Trump: ameaças à comunidade judaica são horríveis e dolorosas
Washington, 21 Fev 2017 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou nesta terça-feira (21) de "horríveis e dolorosas" as crescentes ameaças contra a comunidade judaica no país, em declarações feitas durante uma visita ao Museu Nacional Afro-americano.
A visita ao museu - afirmou o presidente - "nos recorda por que temos de lutar contra o ódio e a intolerância em todas as suas formas. As ameaças antissemitas contra nossa comunidade judaica e centros comunitários são horríveis e dolorosas".
Desta forma, Trump buscou encerrar uma polêmica que se arrasta desde o início de seu governo, por sua negativa em condenar de forma taxativa os ataques e ameaças a representantes da comunidade judaica americana.
Na segunda-feira (20), ao menos dez centros ligados à comunidade judaica tiveram de ser esvaziados em diversos pontos do país diante das ameaças de bomba.
Durante o fim de semana, ao menos 100 lápides de um cemitério judeu em Saint Louis, no Missouri, foram vandalizados, denunciou o diretor dessa entidade.
Em nota enviada à AFP, o FBI (a Polícia Federal americana) informou que "investiga possíveis violações aos direitos civis ligadas a ameaças a centros da comunidade judaica em todo o país".
Nesta terça-feira, Trump disse que os episódios constituem "uma triste recordação de todo o trabalho que ainda temos pela frente para nos livrarmos do ódio, dos preconceitos e da maldade".
Durante o fim de semana, Ivanka Trump - filha do presidente e que se converteu ao judaísmo - havia manifestado no Twitter que era necessário "proteger nossos lugares de oração e centros religiosos".
Bem-vinda, mas tardiaNesta terça, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, declarou que o governo não apoia, nem tolera esses episódios.
Trump - afirmou Spicer - "disse energicamente que não aceitamos este tipo de comportamento (...) e que devemos nos unir, e não odiar as pessoas por seu gênero, religião, ou cor da pele".
O tema, entretanto, se tornou incômodo para o presidente, que na última quinta-feira respondeu agressivamente a uma pergunta sobre sua reação às ameaças à comunidade judaica.
Durante a coletiva de imprensa, quando um jornalista judeu ortodoxo o consultou sobre esses episódios, Trump respondeu irritado ao repórter que devia "se sentar" e não fazer perguntas que fossem "insultantes".
"Sou a pessoa menos antissemita que você verá na sua vida", disse.
Seu genro Jared Kushner - casado com Ivanka - é um ativista da comunidade judaica, mas outros membros mais próximos ao presidente não conseguem se desfazer da reputação de antissemitas, e tampouco parecem fazer esforço para isso.
Nesta terça, o rabino Jonah Dov Pesner, presidente do Centro de Ação Religiosa para a Reforma do Judaísmo, disse à imprensa que a declaração do presidente era "bem-vinda" apesar de "tardia".
Enquanto isso, o Centro Anne Frank emitiu uma nota pelo Twitter, na qual destacou que "o antissemitismo que sai de seu governo é o pior do que vimos em qualquer outro".
Para o presidente dessa instituição, Steven Goldstein, "o súbito reconhecimento do presidente é um curativo no câncer do antissemitismo, que já infectou sua própria administração".
A visita ao museu - afirmou o presidente - "nos recorda por que temos de lutar contra o ódio e a intolerância em todas as suas formas. As ameaças antissemitas contra nossa comunidade judaica e centros comunitários são horríveis e dolorosas".
Desta forma, Trump buscou encerrar uma polêmica que se arrasta desde o início de seu governo, por sua negativa em condenar de forma taxativa os ataques e ameaças a representantes da comunidade judaica americana.
Na segunda-feira (20), ao menos dez centros ligados à comunidade judaica tiveram de ser esvaziados em diversos pontos do país diante das ameaças de bomba.
Durante o fim de semana, ao menos 100 lápides de um cemitério judeu em Saint Louis, no Missouri, foram vandalizados, denunciou o diretor dessa entidade.
Em nota enviada à AFP, o FBI (a Polícia Federal americana) informou que "investiga possíveis violações aos direitos civis ligadas a ameaças a centros da comunidade judaica em todo o país".
Nesta terça-feira, Trump disse que os episódios constituem "uma triste recordação de todo o trabalho que ainda temos pela frente para nos livrarmos do ódio, dos preconceitos e da maldade".
Durante o fim de semana, Ivanka Trump - filha do presidente e que se converteu ao judaísmo - havia manifestado no Twitter que era necessário "proteger nossos lugares de oração e centros religiosos".
Bem-vinda, mas tardiaNesta terça, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, declarou que o governo não apoia, nem tolera esses episódios.
Trump - afirmou Spicer - "disse energicamente que não aceitamos este tipo de comportamento (...) e que devemos nos unir, e não odiar as pessoas por seu gênero, religião, ou cor da pele".
O tema, entretanto, se tornou incômodo para o presidente, que na última quinta-feira respondeu agressivamente a uma pergunta sobre sua reação às ameaças à comunidade judaica.
Durante a coletiva de imprensa, quando um jornalista judeu ortodoxo o consultou sobre esses episódios, Trump respondeu irritado ao repórter que devia "se sentar" e não fazer perguntas que fossem "insultantes".
"Sou a pessoa menos antissemita que você verá na sua vida", disse.
Seu genro Jared Kushner - casado com Ivanka - é um ativista da comunidade judaica, mas outros membros mais próximos ao presidente não conseguem se desfazer da reputação de antissemitas, e tampouco parecem fazer esforço para isso.
Nesta terça, o rabino Jonah Dov Pesner, presidente do Centro de Ação Religiosa para a Reforma do Judaísmo, disse à imprensa que a declaração do presidente era "bem-vinda" apesar de "tardia".
Enquanto isso, o Centro Anne Frank emitiu uma nota pelo Twitter, na qual destacou que "o antissemitismo que sai de seu governo é o pior do que vimos em qualquer outro".
Para o presidente dessa instituição, Steven Goldstein, "o súbito reconhecimento do presidente é um curativo no câncer do antissemitismo, que já infectou sua própria administração".
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