Khalid Masood: o lobo solitário que era um homem gentil chamado Adrian Russell
Londres, 24 Mar 2017 (AFP) - O autor do atentado de Londres, Khalid Masood, se chamava, na realidade, Adrian Russell Ajao, um britânico de 52 anos que passou da delinquência comum para a radicalização em idade já avançada.
Descrito como "um sujeito gentil" por uma vizinha, teve muitos problemas com a lei quando jovem, mas há 13 anos não se metia em confusão até semear o terror na ponte de Westminster ao matar quatro pessoas e ferir outras 50, usando apenas um carro e uma faca.
Ele não era alvo de investigações ligadas a envolvimento extremista, mas tinha várias condenações por agressão, posse de armas e perturbação da ordem pública.
A Polícia disse que o atentado de quarta-feira está relacionado com o extremismo - pessoas que o conheceram o descreviam como religioso - e tenta agora reconstruir o quebra-cabeças de sua vida e personalidade para entender em que momento ele se radicalizou.
Esfaqueou um homem no rostoSua mudança de Adrian Russell Ajao para Khalid Masood revela uma conversão ao Islã. No meio do caminho, chegou a usar outros nomes, como Adrian Elms.
A imprensa britânica afirma que ele esteve na Arábia Saudita trabalhando como professor em meados dos anos 2000, e lá se radicalizou antes de voltar ao Reno Unido em 2009.
"Masood/Russell não era alvo de nenhuma investigação e os serviços de informação não possuíam elementos sobre sua intenção de realizar um atentado terrorista", informou Scotland Yard.
Ele cresceu em Rye, em Kent. Desde junho morava na zona de Birmingham com sua mulher e seus filhos, segundo vizinhos que o descreviam como "muito religioso".
No entanto, esteve duas vezes na cadeia, uma por esfaquear um homem no rosto. Cometeu outras agressões e sua última condenação datava de dezembro de 2003, há mais de 13 anos, por posse de arma branca.
"Amistoso, risonho, piadista"Masood passou a noite antes do atentado em um hotel de Preston Park, em Brighton, na costa sul da Inglaterra, onde explicou que estava visitando amigos. Já havia alugado o carro que usou para atropelar as pessoas perto do Big Ben.
Sabeur Toumi, gerente do hotel onde ele também se hospedou na sexta-feira passada, disse à Sky News que Masood se mostrou "muito amistoso, risonho e piadista".
"É desconcertante porque hoje em dia já não sabemos quem é ruim e quem é bom. Era como qualquer outro hóspede do hotel".
"Era um cara gentil. Costumava vê-lo sempre em seu jardim", contou Iwona Romek, uma antiga vizinha sua.
"Tinha uma esposa, uma jovem asiática, e uma menina que ia à escola", acrescentou. Outras testemunhas afirmam que ele era pai de três filhos.
Masood e sua família se mudaram do bairro sem falar com ninguém há alguns meses, segundo Romek.
Seu ingresso tardio na violência ideológica é a única coisa que o diferencia dos autores dos atentados de novembro de 2015 em Paris ou de março de 2016 em Bruxelas.
"Não há muitas suspeitas na figura Masood", explicou à AFP Brooke Rogers, pesquisador de terrorismo do Kings College de Londres.
"O vínculo com a delinquência já vimos em outras ocasiões", destacou, enfatizando que a passagem pela cadeia geralmente é uma etapa para o radicalismo.
"Apenas a idade foge da normal porque é o dobro, no mínimo, da de seus colegas", acrescenta.
al/mb/cn/mvv
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Descrito como "um sujeito gentil" por uma vizinha, teve muitos problemas com a lei quando jovem, mas há 13 anos não se metia em confusão até semear o terror na ponte de Westminster ao matar quatro pessoas e ferir outras 50, usando apenas um carro e uma faca.
Ele não era alvo de investigações ligadas a envolvimento extremista, mas tinha várias condenações por agressão, posse de armas e perturbação da ordem pública.
A Polícia disse que o atentado de quarta-feira está relacionado com o extremismo - pessoas que o conheceram o descreviam como religioso - e tenta agora reconstruir o quebra-cabeças de sua vida e personalidade para entender em que momento ele se radicalizou.
Esfaqueou um homem no rostoSua mudança de Adrian Russell Ajao para Khalid Masood revela uma conversão ao Islã. No meio do caminho, chegou a usar outros nomes, como Adrian Elms.
A imprensa britânica afirma que ele esteve na Arábia Saudita trabalhando como professor em meados dos anos 2000, e lá se radicalizou antes de voltar ao Reno Unido em 2009.
"Masood/Russell não era alvo de nenhuma investigação e os serviços de informação não possuíam elementos sobre sua intenção de realizar um atentado terrorista", informou Scotland Yard.
Ele cresceu em Rye, em Kent. Desde junho morava na zona de Birmingham com sua mulher e seus filhos, segundo vizinhos que o descreviam como "muito religioso".
No entanto, esteve duas vezes na cadeia, uma por esfaquear um homem no rosto. Cometeu outras agressões e sua última condenação datava de dezembro de 2003, há mais de 13 anos, por posse de arma branca.
"Amistoso, risonho, piadista"Masood passou a noite antes do atentado em um hotel de Preston Park, em Brighton, na costa sul da Inglaterra, onde explicou que estava visitando amigos. Já havia alugado o carro que usou para atropelar as pessoas perto do Big Ben.
Sabeur Toumi, gerente do hotel onde ele também se hospedou na sexta-feira passada, disse à Sky News que Masood se mostrou "muito amistoso, risonho e piadista".
"É desconcertante porque hoje em dia já não sabemos quem é ruim e quem é bom. Era como qualquer outro hóspede do hotel".
"Era um cara gentil. Costumava vê-lo sempre em seu jardim", contou Iwona Romek, uma antiga vizinha sua.
"Tinha uma esposa, uma jovem asiática, e uma menina que ia à escola", acrescentou. Outras testemunhas afirmam que ele era pai de três filhos.
Masood e sua família se mudaram do bairro sem falar com ninguém há alguns meses, segundo Romek.
Seu ingresso tardio na violência ideológica é a única coisa que o diferencia dos autores dos atentados de novembro de 2015 em Paris ou de março de 2016 em Bruxelas.
"Não há muitas suspeitas na figura Masood", explicou à AFP Brooke Rogers, pesquisador de terrorismo do Kings College de Londres.
"O vínculo com a delinquência já vimos em outras ocasiões", destacou, enfatizando que a passagem pela cadeia geralmente é uma etapa para o radicalismo.
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