Traficante de diamantes acusado de crimes de guerra morre na prisão na Bélgica
Bruxelas, 29 Set 2016 (AFP) - O empresário belga-americano Michel Desaedeleer morreu na prisão na Bélgica antes de ser julgado por crimes de guerra e contra a humanidade por suposto tráfico de diamantes durante a guerra em Serra Leoa, informou o Ministério Público.
Desaedeleer, de 65 anos, foi detido em Málaga (sul da Espanha) em agosto de 2015, quando pretendia ir para os Estados Unidos, onde residia. Foi levado para a Bélgica e colocado em prisão preventiva
Era acusado de extrair pedras preciosas e introduzi-las no mercado entre dezembro de 1999 e janeiro de 2000, assim como forçar várias pessoas a trabalhar nesse esquema.
Os diamantes financiaram a guerra civil que assolou Serra Leoa entre 1991 e 2002, já que, para os rebeldes, este era um meio de financiar sua guerrilha e, para Desaedeleer, representava apenas um comércio.
Seu julgamento seria o primeiro da história por tráfico de recursos naturais, classificado como crime internacional, lamentou a ONG suíça Civitas Maxima, encarregada de defender as vítimas dos crimes de guerra.
O nome do empresário aparece em um relatório das Nações Unidas de 2000 por ter assinado em 1999 um acordo com os rebeldes de Serra Leoa, da Frente Revolucionária Unida, que permitia que explorasse as minas de diamantes do país.
A guerra civil em Serra Leoa foi uma das mais violentas da história africana recente, com 120.000 mortos, e a recorrente utilização de crianças soldados.
siu-tjc.
Desaedeleer, de 65 anos, foi detido em Málaga (sul da Espanha) em agosto de 2015, quando pretendia ir para os Estados Unidos, onde residia. Foi levado para a Bélgica e colocado em prisão preventiva
Era acusado de extrair pedras preciosas e introduzi-las no mercado entre dezembro de 1999 e janeiro de 2000, assim como forçar várias pessoas a trabalhar nesse esquema.
Os diamantes financiaram a guerra civil que assolou Serra Leoa entre 1991 e 2002, já que, para os rebeldes, este era um meio de financiar sua guerrilha e, para Desaedeleer, representava apenas um comércio.
Seu julgamento seria o primeiro da história por tráfico de recursos naturais, classificado como crime internacional, lamentou a ONG suíça Civitas Maxima, encarregada de defender as vítimas dos crimes de guerra.
O nome do empresário aparece em um relatório das Nações Unidas de 2000 por ter assinado em 1999 um acordo com os rebeldes de Serra Leoa, da Frente Revolucionária Unida, que permitia que explorasse as minas de diamantes do país.
A guerra civil em Serra Leoa foi uma das mais violentas da história africana recente, com 120.000 mortos, e a recorrente utilização de crianças soldados.
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