Polícia alemã procura tunisiano suspeito de atentado em Berlim
Berlim, 21 dez 2016 (AFP) - As autoridades alemães anunciaram nesta quarta-feira que um tunisiano "classificado como perigoso" é procurado ativamente pelo atentado de segunda-feira contra um mercado de Natal em Berlim, um ataque reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
A procuradoria alemã informou que o suspeito do massacre em Berlim foi identificado como o tunisiano Anis Amri, de 24 anos, e que uma recompensa de até 100.000 euros será oferecida a quem fornecer informações sobre seu paradeiro.
Ele mede 1,78 m e pesa cerca de 75 kg. "Pode ser perigoso e estar armado", destacou a procuradoria.
Logo após o anúncio alemão, uma autoridade tunisiana indicou à AFP que a brigada antiterrorista estava interrogando nesta quarta-feira a família do suspeito.
O suspeito, cuja família reside em Ueslatia (centro), tem quatro irmãs e um irmão, segundo a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.
Ele teria migrado ilegalmente para a Itália, onde permaneceu por três anos, antes de ir para a Alemanha em 2015, de acordo com esta autoridade.
O ataque cometido com um caminhão matou 12 pessoas e feriu 48 outras, entre elas 14 estão em estado grave.
"Há um novo suspeito (...) à meia-noite foi emitido um mandado de prisão na Alemanha e no espaço Schengen, ou seja, na Europa", declarou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, confirmando informações da imprensa a este respeito.
"Trata-se de um indivíduo classificado como perigoso, que os serviços de segurança conheciam e que pertence ao movimento islâmico-salafista", acrescentou o deputado Stephan Mayer.
Conhecido da políciaO ministro do Interior da Renânia do Norte-Westfália, Ralf Jäger, informou que o suspeito já estava sendo investigado e que o Centro de Luta contra o Terrorismo alemão abriu um expediente sobre seu caso.
"A polícia judicial da Renânia do Norte-Westfália iniciou uma investigação ante ao Ministério Público alemão em função das suspeitas sobre a preparação de ato criminoso grave", declarou Jäger, ministro desta região do oeste da Alemanha, onde o suspeito residia.
Segundo as autoridades alemãs, Amri era conhecido por sua devoção ao salafismo (movimento religioso-político sunita).
Ele estaria envolvido em uma rede de recrutadores do Estado Islâmico na Alemanha, segundo os jornais Süddeutsche Zeitung e Bild.
Jäger disse que o pedido de asilo do tunisiano havia sido rejeitado em junho e que ele era alvo de um processo de expulsão. Mas "a Tunísia negou que o homem fosse tunisino", e, portanto, recusou-se a recebê-lo num primeiro momento, ante de finalmente reconhecer sua nacionalidade, segundo o ministro regional.
De acordo com os deputados alemães, foi uma carteira com documentos de identidade, encontrada na cabine do caminhão utilizado no ataque que colocou os investigadores nesta pista.
A Tunísia é um dos principais fornecedores de combatentes estrangeiros a movimentos jihadistas. Cerca de 5.500 tunisianos viajaram para lutar na Síria, no Iraque ou na Líbia.
No entanto, as autoridades alemãs continuam cautelosas, especialmente após a detenção na terça-feira de um paquistanês apresentado pelo governo como o principal suspeito de ter cometido o ataque.
De Maizière ressaltou que "suspeito não significa que ele é o autor".
O suspeito detido na segunda-feira, um solicitante de asilo paquistanês, que chegou à Alemanha em fevereiro de 2016, foi libertado após várias horas de interrogatório, da inspeção de sua casa e de outras investigações que acabaram com todas as suspeitas.
De acordo com a imprensa alemã, cerca de 150 policiais invadiram à noite um centro de refugiados na cidade de Emmerich, no oeste do país, onde o tunisiano teria residido.
Outros meios de comunicação estimavam que ele poderia estar ferido depois de atropelar as pessoas no mercado.
A polícia procedeu a várias inspeções em hospitais de Berlim e examina mais de 500 indícios, incluindo amostras de DNA encontradas no caminhão, imagens de câmeras de vigilância e depoimentos.
O caminhoneiro polonês encontrado morto na cabine, aparentemente de quem o criminoso roubou o caminhão, provavelmente tentou evitar um massacre pior se agarrando no volante do veículo, segundo os meios de comunicação.
A necropsia demonstrou que o caminhoneiro polonês de 37 anos, assassinato com vários tiros na cabine, estava vivo no momento em que o veículo avançou contra o mercado de Natal, segundo fontes da investigação citadas pelo jornal Bild.
O corpo deste homem de 120 quilos tinha marcas de luta e de facadas.
Críticas a MerkelA chanceler alemã, Angela Merkel, classificou rapidamente de terrorista este ataque, que lembra o atentado de 14 de julho em Nice, sudeste da França, que deixou 86 mortos.
O governo reforçou as medidas de segurança em Berlim, ao mesmo tempo em que instalava um debate sobre a necessidade de proteger as praças públicas com blocos de cimento ou a conveniência de que existam patrulhas militares nas cidades, como é feito em outros países europeus.
Paralelamente, a extrema-direita alemã aumentou suas críticas a Merkel, em particular contra sua política migratória, considerada muito generosa.
A extrema-direita convocou uma manifestação nesta quarta-feira diante da sede da chancelaria em Berlim.
"São os mortos de Merkel", declarou na terça-feira Marcus Pretzell, um dos principais dirigentes do Alternativa para Alemanha (AfD), o partido de extrema-direita que registrou um crescimento espetacular nas últimas eleições regionais.
