Peru contratará advogados nos EUA para extraditar ex-presidente Toledo
Lima, 26 Mai 2017 (AFP) - O ex-presidente de Peru, Alejandro Toledo, negou ter recebido subornos de Odebrecht em troca de licitações de obra pública, caso pelo qual a justiça de seu de país quer sua extradição dos Estados Unidos.
Toledo, que governou entre 2001 e 2006, é acusado pelo Ministério Público do Peru de ter recibido 20 milhões de dólares por parte do então representante da construtora em Lima, Jorge Barata, em troca da licitação da construção da rodovia interoceânica que une o Peru ao Brasil.
"Nunca na minha vida recebi 10 soles, 1 milhão, muito menos 20 milhões de dólares de suborno. Nunca (...) Sem avisar-me ou comunicar-me (via judicial), me acusam de ter recebido 20 milhões de dólares de um senhor Barata, que lhe vai custar muito caro", disse Toledo em um extrato de uma entrevista que concedeu à rede CNN nos Estados Unidos e que será divulgada em sua totalidade no próximo domingo.
Sobre Toledo pesam duas ordens para extraditá-lo desde os Estados Unidos: uma especificamente pelo caso Odebrecht e outra pelo caso Ecoteva, nome de uma empresa 'offshore' que aberta na Costa Rica para supostamente lavar o dinheiro do suborno.
Toledo disse que quando saiu do Peru não havia nenhuma ordem judicial contra ele. "Não me comunicaram sobre isso e querem uma prisão preventiva sem me escutarem", argumentou. "Não vou para a cadeia sem que escutem a minha versão".
O Peru contratará uma equipe de advogados nos Estados Unidos para conduzir o pedido de extradição do ex-presidente Alejandro Toledo, procurado pela Justiça por suspeitas de ter recebido propinas da Odebrecht, informou o governo.
"Já avaliamos a possibilidade de contratar advogados, já temos os três nomes (dos escritórios) que vamos propor ao Conselho de Defesa Jurídica do Estado", disse a ministra de Justiça, Marisol Pérez Tello, ao canal N de televisão.
Pérez Tello assegurou que uma captura em nível internacional não funciona como nos Estados Unidos em comparação ao Chile, de onde o Peru também extraditou o ex-presidente Alberto Fujimori.
"Lá (nos Estados Unidos) uma ordem de alerta vermelho da Interpol não é uma detenção automática, mas que deve passar primeiro por uma corte para ordenar a detenção", explicou.
Toledo, além disso, "é um residente (tem visto de residência), motivo pelo qual é necessário remeter os documentos ao homólogo do ministério de Justiça americano", informou.
Toledo reapareceu publicamente nesta terça-feira durante um fórum das Nações Unidas em Nova York sobre associações público-privadas. O fato gerou reclamações da chancelaria do Peru à delegação permanente de Suriname, que organizou o evento e convidou o ex-presidente.
Toledo, que governou entre 2001 e 2006, é acusado pelo Ministério Público do Peru de ter recibido 20 milhões de dólares por parte do então representante da construtora em Lima, Jorge Barata, em troca da licitação da construção da rodovia interoceânica que une o Peru ao Brasil.
"Nunca na minha vida recebi 10 soles, 1 milhão, muito menos 20 milhões de dólares de suborno. Nunca (...) Sem avisar-me ou comunicar-me (via judicial), me acusam de ter recebido 20 milhões de dólares de um senhor Barata, que lhe vai custar muito caro", disse Toledo em um extrato de uma entrevista que concedeu à rede CNN nos Estados Unidos e que será divulgada em sua totalidade no próximo domingo.
Sobre Toledo pesam duas ordens para extraditá-lo desde os Estados Unidos: uma especificamente pelo caso Odebrecht e outra pelo caso Ecoteva, nome de uma empresa 'offshore' que aberta na Costa Rica para supostamente lavar o dinheiro do suborno.
Toledo disse que quando saiu do Peru não havia nenhuma ordem judicial contra ele. "Não me comunicaram sobre isso e querem uma prisão preventiva sem me escutarem", argumentou. "Não vou para a cadeia sem que escutem a minha versão".
O Peru contratará uma equipe de advogados nos Estados Unidos para conduzir o pedido de extradição do ex-presidente Alejandro Toledo, procurado pela Justiça por suspeitas de ter recebido propinas da Odebrecht, informou o governo.
"Já avaliamos a possibilidade de contratar advogados, já temos os três nomes (dos escritórios) que vamos propor ao Conselho de Defesa Jurídica do Estado", disse a ministra de Justiça, Marisol Pérez Tello, ao canal N de televisão.
Pérez Tello assegurou que uma captura em nível internacional não funciona como nos Estados Unidos em comparação ao Chile, de onde o Peru também extraditou o ex-presidente Alberto Fujimori.
"Lá (nos Estados Unidos) uma ordem de alerta vermelho da Interpol não é uma detenção automática, mas que deve passar primeiro por uma corte para ordenar a detenção", explicou.
Toledo, além disso, "é um residente (tem visto de residência), motivo pelo qual é necessário remeter os documentos ao homólogo do ministério de Justiça americano", informou.
Toledo reapareceu publicamente nesta terça-feira durante um fórum das Nações Unidas em Nova York sobre associações público-privadas. O fato gerou reclamações da chancelaria do Peru à delegação permanente de Suriname, que organizou o evento e convidou o ex-presidente.
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