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Estado Islâmico e antecessores cometeram 4.900 ataques desde 2002, afirma estudo

BBC
Imagem: BBC

Em Paris

10/08/2016 14h19

O grupo extremista Estado Islâmico, seus antecessores e aqueles que juraram lealdade a ele, bem como indivíduos que inspirou, cometeram entre 2002 e 2015 cerca de 4.900 ataques que deixaram mais de 33.000 mortos, de acordo com um estudo realizado por uma universidade americana.

Estes números representam 13% dos atentados cometidos em todo o mundo nesse período e 26% do número de vítimas, de acordo com o relatório do grupo de estudo Study of Terrorism and Response to Terrorism (START), da Universidade de Maryland.

A lista começa com o assassinato em 2002 na Jordânia do diplomata americano Laurence Foley por um pequeno grupo liderado por Abu Musab al-Zarqawi, que segundo os autores do relatório se desenvolveu para se tornar em 2013 na estrutura conhecida hoje como "Estado Islâmico".

Além dos 33 mil mortos, esse rede de grupos e indivíduos isolados provocaram cerca de 41 mil feridos e estiveram envolvidos no sequestro de mais de 11 mil pessoas, diz o estudo disponível na página da internet.

Entre outubro de 2002 e abril de 2013, os dois grupos que precederam o nascimento de EI --Al-Qaeda no Iraque e Estado Islâmico no Iraque-- cometeram seus ataques quase exclusivamente (95%) no Iraque.

Entre maio e dezembro de 2013 , o EI realizou em média 46 ataques por mês. Este número aumentou em 2014 a 106 ataques por mês, ligeiramente reduzindo a 102 por mês em 2015.

O ataque mais mortífero, de acordo com este estudo, aconteceu em junho de 2014 no Iraque, quando 1.600 recrutas do Exército iraquiano foram sequestrados em Tikrit e quase todos foram mortos.

Em 80% dos casos, os ataques foram realizados com explosivos e apenas 16% com armas de fogo.

O consórcio universitário START também listou 30 organizações em todo o mundo consideradas filiadas ao EI.

Estes números foram obtidos do Banco de Dados Global sobre o Terrorismo (Global Terrorism Database, GTD), atualizado cotidianamente por START, que registrou mais de 150.000 incidentes deste tipo em todo o mundo desde 1970.

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AFP