ONU afirma que reais negociações sobre a Síria ainda não começaram
Genebra, 31 Mar 2017 (AFP) - O enviado especial da ONU para a Síria declarou nesta sexta-feira que "progressos crescentes" foram obtidos na quinta rodada de negociações em Genebra, mas reconheceu que as reais negociações de paz ainda não haviam começado.
Encerrando 9 dias de negociações indiretas entre a oposição e o governo sírio, Staffan de Mistura enfatizou que os beligerantes concordaram em voltar a Genebra para uma sexta rodada, em uma data que ainda não foi definida.
"Falamos principalmente de substância (...) Todos os convidados foram sérios e motivados", disse o mediador, que já conduziu cinco reuniões desde o início de 2016, sem chegar a um acordo.
"Em toda negociação, há questões que precisam ser preparadas antes de iniciar as reais negociações de paz. E é claro que nós ainda não chegamos lá", admitiu.
De Mistura, no entanto, notou "progressos crescentes". "No final da quarta rodada (em fevereiro) eu afirmei que o trem estava na estação. Pode-se dizer que o trem começou a sair da estação, lentamente, mas seguramente", declarou a repórteres.
Em coletivas de imprensa separadas, os líderes das duas delegações mantiveram suas posições e acusaram a outra parte de não buscar seriamente uma solução para o conflito que entrou em seu sétimo ano e que já fez mais de 320.000 mortos e milhões de exilados.
"Não posso dizer se as negociações foram bem sucedidas ou não", declarou Nasr al-Hariri, chefe da delegação do Alto Comitê de Negociações (HCN), que reúne os principais grupos de oposição.
Ele reiterou que qualquer solução política exige "a partida imediata (do presidente sírio) Bashar al-Assad e de seu regime". "A transição é a chave para a solução política", frisou.
O embaixador da Síria na ONU, Bashar al-Jaafari, que lidera a delegação de Damasco, criticou o HCN, acusando-o de mergulhar em ilusão.
"Eles têm uma única ilusão, a de que nós daremos a eles as chaves e o poder na Síria", afirmou, chamando-os de "adolescentes (que) fazem declarações ridículas".
De Mistura anunciou que viajará na próxima semana a Nova York para relatar os acontecimentos ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e discutir a próxima rodada.
Questionado sobre os rumores sobre sua possível saída do cargo, o mediador exclui essa possibilidade neste momento. "Quando você ouvir da minha boca ou da do secretário-geral, então você deve levar a sério", disse ele.
Encerrando 9 dias de negociações indiretas entre a oposição e o governo sírio, Staffan de Mistura enfatizou que os beligerantes concordaram em voltar a Genebra para uma sexta rodada, em uma data que ainda não foi definida.
"Falamos principalmente de substância (...) Todos os convidados foram sérios e motivados", disse o mediador, que já conduziu cinco reuniões desde o início de 2016, sem chegar a um acordo.
"Em toda negociação, há questões que precisam ser preparadas antes de iniciar as reais negociações de paz. E é claro que nós ainda não chegamos lá", admitiu.
De Mistura, no entanto, notou "progressos crescentes". "No final da quarta rodada (em fevereiro) eu afirmei que o trem estava na estação. Pode-se dizer que o trem começou a sair da estação, lentamente, mas seguramente", declarou a repórteres.
Em coletivas de imprensa separadas, os líderes das duas delegações mantiveram suas posições e acusaram a outra parte de não buscar seriamente uma solução para o conflito que entrou em seu sétimo ano e que já fez mais de 320.000 mortos e milhões de exilados.
"Não posso dizer se as negociações foram bem sucedidas ou não", declarou Nasr al-Hariri, chefe da delegação do Alto Comitê de Negociações (HCN), que reúne os principais grupos de oposição.
Ele reiterou que qualquer solução política exige "a partida imediata (do presidente sírio) Bashar al-Assad e de seu regime". "A transição é a chave para a solução política", frisou.
O embaixador da Síria na ONU, Bashar al-Jaafari, que lidera a delegação de Damasco, criticou o HCN, acusando-o de mergulhar em ilusão.
"Eles têm uma única ilusão, a de que nós daremos a eles as chaves e o poder na Síria", afirmou, chamando-os de "adolescentes (que) fazem declarações ridículas".
De Mistura anunciou que viajará na próxima semana a Nova York para relatar os acontecimentos ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e discutir a próxima rodada.
Questionado sobre os rumores sobre sua possível saída do cargo, o mediador exclui essa possibilidade neste momento. "Quando você ouvir da minha boca ou da do secretário-geral, então você deve levar a sério", disse ele.
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