Polícia publicará vídeo da morte de homem negro na Carolina do Norte
Washington, 25 Set 2016 (AFP) - A Polícia de Charlotte divulgará o vídeo da morte do afro-americano Keith Lamont Scott, de 43 anos, durante um encontro com oficiais do estado da Carolina do Norte - disse o chefe da corporação, Kerr Putney, à imprensa neste sábado (24).
O chefe da Polícia de Charlotte-Mecklenburg afirmou que tornará pública "a filmagem da câmera corporal e a da câmera fixa" que capturaram os disparos contra Scott, cuja morte na última quinta-feira (22) deflagrou violentos confrontos e reiterados apelos pela publicação do vídeo.
"Do que eu preciso é da confirmação de que, quando a publicação for feita, não haverá um impacto negativo sobre a investigação (...) e já disponho dessa segurança", disse Putney.
A família de Scott já havia divulgado um dramático vídeo do incidente que abalou a cidade.
De 2'16'', o vídeo foi filmado com um celular pela mulher de Scott, Rakeyia, mas não mostra o tiroteio propriamente dito. Com essas imagens também não é possível esclarecer se o homem atingido estava, ou não, armado.
Os parentes de Scott assistiram ao vídeo da Polícia e lideraram os pedidos para que a gravação fosse tornada pública.
Segundo o advogado da família, Justin Bamberg, no vídeo policial não há uma arma visível nas mãos de Scott, e é possível vê-lo recuar, quando recebe os disparos.
"Suas mãos estão baixas para os lados. Age calmo", disse Bamberg à rede CNN.
"Você vê uma coisa na mão dele, mas é impossível determinar nas imagens do que se trata", completou.
Este caso - mais um na longa lista de mortes de cidadãos afro-americanos causadas pela atuação policial - deflagrou indignação e manifestações que levaram o governador a declarar estado de emergência em Charlotte.
Sob o lema "sem justiça, não há paz", centenas de pessoas marcharam na sexta-feira à noite (23), pelo centro da cidade, para exigir a divulgação dos vídeos. O protesto transcorreu sob forte esquema policial e com a presença de homens da Guarda Nacional.
Em Charlotte, está em vigor um toque de recolher que vai de meia-noite até 6h da manhã.
O incidente teve reflexos na campanha eleitoral americana. A prefeita Jennifer Roberts pediu à candidata democrata na corrida pela Casa Branca, Hillary Clinton, e a seu oponente republicano, Donald Trump, que adiem suas visitas diante da falta de recursos para garantir a segurança de ambos.
A campanha democrata atendeu ao apelo.
"Depois de discutir profundamente com líderes da comunidade, decidimos adiar a viagem de domingo (de Hillary) para não afetar os recursos da cidade", informou sua equipe de campanha.
"Ela planejará a visita para o outro domingo, se as circunstâncias assim permitirem", acrescentou.
O chefe da Polícia de Charlotte-Mecklenburg afirmou que tornará pública "a filmagem da câmera corporal e a da câmera fixa" que capturaram os disparos contra Scott, cuja morte na última quinta-feira (22) deflagrou violentos confrontos e reiterados apelos pela publicação do vídeo.
"Do que eu preciso é da confirmação de que, quando a publicação for feita, não haverá um impacto negativo sobre a investigação (...) e já disponho dessa segurança", disse Putney.
A família de Scott já havia divulgado um dramático vídeo do incidente que abalou a cidade.
De 2'16'', o vídeo foi filmado com um celular pela mulher de Scott, Rakeyia, mas não mostra o tiroteio propriamente dito. Com essas imagens também não é possível esclarecer se o homem atingido estava, ou não, armado.
Os parentes de Scott assistiram ao vídeo da Polícia e lideraram os pedidos para que a gravação fosse tornada pública.
Segundo o advogado da família, Justin Bamberg, no vídeo policial não há uma arma visível nas mãos de Scott, e é possível vê-lo recuar, quando recebe os disparos.
"Suas mãos estão baixas para os lados. Age calmo", disse Bamberg à rede CNN.
"Você vê uma coisa na mão dele, mas é impossível determinar nas imagens do que se trata", completou.
Este caso - mais um na longa lista de mortes de cidadãos afro-americanos causadas pela atuação policial - deflagrou indignação e manifestações que levaram o governador a declarar estado de emergência em Charlotte.
Sob o lema "sem justiça, não há paz", centenas de pessoas marcharam na sexta-feira à noite (23), pelo centro da cidade, para exigir a divulgação dos vídeos. O protesto transcorreu sob forte esquema policial e com a presença de homens da Guarda Nacional.
Em Charlotte, está em vigor um toque de recolher que vai de meia-noite até 6h da manhã.
O incidente teve reflexos na campanha eleitoral americana. A prefeita Jennifer Roberts pediu à candidata democrata na corrida pela Casa Branca, Hillary Clinton, e a seu oponente republicano, Donald Trump, que adiem suas visitas diante da falta de recursos para garantir a segurança de ambos.
A campanha democrata atendeu ao apelo.
"Depois de discutir profundamente com líderes da comunidade, decidimos adiar a viagem de domingo (de Hillary) para não afetar os recursos da cidade", informou sua equipe de campanha.
"Ela planejará a visita para o outro domingo, se as circunstâncias assim permitirem", acrescentou.
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