Direita francesa escolhe candidato à Presidência com um favorito
Paris, 25 Nov 2016 (AFP) - A direita francesa escolherá no domingo seu candidato às presidenciais de 2017, nas primárias onde o ex-primeiro-ministro François Fillon, com seu plano de choque liberal, lidera a disputa contra Alain Juppé, mais moderado.
Diante de um governo de esquerda dividido e impopular, o vencedor da direita tem grandes chances de se tornar o presidente da França em maio do próximo ano, depois de uma disputa final com a líder da extrema-direita Marine Le Pen.
A primeira etapa das primárias inéditas na história da direita francesa, inspiradas nas dos Estados Unidos, mobilizou no último domingo mais de quatro milhões de eleitores, número superior às expectativas.
François Fillon, de 62 anos, que foi primeiro-ministro do ex-presidente Nicolas Sarkozy durante cinco anos (2007-2012), surpreendeu na primeira etapa com 44% dos votos, 16 pontos a mais do que Juppé, que liderou as pesquisas durante meses.
Sarkozy, que buscava um segundo mandato após sua derrota nas eleições de 2012 contra o socialista François Hollande, foi eliminado na primeira volta, superado por seu discreto ex-primeiro-ministro, a quem costumava chamar de "Mr. Nobody" (Sr. Ninguém).
Apesar de suas diferenças pessoais, o ex-presidente anunciou seu apoio a Fillon, com que compartilha posições políticas "mais próximas", diminuindo as chances de Juppé, de 71 anos, que também foi seu ministro.
As últimas pesquisas mostram uma vitória de Fillon com 65% dos votos diante de 35% para Juppé, na segunda e última etapa de domingo.
Dois rostos, uma direitaFrançois Fillon, com um programa que combina um enfoque liberal na parte econômica e conservadora no social, se apresenta como o único candidato capaz de reformar a França.
O programa deste advogado admirador da "Dama de Ferro", Margaret Thatcher, é mais radical que o de seu adversário. Propõe cortar o gasto público em 100 bilhões de euros, suprimir 500.000 postos de trabalho e eliminar uma das leis mais emblemáticas da esquerda socialista francesa: a jornada de trabalho de 35 horas.
Sobre temas de sociedade, Fillon, um católico devoto e pai de cinco filhos, propõe reservar a adoção plena para casais heterossexuais. Ele também se posiciona a favor de uma aliança com a Rússia para erradicar o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Juppé, ex-primeiro-ministro do ex-presidente Jacques Chirac (1995-1997) e cinco vezes ministro, é um liberal no plano econômico.
O prefeito de Bordeaux defende a supressão de 250.000 postos públicos, entre 85 a 100 bilhões de euros de cortes no gasto público e o fim da jornada de trabalho de 35 horas.
Entretanto, ao contrário de seu adversário, que promete mudanças profundas nos primeiros três meses de seu mandato, Juppé promete reformas "progressivas".
Ainda assim, critica a visão de Fillon "extremamente tradicionalista" sobre a sociedade e mantém uma posição crítica com o Kremlin.
A participação na segunda etapa das primárias abertas a todos os franceses com direito a voto será a grande incógnita de domingo.
Na primeira volta, 600.000 eleitores de esquerda foram às urnas com o objetivo principal de tirar Sarkozy da corrida para o Palais de l'Élysée. Uma vez alcançado este objetivo, muitos poderiam ficar em casa.
Os territórios além-mar começarão a votar no sábado e os franceses no exterior poderão votar eletronicamente.
Na parte metropolitana da França, os centros eleitorais abrirão no domingo às 05H00 (de Brasília) e fecharão às 16H00 (de Brasília).
Diante de um governo de esquerda dividido e impopular, o vencedor da direita tem grandes chances de se tornar o presidente da França em maio do próximo ano, depois de uma disputa final com a líder da extrema-direita Marine Le Pen.
A primeira etapa das primárias inéditas na história da direita francesa, inspiradas nas dos Estados Unidos, mobilizou no último domingo mais de quatro milhões de eleitores, número superior às expectativas.
François Fillon, de 62 anos, que foi primeiro-ministro do ex-presidente Nicolas Sarkozy durante cinco anos (2007-2012), surpreendeu na primeira etapa com 44% dos votos, 16 pontos a mais do que Juppé, que liderou as pesquisas durante meses.
Sarkozy, que buscava um segundo mandato após sua derrota nas eleições de 2012 contra o socialista François Hollande, foi eliminado na primeira volta, superado por seu discreto ex-primeiro-ministro, a quem costumava chamar de "Mr. Nobody" (Sr. Ninguém).
Apesar de suas diferenças pessoais, o ex-presidente anunciou seu apoio a Fillon, com que compartilha posições políticas "mais próximas", diminuindo as chances de Juppé, de 71 anos, que também foi seu ministro.
As últimas pesquisas mostram uma vitória de Fillon com 65% dos votos diante de 35% para Juppé, na segunda e última etapa de domingo.
Dois rostos, uma direitaFrançois Fillon, com um programa que combina um enfoque liberal na parte econômica e conservadora no social, se apresenta como o único candidato capaz de reformar a França.
O programa deste advogado admirador da "Dama de Ferro", Margaret Thatcher, é mais radical que o de seu adversário. Propõe cortar o gasto público em 100 bilhões de euros, suprimir 500.000 postos de trabalho e eliminar uma das leis mais emblemáticas da esquerda socialista francesa: a jornada de trabalho de 35 horas.
Sobre temas de sociedade, Fillon, um católico devoto e pai de cinco filhos, propõe reservar a adoção plena para casais heterossexuais. Ele também se posiciona a favor de uma aliança com a Rússia para erradicar o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Juppé, ex-primeiro-ministro do ex-presidente Jacques Chirac (1995-1997) e cinco vezes ministro, é um liberal no plano econômico.
O prefeito de Bordeaux defende a supressão de 250.000 postos públicos, entre 85 a 100 bilhões de euros de cortes no gasto público e o fim da jornada de trabalho de 35 horas.
Entretanto, ao contrário de seu adversário, que promete mudanças profundas nos primeiros três meses de seu mandato, Juppé promete reformas "progressivas".
Ainda assim, critica a visão de Fillon "extremamente tradicionalista" sobre a sociedade e mantém uma posição crítica com o Kremlin.
A participação na segunda etapa das primárias abertas a todos os franceses com direito a voto será a grande incógnita de domingo.
Na primeira volta, 600.000 eleitores de esquerda foram às urnas com o objetivo principal de tirar Sarkozy da corrida para o Palais de l'Élysée. Uma vez alcançado este objetivo, muitos poderiam ficar em casa.
Os territórios além-mar começarão a votar no sábado e os franceses no exterior poderão votar eletronicamente.
Na parte metropolitana da França, os centros eleitorais abrirão no domingo às 05H00 (de Brasília) e fecharão às 16H00 (de Brasília).
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