Alemanha investigará influência de redes nazistas na chancelaria
Berlim, 26 Nov 2016 (AFP) - O governo alemão vai dedicar quatro milhões de euros para tentar investigar a influência das redes neonazistas nas "autoridades centrais" depois de 1945, em particular dentro da chancelaria, anunciou o ministério da Cultura.
O objetivo do programa, previsto até 2020, é completar os cerca de vinte estudos sobre o tema realizados em alguns ministérios e instituições.
Um milhão de euros serão destinados a investigar a influência das redes neonazistas na chancelaria.
Trata-se de esclarecer a "continuidade pessoal" na chancelaria antes e depois de 1945 - ou seja, a continuidade no cargo de ex-encarregados do Terceiro Reich - e a política de recrutamento e evolução "das mentalidades e da cultura política", indicou o ministério da Cultura no comunicado.
O estudo aponta em particular a esclarecer o papel de Hans Globke, chefe da chancelaria entre 1953 e 1963, que supervisionava o recrutamento dos funcionários.
Hans Globke foi considerado o conselheiro mais próximo do chanceler conservador Konrad Adenauer, que comandou o governo alemão de 15 de setembro de 1949 a 23 março de 1963.
Hans Globke, jurista e alto funcionário no ministério nazista do Interior, tinha trabalhado na equipe que endureceu as leis raciais de Nuremberg e colaborou na redação do "Código Judaico", aplicado na Eslováquia, país aliado do Terceiro Reich.
A influência dos juristas nazistas muito tempo depois do fim da Segunda Guerra Mundial e o fim do nazismo em postos-chave da jovem democracia da Alemanha ocidental é uma das principais lições dos estudos realizados em cada ministério.
Um informe governamental, publicado no começo de outubro, revelou, por exemplo, que em 1957, 77% dos quadros dirigentes do ministério da Justiça eram antigos membros do Partido Nacional Socialista (NSDAP), uma proporção desconhecida.
O mais célebre deles era o ex-magistrado nazista Eduard Dreher, que em 1968 redigiu uma lei de aparência técnica, que complicou a ação judicial contra os ex-criminosos do Terceiro Reich, pondo fim a quase todas as investigações em curso.
O objetivo do programa, previsto até 2020, é completar os cerca de vinte estudos sobre o tema realizados em alguns ministérios e instituições.
Um milhão de euros serão destinados a investigar a influência das redes neonazistas na chancelaria.
Trata-se de esclarecer a "continuidade pessoal" na chancelaria antes e depois de 1945 - ou seja, a continuidade no cargo de ex-encarregados do Terceiro Reich - e a política de recrutamento e evolução "das mentalidades e da cultura política", indicou o ministério da Cultura no comunicado.
O estudo aponta em particular a esclarecer o papel de Hans Globke, chefe da chancelaria entre 1953 e 1963, que supervisionava o recrutamento dos funcionários.
Hans Globke foi considerado o conselheiro mais próximo do chanceler conservador Konrad Adenauer, que comandou o governo alemão de 15 de setembro de 1949 a 23 março de 1963.
Hans Globke, jurista e alto funcionário no ministério nazista do Interior, tinha trabalhado na equipe que endureceu as leis raciais de Nuremberg e colaborou na redação do "Código Judaico", aplicado na Eslováquia, país aliado do Terceiro Reich.
A influência dos juristas nazistas muito tempo depois do fim da Segunda Guerra Mundial e o fim do nazismo em postos-chave da jovem democracia da Alemanha ocidental é uma das principais lições dos estudos realizados em cada ministério.
Um informe governamental, publicado no começo de outubro, revelou, por exemplo, que em 1957, 77% dos quadros dirigentes do ministério da Justiça eram antigos membros do Partido Nacional Socialista (NSDAP), uma proporção desconhecida.
O mais célebre deles era o ex-magistrado nazista Eduard Dreher, que em 1968 redigiu uma lei de aparência técnica, que complicou a ação judicial contra os ex-criminosos do Terceiro Reich, pondo fim a quase todas as investigações em curso.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.