Brasileiros votam em segundo turno de eleições municipais
Rio de Janeiro, 30 Out 2016 (AFP) - Cerca de 33 milhões de brasileiros são convocados às urnas neste domingo para eleger em segundo turno os prefeitos de 57 cidades, entre elas Rio de Janeiro, que poderia ver o bispo evangélico licenciado Marcelo Crivella ser eleito.
As urnas foram abertas às 8h00 nos municípios onde nenhum candidato obteve a maioria absoluta dos votos no primeiro turno. A votação ocorre até às 17h00.
Depois que São Paulo elegeu no primeiro turno João Dória, do PSDB, o Rio é a cidade que concentra toda a atenção.
Governada nos últimos oito anos por Eduardo Paes, do mesmo partido do atual presidente Michel Temer (PMBD), o Rio deixa para trás a época dos megaeventos esportivos.
Após a Copa do Mundo de 2014 e os recentes Jogos Olímpicos, a cidade inicia uma nova etapa, mergulhada em uma grave crise econômica e também de segurança.
Igreja vs socialismoMarcelo Crivella, senador e bispo evangélico de 59 anos, é o favorito para governar a cidade.
Sobrinho do polêmico fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (neopentecostal)e ex-ministro da Pesca da presidente destituída Dilma Rousseff, Crivella venceu o primeiro turno com tranquilidade.
E no dia 2 de outubro, para a surpresa de muitos e estreita margem de votos, passou para o segundo turno o dissidente do PT e professor universitário Marcelo Freixo, que ganhou notoriedade como deputado ao impulsionar a investigação das milícias no Rio, um trabalho retratado no filme "Tropa de Elite".
Apesar das várias polêmicas enfrentadas por Crivella durante a campanha - como a publicação de fotos onde exorcizava católicos quando era missionário na África, na década de 90, ou declarações da época sobre o "mal terrível" da homossexualidade - todas as pesquisas o apontam como claro vencedor.
Desde então, o senador prometeu governar a cidade sem distinção de religião, dedicado-se a "cuidar" de todas as pessoas.
Seu rival, apoiado por artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e o ator Wagner Moura, aposta em uma cidade inclusiva, social e progressista.
Em uma campanha de acusações cruzadas, Crivella (PRB) tentou aguçar a militância de extrema esquerda de seu rival (PSOL), garantindo que ele legalizaria as drogas ou defenderia criminosos, enquanto Freixo afirma que o pastor é a encarnação da velha política corrupta.
Mas com o crescimento dos evangélicos no Brasil e a crescente presença da igreja nas áreas mais pobres do Rio, Crivella parece ter a vitória assegurada.
Embora as pesquisas tenham apontado uma ampla vantagem para Crivella, nas últimas horas a diferença caiu 10 pontos entre os dois: o senador monopoliza uma intenção de voto de 58% em comparação com 42% de Freixo, de acordo com a última pesquisa Datafolha.
Escolas ocupadas no ParanáAlém do Rio, outras 17 capitais de estados elegem seu prefeito, como Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, São Luís do Maranhão o Fortaleza.
Para além dos programas eleitorais, a eleição de domingo precisará lidar com a ocupação de mais de 1.000 escolas em todo o país por alunos do ensino médio que protestam contra as reformas de Temer.
Estas ocupações fizeram com que cerca de 200 colégios eleitorais precisassem ser transferidos a outros lugares no Paraná, onde os protestos começaram há um mês.
Com uma forte abstenção e votos em branco ou nulos no primeiro turno, estas eleições marcaram o colapso do Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o Brasil por 13 anos e perdeu quase dois terços dos seus prefeitos, atingidos por denúncias de corrupção.
As urnas foram abertas às 8h00 nos municípios onde nenhum candidato obteve a maioria absoluta dos votos no primeiro turno. A votação ocorre até às 17h00.
Depois que São Paulo elegeu no primeiro turno João Dória, do PSDB, o Rio é a cidade que concentra toda a atenção.
Governada nos últimos oito anos por Eduardo Paes, do mesmo partido do atual presidente Michel Temer (PMBD), o Rio deixa para trás a época dos megaeventos esportivos.
Após a Copa do Mundo de 2014 e os recentes Jogos Olímpicos, a cidade inicia uma nova etapa, mergulhada em uma grave crise econômica e também de segurança.
Igreja vs socialismoMarcelo Crivella, senador e bispo evangélico de 59 anos, é o favorito para governar a cidade.
Sobrinho do polêmico fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (neopentecostal)e ex-ministro da Pesca da presidente destituída Dilma Rousseff, Crivella venceu o primeiro turno com tranquilidade.
E no dia 2 de outubro, para a surpresa de muitos e estreita margem de votos, passou para o segundo turno o dissidente do PT e professor universitário Marcelo Freixo, que ganhou notoriedade como deputado ao impulsionar a investigação das milícias no Rio, um trabalho retratado no filme "Tropa de Elite".
Apesar das várias polêmicas enfrentadas por Crivella durante a campanha - como a publicação de fotos onde exorcizava católicos quando era missionário na África, na década de 90, ou declarações da época sobre o "mal terrível" da homossexualidade - todas as pesquisas o apontam como claro vencedor.
Desde então, o senador prometeu governar a cidade sem distinção de religião, dedicado-se a "cuidar" de todas as pessoas.
Seu rival, apoiado por artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e o ator Wagner Moura, aposta em uma cidade inclusiva, social e progressista.
Em uma campanha de acusações cruzadas, Crivella (PRB) tentou aguçar a militância de extrema esquerda de seu rival (PSOL), garantindo que ele legalizaria as drogas ou defenderia criminosos, enquanto Freixo afirma que o pastor é a encarnação da velha política corrupta.
Mas com o crescimento dos evangélicos no Brasil e a crescente presença da igreja nas áreas mais pobres do Rio, Crivella parece ter a vitória assegurada.
Embora as pesquisas tenham apontado uma ampla vantagem para Crivella, nas últimas horas a diferença caiu 10 pontos entre os dois: o senador monopoliza uma intenção de voto de 58% em comparação com 42% de Freixo, de acordo com a última pesquisa Datafolha.
Escolas ocupadas no ParanáAlém do Rio, outras 17 capitais de estados elegem seu prefeito, como Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, São Luís do Maranhão o Fortaleza.
Para além dos programas eleitorais, a eleição de domingo precisará lidar com a ocupação de mais de 1.000 escolas em todo o país por alunos do ensino médio que protestam contra as reformas de Temer.
Estas ocupações fizeram com que cerca de 200 colégios eleitorais precisassem ser transferidos a outros lugares no Paraná, onde os protestos começaram há um mês.
Com uma forte abstenção e votos em branco ou nulos no primeiro turno, estas eleições marcaram o colapso do Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o Brasil por 13 anos e perdeu quase dois terços dos seus prefeitos, atingidos por denúncias de corrupção.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.