Paraguai: identificação ideológica de Uruguai e Venezuela atrasa Mercosul
Assunção, Paraguai, 10 Jul 2016 (AFP) - O ministro paraguaio das Relações Exteriores, Eladio Loizaga, avaliou, neste domingo (10), que a identificação ideológica de alguns países atrasa o fortalecimento do Mercosul e reiterou a recusa de seu país a outorgar a presidência "pro tempore" do bloco à Venezuela.
"O chanceler [uruguaio, Rodolfo Nin Novoa] fez um anúncio imprudente de entregar a presidência 'pro tempore' do Mercosul [ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro] sem convocar uma Cúpula de Presidentes. Por isso, reagimos com firmeza", explicou o ministro, em entrevista concedida neste domingo ao jornal paraguaio ABC.
Loizaga observou que, nos 25 anos de existência do Mercosul, "nunca se transferiu a presidência em um ato que não fosse a reunião do conselho de ministros, com a presença dos presidentes".
Na última quinta-feira (7), o Uruguai reafirmou sua vontade de entregar a presidência "pro tempore" do Mercosul à Venezuela, apesar da oposição de Brasil, Paraguai e Argentina.
"Não se deve esquecer que, no Uruguai, tem um partido, a Frente Ampla, que está em exercício no governo neste momento e, logicamente, deve ter uma proximidade importante com a Venezuela. Infelizmente, a identificação ideológica atrasa o Mercosul", criticou Loizaga.
Ele defendeu que o Mercosul deve voltar às suas origens e "ser um espaço de livre-circulação de bens e serviços e deixar o ideológico definitivamente de lado, que não leva a lado algum".
"O Mercosul não é um grupo de países que se une 'para lutar contra o império', ou contra a Aliança do Pacífico como acredita a chanceler da Venezuela [Delcy Rodríguez/", alfinetou.
O ministro anunciou que assistirá, nesta segunda-feira (11), em Montevidéu, à reunião de chanceleres convocada por seu colega uruguaio para tratar do caso Venezuela.
"O chanceler Nin Novoa convocou a reunião com base no pedido que o Paraguai fez e reiterou na semana passada", disse Loizaga, acrescentando que seu país voltará a apoiar sua posição de rejeição total de uma eventual presidência "pro tempore" nas mãos da Venezuela no próximo semestre.
"À frente do Mercosul precisamos de um país que cumpra suas obrigações democráticas. Nós manifestamos que a Venezuela nos preocupa. Nos preocupam as restrições, com que seus cidadãos vivem à sua liberdade de expressão e de imprensa; as violações aos direitos humanos; seus presos políticos", continuou.
O chanceler paraguaio expressou ainda que o país que exercer a presidência deve gozar de paz interna, de estabilidade política e estar convencido do que o Mercosul quer em sua relação com os demais blocos.
Em declarações ao jornal "Ultima Hora", Loizaga antecipou que o Paraguai apoiará, em Montevidéu, a proposta do Brasil de adiar até agosto a designação da presidência "pro tempore", mas frisou que não recuará em sua postura.
"O chanceler [uruguaio, Rodolfo Nin Novoa] fez um anúncio imprudente de entregar a presidência 'pro tempore' do Mercosul [ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro] sem convocar uma Cúpula de Presidentes. Por isso, reagimos com firmeza", explicou o ministro, em entrevista concedida neste domingo ao jornal paraguaio ABC.
Loizaga observou que, nos 25 anos de existência do Mercosul, "nunca se transferiu a presidência em um ato que não fosse a reunião do conselho de ministros, com a presença dos presidentes".
Na última quinta-feira (7), o Uruguai reafirmou sua vontade de entregar a presidência "pro tempore" do Mercosul à Venezuela, apesar da oposição de Brasil, Paraguai e Argentina.
"Não se deve esquecer que, no Uruguai, tem um partido, a Frente Ampla, que está em exercício no governo neste momento e, logicamente, deve ter uma proximidade importante com a Venezuela. Infelizmente, a identificação ideológica atrasa o Mercosul", criticou Loizaga.
Ele defendeu que o Mercosul deve voltar às suas origens e "ser um espaço de livre-circulação de bens e serviços e deixar o ideológico definitivamente de lado, que não leva a lado algum".
"O Mercosul não é um grupo de países que se une 'para lutar contra o império', ou contra a Aliança do Pacífico como acredita a chanceler da Venezuela [Delcy Rodríguez/", alfinetou.
O ministro anunciou que assistirá, nesta segunda-feira (11), em Montevidéu, à reunião de chanceleres convocada por seu colega uruguaio para tratar do caso Venezuela.
"O chanceler Nin Novoa convocou a reunião com base no pedido que o Paraguai fez e reiterou na semana passada", disse Loizaga, acrescentando que seu país voltará a apoiar sua posição de rejeição total de uma eventual presidência "pro tempore" nas mãos da Venezuela no próximo semestre.
"À frente do Mercosul precisamos de um país que cumpra suas obrigações democráticas. Nós manifestamos que a Venezuela nos preocupa. Nos preocupam as restrições, com que seus cidadãos vivem à sua liberdade de expressão e de imprensa; as violações aos direitos humanos; seus presos políticos", continuou.
O chanceler paraguaio expressou ainda que o país que exercer a presidência deve gozar de paz interna, de estabilidade política e estar convencido do que o Mercosul quer em sua relação com os demais blocos.
Em declarações ao jornal "Ultima Hora", Loizaga antecipou que o Paraguai apoiará, em Montevidéu, a proposta do Brasil de adiar até agosto a designação da presidência "pro tempore", mas frisou que não recuará em sua postura.
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