Colômbia: Farc e governo incorporam primeiros ajustes para salvar pacto de paz
Havana, 28 Out 2016 (AFP) - Os rebeldes das Farc e o governo da Colômbia incorporaram vários ajustes ao acordo de paz que foi rejeitado no referendo e continuarão considerando modificações para obter rapidamente um novo pacto - informaram representantes das partes envolvidas, em Havana, nesta sexta-feira (28).
"As propostas estão sendo discutidas com todo cuidado. Muitas delas vêm sendo incorporadas aos textos de um novo acordo", segundo a nota divulgada hoje, que não antecipa o conteúdo das reformas.
No último sábado, a guerrilha e o governo de Juan Manuel Santos iniciaram em Havana a discussão de centenas de iniciativas para salvar o acordo de paz firmado em 26 de setembro, rejeitado pelos colombianos em 2 de outubro.
A recusa nas urnas impediu a implementação do pacto, com o qual se pretendia pôr fim a um conflito armado de 52 anos que deixa milhões de vítimas, entre mortos, deslocados e desaparecidos.
Mesmo assim, as partes anunciaram que vão buscar um novo pacto em meio ao cessar-fogo vigente desde final de agosto. Ainda é incerto se, depois disso, haverá um novo referendo via consulta.
No momento, as delegações de paz, que por quase quatro anos arquitetaram o pacto da Havana, anunciaram que continuarão incorporando ajustes ao negociado.
"Continuaremos adiantando esse trabalho a partir do próximo 3 de novembro com o objetivo de contar, de maneira rápida e eficaz, com um novo acordo definitivo", disseram no comunicado.
De Bogotá, o presidente Santos anunciou o retorno de seus negociadores para continuar amanhã o diálogo com a oposição.
"Dei instruções para que todos se ponham em 'modo reunião' para trabalhar de maneira ininterrumpta e alcançar um novo acordo o mais rápido possível", afirmou, mostrando-se otimista com a possibilidade de "conseguir em dias" um novo pacto com as Farc.
"O tempo urge, porque o cessar-fogo que acertamos é frágil", advertiu.
O acordo derrotado nas urnas prevê, essencialmente, que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) baixem as armas, depois de mais de cinco décadas, e se transformem em um partido político.
Esse pacto já firmado contém fórmulas para melhorar a situação no campo - palco histórico do conflito - combater o narcotráfico, reconhecer e indenizar as vítimas, assim como garantias para a participação política dos futuros ex-combatentes.
Setores liderados pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) se opuseram ao pacto, alegando que os rebeldes poderiam aspirar a cargos públicos sem responder por seus crimes.
Além disso, o pacto de Havana estabelece que os responsáveis por crimes atrozes, tanto guerrilheiros quanto militares e civis, que confessarem seus atos e ajudarem a indenizar as vítimas poderão evitar a prisão e cumprir penas alternativas de reclusão.
"As propostas estão sendo discutidas com todo cuidado. Muitas delas vêm sendo incorporadas aos textos de um novo acordo", segundo a nota divulgada hoje, que não antecipa o conteúdo das reformas.
No último sábado, a guerrilha e o governo de Juan Manuel Santos iniciaram em Havana a discussão de centenas de iniciativas para salvar o acordo de paz firmado em 26 de setembro, rejeitado pelos colombianos em 2 de outubro.
A recusa nas urnas impediu a implementação do pacto, com o qual se pretendia pôr fim a um conflito armado de 52 anos que deixa milhões de vítimas, entre mortos, deslocados e desaparecidos.
Mesmo assim, as partes anunciaram que vão buscar um novo pacto em meio ao cessar-fogo vigente desde final de agosto. Ainda é incerto se, depois disso, haverá um novo referendo via consulta.
No momento, as delegações de paz, que por quase quatro anos arquitetaram o pacto da Havana, anunciaram que continuarão incorporando ajustes ao negociado.
"Continuaremos adiantando esse trabalho a partir do próximo 3 de novembro com o objetivo de contar, de maneira rápida e eficaz, com um novo acordo definitivo", disseram no comunicado.
De Bogotá, o presidente Santos anunciou o retorno de seus negociadores para continuar amanhã o diálogo com a oposição.
"Dei instruções para que todos se ponham em 'modo reunião' para trabalhar de maneira ininterrumpta e alcançar um novo acordo o mais rápido possível", afirmou, mostrando-se otimista com a possibilidade de "conseguir em dias" um novo pacto com as Farc.
"O tempo urge, porque o cessar-fogo que acertamos é frágil", advertiu.
O acordo derrotado nas urnas prevê, essencialmente, que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) baixem as armas, depois de mais de cinco décadas, e se transformem em um partido político.
Esse pacto já firmado contém fórmulas para melhorar a situação no campo - palco histórico do conflito - combater o narcotráfico, reconhecer e indenizar as vítimas, assim como garantias para a participação política dos futuros ex-combatentes.
Setores liderados pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) se opuseram ao pacto, alegando que os rebeldes poderiam aspirar a cargos públicos sem responder por seus crimes.
Além disso, o pacto de Havana estabelece que os responsáveis por crimes atrozes, tanto guerrilheiros quanto militares e civis, que confessarem seus atos e ajudarem a indenizar as vítimas poderão evitar a prisão e cumprir penas alternativas de reclusão.
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