Papa defende a cultura "multiétnica" em missa para um milhão de fiéis
Milão, 25 Mar 2017 (AFP) - O papa Francisco defendeu neste sábado em uma missa a céu aberto nas proximidades de Milão, norte da Itália, a cultura "multiétnica", que não teme o diferente.
Diante de um milhão de pessoas reunidas em um enorme parque de Monza, a 20 km de Milão, incluindo muitos imigrantes que trabalham na região norte da Itália, a mais rica do país, o pontífice elogiou o povo capaz de receber e integrar o outro.
"Um povo formado por mil rostos, histórias e origens é um povo multiétnico e multicultural. Esta é nossa riqueza", disse o papa, no dia em que a Europa celebra os 60 anos da assinatura do Tratado de Roma, que deu origem à atual União Europeia (UE).
"Um povo assim deve hospedar o diferente, integrá-lo com respeito e criatividade e celebrar a novidade que vem do outro. Este povo não teme abraçar as fronteiras nem acolher", completou o pontífice, que dedicou boa parte de suas oito horas de visita aos mais pobres e esquecidos da região.
Antes da missa, o papa almoçou com mais de 100 detentos na prisão milanesa de San Vittore e descansou em uma cela.
Acompanhado pelo cardeal Angelo Scola, arcebispo de Milão, seu rival no conclave que o designou para liderar a Igreja Católica, Francisco conversou com os detentos, visitou algumas celas e recebeu cartas e presentes.
A breve visita do papa teve início durante a manhã, com uma passagem por um bairro da periferia da capital econômica da Itália.
"Venho como sacerdote para estar com vocês", disse, ao chegar a um dos maiores bairros populares da cidade.
"A Igreja não deve permanecer no centro esperando, deve ir ao encontro de todos, ir às periferias, encontrar não crentes e não cristãos", disse o pontífice.
Como é frequente em suas viagens pastorais, Francisco dedicará boa parte do dia a visitar áreas carentes e a conversar com pessoas mais humildes.
- A outra cara de Milão -O pontífice conheceu assim a outra cara da cidade, símbolo da moda e do luxo.
No bairro popular Case Bianche (Casas Brancas), Francisco se reuniu com algumas famílias, incluindo uma formada por muçulmanos com vários filhos, para ouvir seus problemas.
No bairro multiétnico, onde vivem famílias ciganas, muçulmanas e de imigrantes de várias nacionalidades, o papa foi aplaudido pelos moradores.
Depois de conversar com as famílias, o papa rezou diante de um pequeno santuário dedicado à Virgem de Lourdes, ao lado de centenas de crianças e jovens, muitos deles procedentes de outros bairros próximos.
Antes de chegar ao local, o papa quebrou o protocolo e entrou em um pequeno banheiro, momento captado pelos fotógrafos.
Francisco também visitou o Duomo, a esplêndida catedral gótica no centro histórico da cidade, onde rezou o Angelus diante de milhares de fiéis.
O papa também visitou a prisão de de San Vittore, uma das maiores da Itália, para almoçar com os detentos.
O menu (risoto, carne empanada e pannacotta) foi preparado pelos presos.
O pontífice repousou por 30 minutos no quarto do capelão da prisão. Um gesto inédito e que reflete seu estilo sóbrio, simples e informal, com o desejo de estar próximo das pessoas mais necessitadas.
O líder da Igreja Católica, fã de futebol, concluirá a jornada com um encontro com os jovens no estádio San Siro de Milão.
bur-kv/fp
Diante de um milhão de pessoas reunidas em um enorme parque de Monza, a 20 km de Milão, incluindo muitos imigrantes que trabalham na região norte da Itália, a mais rica do país, o pontífice elogiou o povo capaz de receber e integrar o outro.
"Um povo formado por mil rostos, histórias e origens é um povo multiétnico e multicultural. Esta é nossa riqueza", disse o papa, no dia em que a Europa celebra os 60 anos da assinatura do Tratado de Roma, que deu origem à atual União Europeia (UE).
"Um povo assim deve hospedar o diferente, integrá-lo com respeito e criatividade e celebrar a novidade que vem do outro. Este povo não teme abraçar as fronteiras nem acolher", completou o pontífice, que dedicou boa parte de suas oito horas de visita aos mais pobres e esquecidos da região.
Antes da missa, o papa almoçou com mais de 100 detentos na prisão milanesa de San Vittore e descansou em uma cela.
Acompanhado pelo cardeal Angelo Scola, arcebispo de Milão, seu rival no conclave que o designou para liderar a Igreja Católica, Francisco conversou com os detentos, visitou algumas celas e recebeu cartas e presentes.
A breve visita do papa teve início durante a manhã, com uma passagem por um bairro da periferia da capital econômica da Itália.
"Venho como sacerdote para estar com vocês", disse, ao chegar a um dos maiores bairros populares da cidade.
"A Igreja não deve permanecer no centro esperando, deve ir ao encontro de todos, ir às periferias, encontrar não crentes e não cristãos", disse o pontífice.
Como é frequente em suas viagens pastorais, Francisco dedicará boa parte do dia a visitar áreas carentes e a conversar com pessoas mais humildes.
- A outra cara de Milão -O pontífice conheceu assim a outra cara da cidade, símbolo da moda e do luxo.
No bairro popular Case Bianche (Casas Brancas), Francisco se reuniu com algumas famílias, incluindo uma formada por muçulmanos com vários filhos, para ouvir seus problemas.
No bairro multiétnico, onde vivem famílias ciganas, muçulmanas e de imigrantes de várias nacionalidades, o papa foi aplaudido pelos moradores.
Depois de conversar com as famílias, o papa rezou diante de um pequeno santuário dedicado à Virgem de Lourdes, ao lado de centenas de crianças e jovens, muitos deles procedentes de outros bairros próximos.
Antes de chegar ao local, o papa quebrou o protocolo e entrou em um pequeno banheiro, momento captado pelos fotógrafos.
Francisco também visitou o Duomo, a esplêndida catedral gótica no centro histórico da cidade, onde rezou o Angelus diante de milhares de fiéis.
O papa também visitou a prisão de de San Vittore, uma das maiores da Itália, para almoçar com os detentos.
O menu (risoto, carne empanada e pannacotta) foi preparado pelos presos.
O pontífice repousou por 30 minutos no quarto do capelão da prisão. Um gesto inédito e que reflete seu estilo sóbrio, simples e informal, com o desejo de estar próximo das pessoas mais necessitadas.
O líder da Igreja Católica, fã de futebol, concluirá a jornada com um encontro com os jovens no estádio San Siro de Milão.
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