas pensei que era importante vir, pela extraordinária amizade e aliança bilateral", completou.
Obama recordou a primeira viagem à Espanha durante sua juventude, no fim da década 1980. "Estava prestes a entrar na Faculdade de Direito, tinha uma mochila, viajei a pé a maior parte do tempo e comi pagando muito barato", contou.
Felipe e a rainha Letizia foram recebidos na Casa Branca em setembro de 2015.
Esta é a primeira visita de um presidente americano a Espanha em 15 anos.
Obama afirmou que seu país "tem o firme compromisso de manter nossa relação com uma Espanha forte e unida", em entrevista ao jornal "El País" publicada neste domingo.
No início da tarde, Obama visitou o Palácio de Moncloa para uma reunião com o primeiro-ministro Mariano Rajoy. No encontro, Obama e Rajoy demonstraram preocupação com a crise na Venezuela e disseram esperar um diálogo entre governo e oposição.
"Compartilhamos a inquietação com a situação na Venezuela", relatou Obama após a reunião.
Obama declarou que Madri e Washington esperam que o governo de Nicolás Maduro e a oposição possam dialogar para estabilizar o país, que sofre uma grave crise política e econômica, em meio a uma gigantesca inflação e à escassez de alimentos e de remédios.
O conservador Rajoy disse que, na reunião com o presidente americano, os dois conversaram sobre a "necessidade de que se normalize em breve a situação" no país sul-americano.
"Queremos ajudar, mas sabemos que não podemos ditar os passos a seguir", destacou Obama.
Paralisia políticaA visita de Obama acontece em um momento de paralisia política na Espanha, sem governo há mais de 200 dias. Este tema também foi abordado na reunião em Moncloa. E, além de América Latina, conversaram ainda sobre assuntos europeus, como o "Brexit" e a crise dos refugiados.
"Farei, de minha parte, todos os esforços que forem necessários para compor um governo o mais rápido possível", prometeu Rajoy.
Ele se encontra no meio de negociações políticas após as eleições legislativas, nas quais, apesar da vitória, não obteve a maioria necessária para garantir sua posse.
Se os espanhóis tiverem de voltar às urnas, será "uma brincadeira de muito mau gosto", que afetaria a economia espanhola, advertiu Rajoy.
Nesse sentido, o presidente americano disse desejar "um governo funcional e estável" na Espanha.
Além de Rajoy, Obama também teve breves encontros com lideranças da oposição: o socialista Pedro Sánchez, o liberal Albert Rivera e o esquerdista antiausteridade Pablo Iglesias.
No Twitter, este último disse ter dado a Obama um livro sobre a Brigada Lincoln, composta por cerca de 3.000 voluntários americanos que lutaram na Guerra Civil (1936-1939) junto com os republicanos, contra as tropas de Francisco Franco.
Melhor aliadoO governo espanhol em exercício havia descrito essa visita como um símbolo importante dessa etapa de "normalização" das relações. Os laços bilaterais esfriaram no governo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero (2004-2011), depois que ele retirou as tropas espanholas do Iraque.
Para Obama, foi uma oportunidade de agradecer à Espanha pela cooperação em matéria de defesa, o que ele fez em discurso na base naval de Rota, na Andaluzia. Lá, os Estados Unidos mantêm presença militar desde 1953.
"Não poderíamos pedir um melhor aliado do que a Espanha", afirmou Obama, falando diante de 2.000 militares americanos e espanhóis, após inspecionar um dos quatro destróieres americanos estacionados em Rota. A embarcação integra o escudo antimísseis dos EUA estacionado na Europa.
Os Estados Unidos também têm presença em outra base, em Morón de la Frontera, perto de Sevilha. Nesse local, mantêm um destacamento composto, sobretudo, por marines, o qual pode ser deslocado rapidamente em caso de ataque às instalações americanas no norte da África e no Oriente Médio.
Rota foi a última escala da viagem de Obama, que volta para casa. Na terça (12), ele visitará Dallas.
Em Madri, centenas de ativistas "anti-imperialistas" protestaram ao longo do dia no entorno da embaixada americana. Nos cartazes, frases como "Obama go home" ("Obama vá para casa"), "Guerra" e "Nem pistolas nem drones, comida para os pobres".
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