Governo venezuelano e oposição disputam nas ruas por revogatório
Caracas, 31 Ago 2016 (AFP) - Acusando-se mutuamente de buscar uma explosão de violência, a oposição e o governo da Venezuela medirão suas forças na quinta-feira com protestos a favor e contra o referendo revogatório do mandato de Nicolás Maduro.
Militares e policiais foram colocados em locais estratégicos na chamada "Tomada de Caracas" convocada pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que espera reunir, em três grandes avenidas, um milhão de pessoas para exigir que o poder eleitoral acelere o referendo.
"Toda a Venezuela está se mobilizando pelo direito de votar (...) passando por cima da estratégia do medo, da chantagem e do amedrontamento, para fazer a mais importante mobilização política de nossa história recente", disse o porta-voz da MUD, Jesús Torrealba, ao denunciar travas do governo para que os venezuelanos do interior não cheguem à capital.
Passando para a ofensiva, os chavistas se manifestarão nesta quarta-feira e convocaram uma gigantesca mobilização na quinta-feira que chamaram de "Tomada da Venezuela" para, segundo seus dirigentes, "defender a revolução".
"Não nos provoquem porque não só vamos fechar Caracas para que ninguém entre, como para que ninguém saia", advertiu no ato o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, ao recordar que estão proibidos os voos particulares nesta semana.
Maduro acusou a oposição de planejar um "golpe de Estado" e ameaçou mandar para a prisão dirigentes opositores, caso comece a violência na quinta-feira: "Berrem, chorem ou gritem, irão presos!", sentenciou.
"A oposição joga tudo para todos, busca demonstrar que é uma grande maioria no país que quer a mudança. O governo está centrando sua estratégia em desmoralizar, desmobilizar e colocar medo", afirmou à AFP Diego Montoya-Ocampo, analista do IHS Markit Country Risk, com sede em Londres.
Mas Torrealba afirma que "o que está vindo é a mudança, porque o povo quer revogar a fome, a insegurança e a falta de remédios".
O CNE descartou a possibilidade de antecipar a data de recolhimento das assinaturas, reiterando que será feito na última semana de outubro e advertindo que eventuais distúrbios na manifestação irão paralisar o processo.
"Conspiração imperialista"Delegados da MUD viajaram para os Estados Unidos a fim de pedir a ONU, em Nova York, e à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, que observem a "Tomada de Caracas" e denunciem o que consideram um "aumento da repressão".
A ONG Foro Penal relatou trinta prisões em todo o país nas últimas 24 horas.
Henrique Capriles, líder opositor, disse que o governo está "desesperado" e tem "medo" de que a convocatória seja multitudinária e, diante disso, pediu a seus seguidores que protestem pacificamente.
"Não queremos guerra, não queremos violência, queremos um cronograma para o revogatório", disse Lilian Tintori, esposa do líder opositor preso, Leopoldo López.
Ao vinculá-lo com o julgamento de Dilma Rousseff, Maduro assegurou que o pedido do revogatório é planejado pela "direita fascista" venezuelana como parte de uma conspiração que "vem diretamente do imperialismo americano".
Neste enfurecimento político, chegaram a Caracas os ex-governantes José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha) e Martín Torrijos (Panamá), que formam uma missão de mediação para um diálogo entre governo e oposição.
Militares e policiais foram colocados em locais estratégicos na chamada "Tomada de Caracas" convocada pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que espera reunir, em três grandes avenidas, um milhão de pessoas para exigir que o poder eleitoral acelere o referendo.
"Toda a Venezuela está se mobilizando pelo direito de votar (...) passando por cima da estratégia do medo, da chantagem e do amedrontamento, para fazer a mais importante mobilização política de nossa história recente", disse o porta-voz da MUD, Jesús Torrealba, ao denunciar travas do governo para que os venezuelanos do interior não cheguem à capital.
Passando para a ofensiva, os chavistas se manifestarão nesta quarta-feira e convocaram uma gigantesca mobilização na quinta-feira que chamaram de "Tomada da Venezuela" para, segundo seus dirigentes, "defender a revolução".
"Não nos provoquem porque não só vamos fechar Caracas para que ninguém entre, como para que ninguém saia", advertiu no ato o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, ao recordar que estão proibidos os voos particulares nesta semana.
Maduro acusou a oposição de planejar um "golpe de Estado" e ameaçou mandar para a prisão dirigentes opositores, caso comece a violência na quinta-feira: "Berrem, chorem ou gritem, irão presos!", sentenciou.
"A oposição joga tudo para todos, busca demonstrar que é uma grande maioria no país que quer a mudança. O governo está centrando sua estratégia em desmoralizar, desmobilizar e colocar medo", afirmou à AFP Diego Montoya-Ocampo, analista do IHS Markit Country Risk, com sede em Londres.
Mas Torrealba afirma que "o que está vindo é a mudança, porque o povo quer revogar a fome, a insegurança e a falta de remédios".
O CNE descartou a possibilidade de antecipar a data de recolhimento das assinaturas, reiterando que será feito na última semana de outubro e advertindo que eventuais distúrbios na manifestação irão paralisar o processo.
"Conspiração imperialista"Delegados da MUD viajaram para os Estados Unidos a fim de pedir a ONU, em Nova York, e à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, que observem a "Tomada de Caracas" e denunciem o que consideram um "aumento da repressão".
A ONG Foro Penal relatou trinta prisões em todo o país nas últimas 24 horas.
Henrique Capriles, líder opositor, disse que o governo está "desesperado" e tem "medo" de que a convocatória seja multitudinária e, diante disso, pediu a seus seguidores que protestem pacificamente.
"Não queremos guerra, não queremos violência, queremos um cronograma para o revogatório", disse Lilian Tintori, esposa do líder opositor preso, Leopoldo López.
Ao vinculá-lo com o julgamento de Dilma Rousseff, Maduro assegurou que o pedido do revogatório é planejado pela "direita fascista" venezuelana como parte de uma conspiração que "vem diretamente do imperialismo americano".
Neste enfurecimento político, chegaram a Caracas os ex-governantes José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha) e Martín Torrijos (Panamá), que formam uma missão de mediação para um diálogo entre governo e oposição.
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