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Hollande apela aos franceses que demonstrem que a democracia é mais forte que tudo

23/04/2017 10h11

Paris, 23 Abr 2017 (AFP) - O atual presidente francês, François Hollande, pediu aos eleitores do país uma demonstração de que a "democracia é mais forte que tudo", ao votar neste domingo no primeiro turno das eleições presidenciais.

"A melhor mensagem que os franceses podem transmitir é demonstrar que a democracia é mais forte que tudo", declarou o chefe de Estado, que votou durante a manhã em Tulle, região central da França.

O primeiro turno da eleição presidencial acontece sob medidas de segurança excepcionais pelo temor de atentados, três dias depois de um ataque na avenida Champs Elysées de Paris que matou um policial.

"É crucial votar no tempo em que estamos vivendo", afirmou um dos quatro candidatos favoritos nas pesquisas, o centrista Emmanuel Macron, ex-ministro da Economia de 39 anos.

Acompanhado por sua esposa, Macron posou para os fotógrafos em um centro de votação de Touquet, cidade do norte do país onde o casal tem uma segunda residência, antes de acenar para os simpatizantes entusiasmados.

A candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, votou em Hénin-Beaumont, reduto de seu partido, a Frente Nacional (FN), norte da França.

Pouco antes de sua chegada ao local de votação, seis ativistas do Femen, de topless e com máscaras da candidata ou do presidente americano Donald Trump, protestaram nas ruas.

O candidato conservador François Fillon votou em um bairro elegante da zona oeste de Paris. Sua esposa, Penelope, que supostamente foi beneficiada por um emprego fantasma como colaboradora parlamentar de seu marido, um caso pelo qual os dois foram indiciados, depositou seu voto em um centro eleitoral de Solesmes (oeste).

Apesar das pesquisas desfavoráveis, o candidato socialista Benoît Hamon afirmou que estava "sereno" depois de votar em Trappes, na região de Paris.

"Quando você fez uma boa campanha, não deve ter remorsos", disse.

O último dos 11 candidatos à presidência a cumprir o dever eleitoral foi o líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, que votou em Paris.

bur-meb/fp