Hollande promete desmantelar acampamento de migrantes de Calais antes do fim do ano
Calais, França, 26 Set 2016 (AFP) - O presidente da França, François Hollande, prometeu nesta segunda-feira que o acampamento de migrantes de Calais, onde estão amontoadas entre 7.000 e 10.000 pessoas, será completamente desmantelado antes do final do ano.
"Vim a Calais para confirmar a decisão que tomei com o governo de desmantelar definitiva, completa e rapidamente, ou seja, até o fim do ano", o acampamento de migrantes de Calais, declarou Hollande, que visitava nesta segunda-feira pela primeira vez esta cidade às margens do Canal da Mancha.
O presidente francês também fez um apelo aos britânicos para que "assumam sua parcela" de responsabilidade para resolver esta crise.
Milhares de migrantes, em sua maioria provenientes de Sudão e Afeganistão, vivem atualmente neste acampamento conhecido como "Selva", onde aguardam em condições sub-humanas uma chance de cruzar para o Reino Unido.
"Estou determinado a fazer com que os britânicos participem do esforço humanitário que a França está realizando" em Calais, declarou Hollande.
Hollande se reuniu com a polícia, com políticos locais, associações humanitárias e empresários, mas não está previsto que visite o acampamento de migrantes.
- Protestos -A sete meses das eleições presidenciais, a imigração dominou a campanha de uma parte da direita com o objetivo de cortejar os eleitores da ultradireitista Frente Nacional, que segundo todas as pesquisas passaria ao segundo turno das presidenciais.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy, candidato às primárias da direita, visitou Calais na semana passada e convocou a restabelecer os controles nas fronteiras para evitar que a França seja "afundada" pelos migrantes.
Sarkozy e seus simpatizantes multiplicam os ataques contra a política do governo socialista e criticam sobretudo a abertura anunciada de centros de migrantes em todo o território para acolher as milhares de pessoas evacuadas de Calais e de acampamentos informais em Paris.
Hollande, que até agora havia se mostrado discreto sobre o tema da imigração, entrou de cabeça no debate nos últimos dias.
No sábado visitou um dos 164 centros que abrirão suas portas e prometeu que a França "não será um país de acampamentos" de migrantes, em referência às críticas de uma parte da direita, que estima que este plano não solucionará o problema, mas que, pelo contrário, criará vários "mini Calais" em todo o país.
Calais se converteu em um símbolo da incapacidade da Europa para gerir a chegada em massa de migrantes e refugiados que cruzam o Mediterrâneo fugindo da guerra e da miséria.
Os planos de realocar os migrantes provocou protestos em algumas localidades do país.
No sábado, várias centenas de pessoas protestaram na abastada cidade de Versalhes, a oeste de Paris, contra o projeto de abertura na região de um centro de acolhimento de migrantes.
A França, que registrou 80.000 novos pedidos de asilo em 2015 diante de cerca de um milhão na Alemanha, é considerado fundamentalmente como um país de passagem para os migrantes.
cg-swi-chp/mw/at/meb/eg/ma
"Vim a Calais para confirmar a decisão que tomei com o governo de desmantelar definitiva, completa e rapidamente, ou seja, até o fim do ano", o acampamento de migrantes de Calais, declarou Hollande, que visitava nesta segunda-feira pela primeira vez esta cidade às margens do Canal da Mancha.
O presidente francês também fez um apelo aos britânicos para que "assumam sua parcela" de responsabilidade para resolver esta crise.
Milhares de migrantes, em sua maioria provenientes de Sudão e Afeganistão, vivem atualmente neste acampamento conhecido como "Selva", onde aguardam em condições sub-humanas uma chance de cruzar para o Reino Unido.
"Estou determinado a fazer com que os britânicos participem do esforço humanitário que a França está realizando" em Calais, declarou Hollande.
Hollande se reuniu com a polícia, com políticos locais, associações humanitárias e empresários, mas não está previsto que visite o acampamento de migrantes.
- Protestos -A sete meses das eleições presidenciais, a imigração dominou a campanha de uma parte da direita com o objetivo de cortejar os eleitores da ultradireitista Frente Nacional, que segundo todas as pesquisas passaria ao segundo turno das presidenciais.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy, candidato às primárias da direita, visitou Calais na semana passada e convocou a restabelecer os controles nas fronteiras para evitar que a França seja "afundada" pelos migrantes.
Sarkozy e seus simpatizantes multiplicam os ataques contra a política do governo socialista e criticam sobretudo a abertura anunciada de centros de migrantes em todo o território para acolher as milhares de pessoas evacuadas de Calais e de acampamentos informais em Paris.
Hollande, que até agora havia se mostrado discreto sobre o tema da imigração, entrou de cabeça no debate nos últimos dias.
No sábado visitou um dos 164 centros que abrirão suas portas e prometeu que a França "não será um país de acampamentos" de migrantes, em referência às críticas de uma parte da direita, que estima que este plano não solucionará o problema, mas que, pelo contrário, criará vários "mini Calais" em todo o país.
Calais se converteu em um símbolo da incapacidade da Europa para gerir a chegada em massa de migrantes e refugiados que cruzam o Mediterrâneo fugindo da guerra e da miséria.
Os planos de realocar os migrantes provocou protestos em algumas localidades do país.
No sábado, várias centenas de pessoas protestaram na abastada cidade de Versalhes, a oeste de Paris, contra o projeto de abertura na região de um centro de acolhimento de migrantes.
A França, que registrou 80.000 novos pedidos de asilo em 2015 diante de cerca de um milhão na Alemanha, é considerado fundamentalmente como um país de passagem para os migrantes.
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