Berlusconi completa 80 anos e quer mais tempo com a família
Roma, 29 Set 2016 (AFP) - O ex-primeiro-ministro italiano e magnata dos meios de comunicação Silvio Berlusconi completa 80 anos nesta quinta-feira e confessa que deseja encarar o outono da vida como um patriarca, ao lado da família e longe da política.
"Tenho cinco filhos e 10 netos. Isto faz de mim um patriarca. Assim eu sinto", afirmou o bilionário em uma entrevista ao diretor de redação da revista "Chi" (Quem), seu amigo Alfonso Signorini.
"O que entendi, e o que talvez é o mais importante, é que vou passar mais tempo com meus filhos e netos", disse o empresário, dono da revista.
"Eles são o meu futuro", afirma a capa da revista, que exibe uma fotografia do magnata com os netos, no que pode ser interpretado por alguns como um adeus à vida pública.
O outrora homem mais poderoso da Itália, que dominou a política do país por duas décadas e protagonizou diversos escândalos judiciais e sexuais, chega aos 80 anos depois de várias cirurgias e mais sensato.
Depois de passar por uma delicada operação cardíaca em junho para substituir uma válvula aórtica, Berlusconi se refugiou em sua mansão de Milão e evita aparecer em público.
Berlusconi admitiu que nunca pensou na idade, "ao contrário, sempre sentia que estava com 40 anos, cheio de curiosidade e com vontade de fazer as coisas".
"A doença chegou de forma inesperada. E depois da operação também veio a clara consciência de que sou um homem de 80 anos", confessa.
Distante da política e de sua empresa, sem administrar o clube do coração (Milan), que vendeu para empresários chineses, e afastado do partido que fundou (Força Itália), o magnata entra em uma nova fase.
O homem que fez da simpatia sua arma secreta, capaz de se comunicar como poucos com o italiano das ruas, admitiu: "A política nunca me apaixonou".
"Só me fez perder muito tempo energia, e se decidi entrar na arena foi simplesmente para impedir que os comunistas chegassem ao poder", disse.
Com um discurso anticomunista, Berlusconi afirma ter sido traído e não deixa sucessores.
"Quando penso bem, não tenho um só amigo na política. Mas não sou uma pessoa rancorosa. Quem traiu, não traiu a mim, e sim os seus eleitores", disse.
Uma confissão amarga, uma alfinetada em centenas de políticos que construíram carreiras e fortunas a seu lado e que, em alguns casos, se aliaram à centro-esquerda contra sua vontade para permanecer no poder.
O jornal Il Corriere della Sera, no entanto, não descarta que Berlusconi pense em um novo projeto político, já que seu movimento, sem sua liderança, está desaparecendo.
O empresário não deseja presentes ("se querem, façam caridade") e anunciou que festejará com a família e a noiva, 50 anos mais jovem, a terceira mulher de sua vida após as duas primeiras esposas.
"Tenho cinco filhos e 10 netos. Isto faz de mim um patriarca. Assim eu sinto", afirmou o bilionário em uma entrevista ao diretor de redação da revista "Chi" (Quem), seu amigo Alfonso Signorini.
"O que entendi, e o que talvez é o mais importante, é que vou passar mais tempo com meus filhos e netos", disse o empresário, dono da revista.
"Eles são o meu futuro", afirma a capa da revista, que exibe uma fotografia do magnata com os netos, no que pode ser interpretado por alguns como um adeus à vida pública.
O outrora homem mais poderoso da Itália, que dominou a política do país por duas décadas e protagonizou diversos escândalos judiciais e sexuais, chega aos 80 anos depois de várias cirurgias e mais sensato.
Depois de passar por uma delicada operação cardíaca em junho para substituir uma válvula aórtica, Berlusconi se refugiou em sua mansão de Milão e evita aparecer em público.
Berlusconi admitiu que nunca pensou na idade, "ao contrário, sempre sentia que estava com 40 anos, cheio de curiosidade e com vontade de fazer as coisas".
"A doença chegou de forma inesperada. E depois da operação também veio a clara consciência de que sou um homem de 80 anos", confessa.
Distante da política e de sua empresa, sem administrar o clube do coração (Milan), que vendeu para empresários chineses, e afastado do partido que fundou (Força Itália), o magnata entra em uma nova fase.
O homem que fez da simpatia sua arma secreta, capaz de se comunicar como poucos com o italiano das ruas, admitiu: "A política nunca me apaixonou".
"Só me fez perder muito tempo energia, e se decidi entrar na arena foi simplesmente para impedir que os comunistas chegassem ao poder", disse.
Com um discurso anticomunista, Berlusconi afirma ter sido traído e não deixa sucessores.
"Quando penso bem, não tenho um só amigo na política. Mas não sou uma pessoa rancorosa. Quem traiu, não traiu a mim, e sim os seus eleitores", disse.
Uma confissão amarga, uma alfinetada em centenas de políticos que construíram carreiras e fortunas a seu lado e que, em alguns casos, se aliaram à centro-esquerda contra sua vontade para permanecer no poder.
O jornal Il Corriere della Sera, no entanto, não descarta que Berlusconi pense em um novo projeto político, já que seu movimento, sem sua liderança, está desaparecendo.
O empresário não deseja presentes ("se querem, façam caridade") e anunciou que festejará com a família e a noiva, 50 anos mais jovem, a terceira mulher de sua vida após as duas primeiras esposas.
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