Até agora, a Alemanha não havia sofrido um atentado em grande escala com mortos, mas ocorreram vários ataques lançados por indivíduos isolados e várias tentativas frustradas.
yap-dsa/ylf/zm/app/ma/mr/mvv
A procuradoria alemã informou que o suspeito do massacre em Berlim foi identificado como o tunisiano Anis Amri, de 24 anos, e que uma recompensa de até 100.000 euros será oferecida a quem fornecer informações sobre seu paradeiro.
Ele mede 1,78 m e pesa cerca de 75 kg. "Pode ser perigoso e estar armado", destacou a procuradoria.
Logo após o anúncio alemão, uma autoridade tunisiana indicou à AFP que a brigada antiterrorista estava interrogando nesta quarta-feira a família do suspeito.
O suspeito, cuja família reside em Ueslatia (centro), tem quatro irmãs e um irmão, segundo a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.
Ele teria migrado ilegalmente para a Itália, onde permaneceu por três anos, antes de ir para a Alemanha em 2015, de acordo com esta autoridade.
O ataque cometido com um caminhão matou 12 pessoas e feriu 48 outras, entre elas 14 estão em estado grave.
"Há um novo suspeito (...) à meia-noite foi emitido um mandado de prisão na Alemanha e no espaço Schengen, ou seja, na Europa", declarou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, confirmando informações da imprensa a este respeito.
"Trata-se de um indivíduo classificado como perigoso, que os serviços de segurança conheciam e que pertence ao movimento islâmico-salafista", acrescentou o deputado Stephan Mayer.
Conhecido da políciaO ministro do Interior da Renânia do Norte-Westfália, Ralf Jäger, informou que o suspeito já estava sendo investigado e que o Centro de Luta contra o Terrorismo alemão abriu um expediente sobre seu caso.
"A polícia judicial da Renânia do Norte-Westfália iniciou uma investigação ante ao Ministério Público alemão em função das suspeitas sobre a preparação de ato criminoso grave", declarou Jäger, ministro desta região do oeste da Alemanha, onde o suspeito residia.
Segundo as autoridades alemãs, Amri era conhecido por sua devoção ao salafismo (movimento religioso-político sunita).
Ele estaria envolvido em uma rede de recrutadores do Estado Islâmico na Alemanha, segundo os jornais Süddeutsche Zeitung e Bild.
Jäger disse que o pedido de asilo do tunisiano havia sido rejeitado em junho e que ele era alvo de um processo de expulsão. Mas "a Tunísia negou que o homem fosse tunisino", e, portanto, recusou-se a recebê-lo num primeiro momento, ante de finalmente reconhecer sua nacionalidade, segundo o ministro regional.
De acordo com os deputados alemães, foi uma carteira com documentos de identidade, encontrada na cabine do caminhão utilizado no ataque que colocou os investigadores nesta pista.
A Tunísia é um dos principais fornecedores de combatentes estrangeiros a movimentos jihadistas. Cerca de 5.500 tunisianos viajaram para lutar na Síria, no Iraque ou na Líbia.
No entanto, as autoridades alemãs continuam cautelosas, especialmente após a detenção na terça-feira de um paquistanês apresentado pelo governo como o principal suspeito de ter cometido o ataque.
De Maizière ressaltou que "suspeito não significa que ele é o autor".
O suspeito detido na segunda-feira, um solicitante de asilo paquistanês, que chegou à Alemanha em fevereiro de 2016, foi libertado após várias horas de interrogatório, da inspeção de sua casa e de outras investigações que acabaram com todas as suspeitas.
De acordo com a imprensa alemã, cerca de 150 policiais invadiram à noite um centro de refugiados na cidade de Emmerich, no oeste do país, onde o tunisiano teria residido.
Outros meios de comunicação estimavam que ele poderia estar ferido depois de atropelar as pessoas no mercado.
A polícia procedeu a várias inspeções em hospitais de Berlim e examina mais de 500 indícios, incluindo amostras de DNA encontradas no caminhão, imagens de câmeras de vigilância e depoimentos.
O caminhoneiro polonês encontrado morto na cabine, aparentemente de quem o criminoso roubou o caminhão, provavelmente tentou evitar um massacre pior se agarrando no volante do veículo, segundo os meios de comunicação.
A necropsia demonstrou que o caminhoneiro polonês de 37 anos, assassinato com vários tiros na cabine, estava vivo no momento em que o veículo avançou contra o mercado de Natal, segundo fontes da investigação citadas pelo jornal Bild.
O corpo deste homem de 120 quilos tinha marcas de luta e de facadas.
Críticas a MerkelA chanceler alemã, Angela Merkel, classificou rapidamente de terrorista este ataque, que lembra o atentado de 14 de julho em Nice, sudeste da França, que deixou 86 mortos.
O governo reforçou as medidas de segurança em Berlim, ao mesmo tempo em que instalava um debate sobre a necessidade de proteger as praças públicas com blocos de cimento ou a conveniência de que existam patrulhas militares nas cidades, como é feito em outros países europeus.
Paralelamente, a extrema-direita alemã aumentou suas críticas a Merkel, em particular contra sua política migratória, considerada muito generosa.
A extrema-direita convocou uma manifestação nesta quarta-feira diante da sede da chancelaria em Berlim.
"São os mortos de Merkel", declarou na terça-feira Marcus Pretzell, um dos principais dirigentes do Alternativa para Alemanha (AfD), o partido de extrema-direita que registrou um crescimento espetacular nas últimas eleições regionais.
Até agora, a Alemanha não havia sofrido um atentado em grande escala com mortos, mas ocorreram vários ataques lançados por indivíduos isolados e várias tentativas frustradas.
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