Ex-presidente sul-coreana passa primeiro dia na prisão
Seul, 31 Mar 2017 (AFP) - A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye passava nesta sexta-feira seu primeiro dia na prisão após uma ordem de detenção emitida pela justiça, uma decisão que foi celebrada por seus opositores e lamentada por seus partidários.
A ex-chefe de Estado, de 65 anos, olhava fixamente para frente, talvez para se mostrar impassível, enquanto era conduzida pouco antes da madrugada ao centro de detenção de Seul, sob as lentes dos fotógrafos.
Depois de uma longa audiência na quinta-feira, o tribunal do distrito central de Seul emitiu um mandado de prisão contra Park, envolvida em um escândalo de corrupção que chocou o país.
A procuradoria ainda não a indiciou, mas já anunciou que ela é suspeita de corrupção, abuso de autoridade, coerção e de vazar segredos de Estado.
"Está justificado e é necessário prender (Park) uma vez demonstrados os fatos, e porque há risco de que evidências sejam destruídas", indicou o tribunal.
Park é a terceira ex-chefe de Estado detida por um caso de corrupção na Coreia do Sul. Os ex-presidentes Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo cumpriram penas de prisão por esse motivo na década de 1990. Já o presidente Roh Moo-hyun, eleito democraticamente, cometeu suicídio em 2009, depois que a justiça abriu uma investigação por corrupção contra ele e sua família.
- Bandeiras -O Partido Democrata, formação progressista cujo candidato - ainda não oficial - é o favorito nas eleições antecipadas de 9 de maio, considerou que esta decisão demonstrava que "todos são iguais perante a lei".
"Esperamos que esta decisão histórica traga um novo impulso à manifestação da verdade neste escândalo de um alcance sem precedentes", indicou a formação.
Para o partido conservador da ex-presidente, Liberdade Coreia, que mudou recentemente seu nome para tentar se distanciar do escândalo, trata-se de uma decisão "lamentável".
O deputado Kim Jin-tae, candidato presidencial, estava indignado. "É o fim do Estado de direito", afirmou.
Embora Park tenha sido levada à prisão de madrugada, um grupo de cerca de 50 simpatizantes a aguardavam no centro de detenção, agitando bandeiras sul-coreanas e exigindo sua libertação.
Se o processo normal for respeitado, a administração penitenciária deveria coletar as impressões digitais de Park e tirar uma foto. A ex-presidente teria que vestir um uniforme com um número.
Segundo a lei sul-coreana, a procuradoria tem até 20 dias para indiciá-la.
A amiga e confidente de Park que provocou todo o escândalo, Choi Soon-sil, e o herdeiro do império Samsung, Lee Jae-yong, estão detidos no mesmo local.
Choi está sendo julgada por ter usado sua amizade com Park para conseguir cerca de 70 milhões de dólares em "doações" de grandes empresas sul-coreanas.
Lee, por sua vez, é acusado de corrupção.
ckp/slb/ev/mf/es/ma
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A ex-chefe de Estado, de 65 anos, olhava fixamente para frente, talvez para se mostrar impassível, enquanto era conduzida pouco antes da madrugada ao centro de detenção de Seul, sob as lentes dos fotógrafos.
Depois de uma longa audiência na quinta-feira, o tribunal do distrito central de Seul emitiu um mandado de prisão contra Park, envolvida em um escândalo de corrupção que chocou o país.
A procuradoria ainda não a indiciou, mas já anunciou que ela é suspeita de corrupção, abuso de autoridade, coerção e de vazar segredos de Estado.
"Está justificado e é necessário prender (Park) uma vez demonstrados os fatos, e porque há risco de que evidências sejam destruídas", indicou o tribunal.
Park é a terceira ex-chefe de Estado detida por um caso de corrupção na Coreia do Sul. Os ex-presidentes Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo cumpriram penas de prisão por esse motivo na década de 1990. Já o presidente Roh Moo-hyun, eleito democraticamente, cometeu suicídio em 2009, depois que a justiça abriu uma investigação por corrupção contra ele e sua família.
- Bandeiras -O Partido Democrata, formação progressista cujo candidato - ainda não oficial - é o favorito nas eleições antecipadas de 9 de maio, considerou que esta decisão demonstrava que "todos são iguais perante a lei".
"Esperamos que esta decisão histórica traga um novo impulso à manifestação da verdade neste escândalo de um alcance sem precedentes", indicou a formação.
Para o partido conservador da ex-presidente, Liberdade Coreia, que mudou recentemente seu nome para tentar se distanciar do escândalo, trata-se de uma decisão "lamentável".
O deputado Kim Jin-tae, candidato presidencial, estava indignado. "É o fim do Estado de direito", afirmou.
Embora Park tenha sido levada à prisão de madrugada, um grupo de cerca de 50 simpatizantes a aguardavam no centro de detenção, agitando bandeiras sul-coreanas e exigindo sua libertação.
Se o processo normal for respeitado, a administração penitenciária deveria coletar as impressões digitais de Park e tirar uma foto. A ex-presidente teria que vestir um uniforme com um número.
Segundo a lei sul-coreana, a procuradoria tem até 20 dias para indiciá-la.
A amiga e confidente de Park que provocou todo o escândalo, Choi Soon-sil, e o herdeiro do império Samsung, Lee Jae-yong, estão detidos no mesmo local.
Choi está sendo julgada por ter usado sua amizade com Park para conseguir cerca de 70 milhões de dólares em "doações" de grandes empresas sul-coreanas.
Lee, por sua vez, é acusado de corrupção.
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