Israel estava mal preparado para ameaça "estratégica" dos túneis de Gaza em 2014
Jerusalém, 28 Fev 2017 (AFP) - Um relatório oficial israelense publicado nesta terça-feira acusa o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seus generais pela preparação ruim do exército ante a ameaça "estratégica" dos túneis de guerra do Hamas durante o conflito na Faixa de Gaza em 2014.
"As autoridades políticas e militares e os serviços de inteligência estavam informados sobre a ameaça que representavam os túneis e inclusive a classificaram como 'estratégica'", afirma um relatório do gabinete do auditor do Estado, um alto funcionário público responsável por examinar as ações do governo.
"No entanto, as ações realizadas em relação a esta ameaça não correspondem a esta definição", afirma o documento.
"O primeiro-ministro, o ex-ministro da Defesa e o ex-comandante do Estado-Maior não se preocuparam de que o exército tivesse a sua disposição planos operacionais para combater os túneis em zonas urbanas", completa o relatório.
Após a publicação do relatório, o primeiro-ministro rebateu as conclusões. A guerra contra o Hamas é "o golpe mais duro de sua história", escreveu Netanyahu em sua página do Facebook. Prova disso é a "calma sem precedentes" desde 1967 que reina na fronteira com Gaza, completou.
A respeito das lições da guerra, já foram aplicadas discretamente sem que nem o auditor do Estado tenha informado, destacou o primeiro-ministro.
O texto é uma análise de dimensão política e não operacional, que examina o processo de decisão antes e depois da campanha militar, em particular sobre os túneis.
Os soldados israelenses que participaram na guerra de julho-agosto de 2014 tiveram que lidar com os túneis militares do Hamas no que, ao lado dos foguetes, é uma das armas estratégicas de seu adversário.
O relatório analisa a mais violenta das três guerras do exército israelense na Faixa de Gaza desde que o Hamas, inimigo eterno de Israel, assumiu o poder em 2007, que deixou 2.251 mortos do lado palestino, incluindo 551 crianças, e mais de 10.000 feridos de acordo com a ONU. Do lado israelense morreram 74 pessoas, incluindo 68 soldados.
A ameaça dos túneis era conhecida há bastante tempo. Netanyahu e seu ministro da Defesa da época, Mosheh Yaalon, informaram apenas em termos "vagos e gerais" a gravidade do assunto aos membros do gabinete responsável pelas questões de segurança, completa o texto.
Em caso de informações melhores, o gabinete poderita ter pressionado o chefe de Governo e os generais, indica o texto.
Netanyahu e Yaalon não forneceram aos membros do gabinete de segurança "informações essenciais" necessárias para a tomada de "decisões sensatas" sobre a situação de Gaza antes do início da guerra, completa o documento.
jjm-lal/fp
"As autoridades políticas e militares e os serviços de inteligência estavam informados sobre a ameaça que representavam os túneis e inclusive a classificaram como 'estratégica'", afirma um relatório do gabinete do auditor do Estado, um alto funcionário público responsável por examinar as ações do governo.
"No entanto, as ações realizadas em relação a esta ameaça não correspondem a esta definição", afirma o documento.
"O primeiro-ministro, o ex-ministro da Defesa e o ex-comandante do Estado-Maior não se preocuparam de que o exército tivesse a sua disposição planos operacionais para combater os túneis em zonas urbanas", completa o relatório.
Após a publicação do relatório, o primeiro-ministro rebateu as conclusões. A guerra contra o Hamas é "o golpe mais duro de sua história", escreveu Netanyahu em sua página do Facebook. Prova disso é a "calma sem precedentes" desde 1967 que reina na fronteira com Gaza, completou.
A respeito das lições da guerra, já foram aplicadas discretamente sem que nem o auditor do Estado tenha informado, destacou o primeiro-ministro.
O texto é uma análise de dimensão política e não operacional, que examina o processo de decisão antes e depois da campanha militar, em particular sobre os túneis.
Os soldados israelenses que participaram na guerra de julho-agosto de 2014 tiveram que lidar com os túneis militares do Hamas no que, ao lado dos foguetes, é uma das armas estratégicas de seu adversário.
O relatório analisa a mais violenta das três guerras do exército israelense na Faixa de Gaza desde que o Hamas, inimigo eterno de Israel, assumiu o poder em 2007, que deixou 2.251 mortos do lado palestino, incluindo 551 crianças, e mais de 10.000 feridos de acordo com a ONU. Do lado israelense morreram 74 pessoas, incluindo 68 soldados.
A ameaça dos túneis era conhecida há bastante tempo. Netanyahu e seu ministro da Defesa da época, Mosheh Yaalon, informaram apenas em termos "vagos e gerais" a gravidade do assunto aos membros do gabinete responsável pelas questões de segurança, completa o texto.
Em caso de informações melhores, o gabinete poderita ter pressionado o chefe de Governo e os generais, indica o texto.
Netanyahu e Yaalon não forneceram aos membros do gabinete de segurança "informações essenciais" necessárias para a tomada de "decisões sensatas" sobre a situação de Gaza antes do início da guerra, completa o documento.
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