Macri: 'Nesses termos, a Venezuela não pode fazer parte do Mercosul'
Buenos Aires, 24 Out 2016 (AFP) - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, expressou nesta segunda-feira sua preocupação pela crise atravessada pela Venezuela, país que considera não respeitar os direitos humanos, e que por isso, disse, não pode integrar o Mercosul.
"Nesses termos, a Venezuela não pode ser parte do Mercosul porque lá não se respeitam os direitos humanos", afirmou Macri em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente uruguaio Tabaré Vázquez, de visita em Buenos Aires.
Macri garantiu que tanto seu governo como o de Vázquez estão "muito preocupados de como as coisas foram escalando e de como estão mal" na Venezuela.
O Parlamento venezuelano, de maioria opositora, denunciou no domingo um "golpe de Estado" por parte do governo de Nicolás Maduro, depois que as autoridades eleitorais suspenderam a coleta de 4 milhões de assinaturas para convocar um referendo revocatório contra o mandatário.
No entanto, nesta segunda-feira, o governo e a oposição acordaram iniciar um diálogo em 30 de outubro.
"A declaração feita pelo Congresso (venezuelano) foi muito contundente, isso nos aproxima cada vez mais de que a Venezuela nesses termos não pode ser parte do Mercosul e tem que receber a condenação de todas as nações americanas e do mundo inteiro porque como eu disse várias vezes, na Venezuela não estão respeitando os direitos humanos", afirmou.
O presidente disse que "lendo a declaração do Congresso (venezuelano) fica mais do que claro que existem todas as condições dadas para exercer a cláusula democrática" da Organização de Estados Americanos (OEA), um processo que pode levar à suspensão do país da organização.
"Espero que na reunião que vamos a ter possamos encarar isso", disse Macri referindo-se a uma próxima reunião do bloco para abordar a crise na Venezuela.
Consultado sobre a crise, Vázquez considerou que o "Mercosul tem que se reunir para discutir o tema".
"Pessoalmente sempre defendemos o direito soberano dos povos a manifestar-se, o direito soberano e a liberdade dos povos a dizer o que pensa e a ser respeitado em suas vontades", disse o presidente uruguaio.
"Umas das formas da democracia é a participação direta dos povos, é preciso defende-la em todas as instâncias. Com esse posicionamento pessoal estaremos analisando o Venezuela na reunião que se fixe no Mercosul", acrescentou.
sa-pb/yow/cc/mvv
"Nesses termos, a Venezuela não pode ser parte do Mercosul porque lá não se respeitam os direitos humanos", afirmou Macri em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente uruguaio Tabaré Vázquez, de visita em Buenos Aires.
Macri garantiu que tanto seu governo como o de Vázquez estão "muito preocupados de como as coisas foram escalando e de como estão mal" na Venezuela.
O Parlamento venezuelano, de maioria opositora, denunciou no domingo um "golpe de Estado" por parte do governo de Nicolás Maduro, depois que as autoridades eleitorais suspenderam a coleta de 4 milhões de assinaturas para convocar um referendo revocatório contra o mandatário.
No entanto, nesta segunda-feira, o governo e a oposição acordaram iniciar um diálogo em 30 de outubro.
"A declaração feita pelo Congresso (venezuelano) foi muito contundente, isso nos aproxima cada vez mais de que a Venezuela nesses termos não pode ser parte do Mercosul e tem que receber a condenação de todas as nações americanas e do mundo inteiro porque como eu disse várias vezes, na Venezuela não estão respeitando os direitos humanos", afirmou.
O presidente disse que "lendo a declaração do Congresso (venezuelano) fica mais do que claro que existem todas as condições dadas para exercer a cláusula democrática" da Organização de Estados Americanos (OEA), um processo que pode levar à suspensão do país da organização.
"Espero que na reunião que vamos a ter possamos encarar isso", disse Macri referindo-se a uma próxima reunião do bloco para abordar a crise na Venezuela.
Consultado sobre a crise, Vázquez considerou que o "Mercosul tem que se reunir para discutir o tema".
"Pessoalmente sempre defendemos o direito soberano dos povos a manifestar-se, o direito soberano e a liberdade dos povos a dizer o que pensa e a ser respeitado em suas vontades", disse o presidente uruguaio.
"Umas das formas da democracia é a participação direta dos povos, é preciso defende-la em todas as instâncias. Com esse posicionamento pessoal estaremos analisando o Venezuela na reunião que se fixe no Mercosul", acrescentou.
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