ONU: ocupação israelense, principal causa das necessidades humanitárias palestinas
Jerusalém, 31 Mai 2017 (AFP) - As "políticas" e as "práticas" da ocupação aplicadas há 50 anos por Israel nos territórios palestinos são a principal razão das necessidades humanitárias de seus habitantes, afirma a ONU em um relatório publicado nesta quarta-feira.
"A origem da crise nos territórios palestinos ocupados se encontra na falta de proteção para os civis palestinos", disse David Carden, que dirige nos territórios palestinos o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Israel ocupa os territórios palestinos desde 1967 e os repetidos esforços para negociar uma solução ao conflito com base em um Estado palestino independente resultaram em fracasso.
Em 2005 as forças israelenses se retiraram da Faixa de Gaza, mas o país impõe um rigoroso bloqueio ao território.
Uma explosão de violência teve início em outubro de 2015 e provocou até o momento as mortes de 259 palestinos, 41 israelenses, um jordaniano, um eritreu e um sudanês, de acordo com um balanço da AFP.
O relatório de 15 páginas da OCHA registra uma forte redução da violência em 2016, em comparação com o ano anterior.
"As mortes de palestinos em relação ao conflito nos territórios ocupados e em Israel caiu 37% na comparação com 2015", indica.
Mas o documento ressalta que a demolição de casas palestinas pelas autoridades israelenses na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental (anexada), alcançou o nível máximo no ano passado.
O número de palestinos deslocados pela demolição de suas residências atingiu um "recorde desde 2009, com 1.601 pessoas afetadas, incluindo 759 menores de idade".
Em 2016, o governo israelense destruiu ou confiscou 300 estruturas construídas graças à ajuda humanitária.
"Isto representa mais de 730.000 dólares", indica o relatório.
Na Faixa de Gaza, território localizado entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, sob bloqueio israelense há uma década, "as restrições israelenses à entrada de trabalhadores do setor humanitário se intensificaram em 2016".
"Um total de 31% dos pedidos de acesso ou de saída de Gaza foram rejeitados por Israel. Em 2015 representavam 4%", informa a OCHA.
As restrições impostas pelo grupo Hamas (islamita), que controla a Faixa de Gaza, "complicam igualmente as operações humanitárias".
O isolamento do território é acentuado, denuncia a OCHA, pelo fechamento da fronteira egípcia. A passagem de Rafah permaneceu aberta por apenas 44 dias em 2016.
A rivalidade entre a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, e o Hamas é outro grande fator que intensifica a crise, considera a ONU.
"A origem da crise nos territórios palestinos ocupados se encontra na falta de proteção para os civis palestinos", disse David Carden, que dirige nos territórios palestinos o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Israel ocupa os territórios palestinos desde 1967 e os repetidos esforços para negociar uma solução ao conflito com base em um Estado palestino independente resultaram em fracasso.
Em 2005 as forças israelenses se retiraram da Faixa de Gaza, mas o país impõe um rigoroso bloqueio ao território.
Uma explosão de violência teve início em outubro de 2015 e provocou até o momento as mortes de 259 palestinos, 41 israelenses, um jordaniano, um eritreu e um sudanês, de acordo com um balanço da AFP.
O relatório de 15 páginas da OCHA registra uma forte redução da violência em 2016, em comparação com o ano anterior.
"As mortes de palestinos em relação ao conflito nos territórios ocupados e em Israel caiu 37% na comparação com 2015", indica.
Mas o documento ressalta que a demolição de casas palestinas pelas autoridades israelenses na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental (anexada), alcançou o nível máximo no ano passado.
O número de palestinos deslocados pela demolição de suas residências atingiu um "recorde desde 2009, com 1.601 pessoas afetadas, incluindo 759 menores de idade".
Em 2016, o governo israelense destruiu ou confiscou 300 estruturas construídas graças à ajuda humanitária.
"Isto representa mais de 730.000 dólares", indica o relatório.
Na Faixa de Gaza, território localizado entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, sob bloqueio israelense há uma década, "as restrições israelenses à entrada de trabalhadores do setor humanitário se intensificaram em 2016".
"Um total de 31% dos pedidos de acesso ou de saída de Gaza foram rejeitados por Israel. Em 2015 representavam 4%", informa a OCHA.
As restrições impostas pelo grupo Hamas (islamita), que controla a Faixa de Gaza, "complicam igualmente as operações humanitárias".
O isolamento do território é acentuado, denuncia a OCHA, pelo fechamento da fronteira egípcia. A passagem de Rafah permaneceu aberta por apenas 44 dias em 2016.
A rivalidade entre a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, e o Hamas é outro grande fator que intensifica a crise, considera a ONU.
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