Angela Merkel fortalecida antes das eleições legislativas
Berlim, 27 Mar 2017 (AFP) - A chanceler alemã, Angela Merkel, celebrou nesta segunda-feira a vitória incontestável de seu partido em uma eleição regional, que representa um novo fôlego ante os críticos e freia as ambições dos social-democratas de derrotá-la nas legislativas de setembro.
"Ontem foi um belo dia, e igualmente uma jornada encorajadora" na perspectiva das eleições legislativas de 24 de setembro, comemorou a chanceler durante uma coletiva de imprensa em Berlim, após a grande vitória da União Democrata Cristã (CDU) de Merkel no pequeno estado regional de Sarre.
A CDU obteve 40,7% dos votos, cinco pontos a mais que na eleição anterior neste estado, uma região com tradição operária e de mineração, próxima da fronteira com a França.
A vitória foi saudada a partir de Washington, dez dias após o primeiro encontro entre o presidente dos Estados Unidos Donald Trump e Merkel na Casa Branca durante o qual a tensão era palpável.
Trump felicitou Merkel por telefone, segundo indicou Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca.
'Desmitificação'"Começou a desmitificação do líder dos social-democratas do SPD, Martin Schulz", que segundo as pesquisas ameaçava a chanceler, declarou Volker Bouffier, um dos líderes da CDU.
A eleição supostamente era um teste da capacidade de Schulz de derrotar Merkel, que está há 12 anos no posto de chefe de Governo e vai lutar em setembro por um quarto mandato.
Schulz, no entanto, não demonstrou abatimento.
"As campanhas eleitorais são corridas de fundo e não de velocidade. Nós temos um ótimo e longo fôlego", disse.
Apesar do discurso, o resultado regional foi uma ducha de água fria no SPD. O partido de Schulz buscava a vitória em Sarre, estado em que - como na coalizão liderada por Merkel a nível nacional - governa como sócio minoritário da CDU.
A imprensa alemã destaca nesta segunda-feira, sem eufemismos, as limitações do "efeito Schulz", que nas pesquisas mais recentes aparecia empatado com Merkel a nível nacional.
Sarre, com apenas 800.000 habitantes, "é um estado pequeno, mas deu um grande sinal", afirma o jornal popular Bild.
Outras duas eleições regionais estão previstas para maio na Alemanha, antes das legislativas de 24 de setembro.
No início do ano, o SPD tinha apenas 20% das intenções de voto nas pesquisas, mas a atribuição de sua liderança a Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, levou o partido a ganhar 10 pontos nas previsões de voto a nível nacional em um tempo recorde.
Por este motivo, os social-democratas começaram a sonhar com a possibilidade de virar uma alternativa a Merkel, uma chanceler que passou a receber críticas inclusive dentro de seu partido depois que permitiu a entrada, em 2015 e 2016, de um milhão de pessoas que solicitavam asilo.
- 'Bolha' -A imprensa questiona agora se o cenário não foi uma "bolha" passageira.
O jornal Süddeutsche Zeitung recorda que "em uma democracia não é o 'ruído' que conta, e sim o resultado das eleições. Este entusiamo pelo SPD de Martin Schulz teve mais efeito nas pesquisas do que em Sarre".
"O SPD é mais frágil do que dava a entender o crescente apoio a Martin Schulz", destaca o Die Welt.
"Agora veremos do que é feito Schulz", completa.
Assim como o Frankfurter Allgemeine Zeitung, vários jornais opinam que a perspectiva de uma aliança em Sarre - e talvez mais adiante a nível nacional - do SPD com o partido de esquerda radical Die Linke, surgido do Partido Comunista da ex-Alemanha Oriental, gera medo e rejeição entre muitos eleitores.
Ter falado sobre esta aliança chamada de "vermelho-vermelho" foi um "erro capital", destaca o jornal.
"Falar de 'vermelho-vermelho' neste estado é algo que não funciona", comentou a líder local da CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer, conhecida como "Merkel de Sarre", e que a chanceler considera, segundo a imprensa, uma possível sucessora.
"Ontem foi um belo dia, e igualmente uma jornada encorajadora" na perspectiva das eleições legislativas de 24 de setembro, comemorou a chanceler durante uma coletiva de imprensa em Berlim, após a grande vitória da União Democrata Cristã (CDU) de Merkel no pequeno estado regional de Sarre.
A CDU obteve 40,7% dos votos, cinco pontos a mais que na eleição anterior neste estado, uma região com tradição operária e de mineração, próxima da fronteira com a França.
A vitória foi saudada a partir de Washington, dez dias após o primeiro encontro entre o presidente dos Estados Unidos Donald Trump e Merkel na Casa Branca durante o qual a tensão era palpável.
Trump felicitou Merkel por telefone, segundo indicou Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca.
'Desmitificação'"Começou a desmitificação do líder dos social-democratas do SPD, Martin Schulz", que segundo as pesquisas ameaçava a chanceler, declarou Volker Bouffier, um dos líderes da CDU.
A eleição supostamente era um teste da capacidade de Schulz de derrotar Merkel, que está há 12 anos no posto de chefe de Governo e vai lutar em setembro por um quarto mandato.
Schulz, no entanto, não demonstrou abatimento.
"As campanhas eleitorais são corridas de fundo e não de velocidade. Nós temos um ótimo e longo fôlego", disse.
Apesar do discurso, o resultado regional foi uma ducha de água fria no SPD. O partido de Schulz buscava a vitória em Sarre, estado em que - como na coalizão liderada por Merkel a nível nacional - governa como sócio minoritário da CDU.
A imprensa alemã destaca nesta segunda-feira, sem eufemismos, as limitações do "efeito Schulz", que nas pesquisas mais recentes aparecia empatado com Merkel a nível nacional.
Sarre, com apenas 800.000 habitantes, "é um estado pequeno, mas deu um grande sinal", afirma o jornal popular Bild.
Outras duas eleições regionais estão previstas para maio na Alemanha, antes das legislativas de 24 de setembro.
No início do ano, o SPD tinha apenas 20% das intenções de voto nas pesquisas, mas a atribuição de sua liderança a Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, levou o partido a ganhar 10 pontos nas previsões de voto a nível nacional em um tempo recorde.
Por este motivo, os social-democratas começaram a sonhar com a possibilidade de virar uma alternativa a Merkel, uma chanceler que passou a receber críticas inclusive dentro de seu partido depois que permitiu a entrada, em 2015 e 2016, de um milhão de pessoas que solicitavam asilo.
- 'Bolha' -A imprensa questiona agora se o cenário não foi uma "bolha" passageira.
O jornal Süddeutsche Zeitung recorda que "em uma democracia não é o 'ruído' que conta, e sim o resultado das eleições. Este entusiamo pelo SPD de Martin Schulz teve mais efeito nas pesquisas do que em Sarre".
"O SPD é mais frágil do que dava a entender o crescente apoio a Martin Schulz", destaca o Die Welt.
"Agora veremos do que é feito Schulz", completa.
Assim como o Frankfurter Allgemeine Zeitung, vários jornais opinam que a perspectiva de uma aliança em Sarre - e talvez mais adiante a nível nacional - do SPD com o partido de esquerda radical Die Linke, surgido do Partido Comunista da ex-Alemanha Oriental, gera medo e rejeição entre muitos eleitores.
Ter falado sobre esta aliança chamada de "vermelho-vermelho" foi um "erro capital", destaca o jornal.
"Falar de 'vermelho-vermelho' neste estado é algo que não funciona", comentou a líder local da CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer, conhecida como "Merkel de Sarre", e que a chanceler considera, segundo a imprensa, uma possível sucessora.
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