Investigadas denúncias de tortura e castigos em convento argentino
Buenos Aires, 25 Ago 2016 (AFP) - Um promotor argentino abriu uma investigação e invadiu, nesta quinta-feira (25), um convento em que supostamente monjas de clausura estão sendo submetidas a torturas e humilhações, segundo denúncia de ex-internas em uma nota de jornal.
"A polícia entrou às seis da manhã de hoje (quinta-feira), e teve que fazer uso da força", afirmou o promotor Federico Uriburu em declarações à imprensa, ao confirmar a operação no convento das Carmelitas Descalças na cidade de Nogoyá, 370 km ao norte de Buenos Aires.
O funcionário judicial abriu a investigação após um artigo publicado na revista Análisis, em que é relatado que no convento "há castigos permanentes; é comum o uso do chicote e do cilício (elemento utilizado para tortura corporal em comunidades cristãs) para se autoflagelarem", entre outros castigos.
As denúncias foram feitas por ex-internas, "as quais tinham marcas físicas e psíquicas", afirmou.
"Tem a ver com situações contra a integridade física; investiga-se se há crimes de privação de liberdade", acrescentou o promotor.
No convento, onde vivem 20 adultas, foram encontrados "objetos, inúmeros cilícios e chicotes de 30 cm ou 40 cm, 14 de cada um", pontuou o promotor.
Segundo ele, durante a invasão, as monjas foram entrevistadas e concluiu-se que "estão lá por uma escolha de vida".
As monjas reconheceram o uso de cilícios e chicotes, disse o promotor, que investiga se elas se submetiam às práticas "por livre escolha ou costume".
"Há pessoas que estão lá dentro desde os 14 ou 20 anos e são pessoas de 35 ou 40 anos de idade", explicou.
Ignacio Patar, porta-voz do arcebispo da cidade de Paraná, em cuja jurisdição está o convento, afirmou que ainda que "para a linguagem social possa soar que sim (são usados elementos de castigo), na regra interna dos monastérios carmelitas, [esta] é a maneira da vida de disciplina".
"Nós acordamos com essa notícia pouco grata ao ver esta ação policial no monastério e cuja regra e funcionamento está regido pela Santa Sé", disse Patar.
Uriburi advertiu que "tudo o que é religioso tem que ser contextualizado em uma Argentina em estado de direito e onde essas práticas não estão permitidas".
"A polícia entrou às seis da manhã de hoje (quinta-feira), e teve que fazer uso da força", afirmou o promotor Federico Uriburu em declarações à imprensa, ao confirmar a operação no convento das Carmelitas Descalças na cidade de Nogoyá, 370 km ao norte de Buenos Aires.
O funcionário judicial abriu a investigação após um artigo publicado na revista Análisis, em que é relatado que no convento "há castigos permanentes; é comum o uso do chicote e do cilício (elemento utilizado para tortura corporal em comunidades cristãs) para se autoflagelarem", entre outros castigos.
As denúncias foram feitas por ex-internas, "as quais tinham marcas físicas e psíquicas", afirmou.
"Tem a ver com situações contra a integridade física; investiga-se se há crimes de privação de liberdade", acrescentou o promotor.
No convento, onde vivem 20 adultas, foram encontrados "objetos, inúmeros cilícios e chicotes de 30 cm ou 40 cm, 14 de cada um", pontuou o promotor.
Segundo ele, durante a invasão, as monjas foram entrevistadas e concluiu-se que "estão lá por uma escolha de vida".
As monjas reconheceram o uso de cilícios e chicotes, disse o promotor, que investiga se elas se submetiam às práticas "por livre escolha ou costume".
"Há pessoas que estão lá dentro desde os 14 ou 20 anos e são pessoas de 35 ou 40 anos de idade", explicou.
Ignacio Patar, porta-voz do arcebispo da cidade de Paraná, em cuja jurisdição está o convento, afirmou que ainda que "para a linguagem social possa soar que sim (são usados elementos de castigo), na regra interna dos monastérios carmelitas, [esta] é a maneira da vida de disciplina".
"Nós acordamos com essa notícia pouco grata ao ver esta ação policial no monastério e cuja regra e funcionamento está regido pela Santa Sé", disse Patar.
Uriburi advertiu que "tudo o que é religioso tem que ser contextualizado em uma Argentina em estado de direito e onde essas práticas não estão permitidas".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.