Líder da extrema-direita francesa se reúne com presidente do Líbano
Beirute, 20 Fev 2017 (AFP) - O presidente do Líbano, Michel Aun, se converteu nesta segunda-feira no primeiro chefe de Estado estrangeiro a receber a candidata de extrema-direita à presidência da França Marine Le Pen, que tenta ganhar credibilidade na comunidade internacional.
"Discutimos a longa e frutífera amizade entre nossos países", declarou a dirigente da Frente Nacional após uma reunião de 30 minutos no palácio presidencial de Beirute.
O Líbano é o único país do Oriente Médio dirigido tradicionalmente por um presidente cristão, mas os poderes do chefe de Estado libanês foram reduzidos ao término da guerra civil (1975-1990).
O presidente Aoun tem o apoio do movimento muçulmano xiita Hezbollah.
Desde que começou a dirigir a Frente Nacional, em 2011, Le Pen se reuniu com poucos dirigentes no exercício do cargo, com a exceção, em 2015, do primeiro-ministro egípcio de então, Ibrahim Mahlad, e, em janeiro, do chefe da diplomacia polonesa, Witod Waszczykowski. Este último considerou "nocivo" o projeto de reforma da União Europeia da Frente Nacional.
A chanceler alemã, Angela Merkel, descartou se reunir com Le Pen, enquanto o presidente do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, se mostrou preocupado com a catástrofe que a eleição da candidata ultradireitista significaria.
Em Beirute, Le Pen afirmou ter conversado sobre a crise dos refugiados sírios com o presidente Aoun.
O Líbano, de 4 milhões de habitantes, acolhe cerca de um milhão de refugiados sírios e precisa enfrentar as graves consequências da guerra de seu país vizinho, provocada pela sangrenta repressão de manifestações pacíficas contra o presidente Bashar al-Assad em 2011.
O partido de Le Pen pretende acabar com a imigração na França e defende uma redução drástica do número de refugiados admitidos no país. Na véspera, Le Pen considerou que a comunidade internacional deveria fazer mais esforços para manter os refugiados nos acampamentos do Líbano.
gd-iw/jri/jvb.
"Discutimos a longa e frutífera amizade entre nossos países", declarou a dirigente da Frente Nacional após uma reunião de 30 minutos no palácio presidencial de Beirute.
O Líbano é o único país do Oriente Médio dirigido tradicionalmente por um presidente cristão, mas os poderes do chefe de Estado libanês foram reduzidos ao término da guerra civil (1975-1990).
O presidente Aoun tem o apoio do movimento muçulmano xiita Hezbollah.
Desde que começou a dirigir a Frente Nacional, em 2011, Le Pen se reuniu com poucos dirigentes no exercício do cargo, com a exceção, em 2015, do primeiro-ministro egípcio de então, Ibrahim Mahlad, e, em janeiro, do chefe da diplomacia polonesa, Witod Waszczykowski. Este último considerou "nocivo" o projeto de reforma da União Europeia da Frente Nacional.
A chanceler alemã, Angela Merkel, descartou se reunir com Le Pen, enquanto o presidente do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, se mostrou preocupado com a catástrofe que a eleição da candidata ultradireitista significaria.
Em Beirute, Le Pen afirmou ter conversado sobre a crise dos refugiados sírios com o presidente Aoun.
O Líbano, de 4 milhões de habitantes, acolhe cerca de um milhão de refugiados sírios e precisa enfrentar as graves consequências da guerra de seu país vizinho, provocada pela sangrenta repressão de manifestações pacíficas contra o presidente Bashar al-Assad em 2011.
O partido de Le Pen pretende acabar com a imigração na França e defende uma redução drástica do número de refugiados admitidos no país. Na véspera, Le Pen considerou que a comunidade internacional deveria fazer mais esforços para manter os refugiados nos acampamentos do Líbano.
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