Exército sírio avança em bairros rebeldes de Aleppo após bombardeios
Damasco, 28 Set 2016 (AFP) - O Exército sírio conseguiu nesta terça-feira (27) retomar um bairro rebelde do centro de Aleppo, Farafira, após vários dias de intensos bombardeios aéreos que deixaram dezenas de mortos e causaram indignação nos países ocidentais.
Ao meio-dia local, o Exército sírio assumiu o controle do bairro de Farafira.
"O Exército tomou completamente o controle do bairro Farafira, a noroeste da cidade de Aleppo, depois de neutralizar vários terroristas, e as unidades do Corpo de Engenheiros estão desminando o bairro", indicou à AFP uma fonte militar.
O governo utiliza o termo "terrorista" para designar todos os grupos que pegaram em armas contra Damasco, sejam rebeldes, sejam extremistas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) confirmou o avanço e destacou que o Exército havia conseguido se mobilizar em "alguns edifícios" no pequeno "bairro de Farafira".
Esse setor está situado na "linha de frente" que desde 2012 separa a parte oriental da cidade, controlada pelos rebeldes, da parte ocidental, que continua nas mãos do governo.
Desde quinta-feira passada (22), o Exército sírio realiza uma forte ofensiva com o intenso apoio de seu grande aliado, Moscou.
"Esta operação é realizada no âmbito das operações militares que foram anunciadas (na quinta-feira), que inclui um componente aéreo e outro terrestre, com a utilização da artilharia", acrescentou o militar sírio.
Desde o término da trégua, a aviação síria e russa multiplicaram os bombardeios contra os bairros nas mãos dos rebeldes, provocando a morte de ao menos 165 pessoas, a maior parte delas civis, denunciou o OSDH.
Nesta terça-feira (27), o número de bombardeios foi muito menor do que nos dias anteriores, mas a atividade aumentou durante a tarde, informou o correspondente da AFP.
O OSDH contabilizou pelo menos 23 mortos.
Entre as vítimas, há uma menina de cinco anos, cujo corpo foi descoberto preso entre os escombros de um edifício. Quando conseguiram retirá-la, seu pai a pegou em seus braços e disse: "Só está dormindo, ela está dormindo".
Um homem que estava ao lado continuava sem achar sua família e olhava para as ruínas atordoado.
Os países ocidentais continuaram denunciando hoje a potente ofensiva lançada pelo governo após o fracasso da trégua, que durou apenas uma semana.
"Os espantosos ataques de Aleppo são moralmente inaceitáveis e uma violação flagrante do Direito Internacional", considerou o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, à margem de uma reunião de ministros da Defesa da União Europeia em Bratislava.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a violência em Aleppo chegou a um nível totalmente inaceitável e que é responsabilidade do governo de Bashar al-Assad e da Rússia garantir que a ajuda humanitária chegue à cidade.
Os hospitais de campanha estão sobrecarregados com a grande quantidade de feridos e precisam de medicamentos e reservas de sangue.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu nesta terça que as instalações médicas no leste de Aleppo estão à beira "de uma destruição total".
O organismo pediu o "estabelecimento imediato de corredores humanitários para evacuar doentes e feridos".
rim-kar/jri/sk/an/jz/cb/ma/tt
Ao meio-dia local, o Exército sírio assumiu o controle do bairro de Farafira.
"O Exército tomou completamente o controle do bairro Farafira, a noroeste da cidade de Aleppo, depois de neutralizar vários terroristas, e as unidades do Corpo de Engenheiros estão desminando o bairro", indicou à AFP uma fonte militar.
O governo utiliza o termo "terrorista" para designar todos os grupos que pegaram em armas contra Damasco, sejam rebeldes, sejam extremistas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) confirmou o avanço e destacou que o Exército havia conseguido se mobilizar em "alguns edifícios" no pequeno "bairro de Farafira".
Esse setor está situado na "linha de frente" que desde 2012 separa a parte oriental da cidade, controlada pelos rebeldes, da parte ocidental, que continua nas mãos do governo.
Desde quinta-feira passada (22), o Exército sírio realiza uma forte ofensiva com o intenso apoio de seu grande aliado, Moscou.
"Esta operação é realizada no âmbito das operações militares que foram anunciadas (na quinta-feira), que inclui um componente aéreo e outro terrestre, com a utilização da artilharia", acrescentou o militar sírio.
Desde o término da trégua, a aviação síria e russa multiplicaram os bombardeios contra os bairros nas mãos dos rebeldes, provocando a morte de ao menos 165 pessoas, a maior parte delas civis, denunciou o OSDH.
Nesta terça-feira (27), o número de bombardeios foi muito menor do que nos dias anteriores, mas a atividade aumentou durante a tarde, informou o correspondente da AFP.
O OSDH contabilizou pelo menos 23 mortos.
Entre as vítimas, há uma menina de cinco anos, cujo corpo foi descoberto preso entre os escombros de um edifício. Quando conseguiram retirá-la, seu pai a pegou em seus braços e disse: "Só está dormindo, ela está dormindo".
Um homem que estava ao lado continuava sem achar sua família e olhava para as ruínas atordoado.
Os países ocidentais continuaram denunciando hoje a potente ofensiva lançada pelo governo após o fracasso da trégua, que durou apenas uma semana.
"Os espantosos ataques de Aleppo são moralmente inaceitáveis e uma violação flagrante do Direito Internacional", considerou o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, à margem de uma reunião de ministros da Defesa da União Europeia em Bratislava.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a violência em Aleppo chegou a um nível totalmente inaceitável e que é responsabilidade do governo de Bashar al-Assad e da Rússia garantir que a ajuda humanitária chegue à cidade.
Os hospitais de campanha estão sobrecarregados com a grande quantidade de feridos e precisam de medicamentos e reservas de sangue.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu nesta terça que as instalações médicas no leste de Aleppo estão à beira "de uma destruição total".
O organismo pediu o "estabelecimento imediato de corredores humanitários para evacuar doentes e feridos".
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