Estado Islâmico é cercado na cidade síria de Raqa
Beirute, 29 Jun 2017 (AFP) - Os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) estão desde quinta-feira bloqueados em Raqa, seu principal reduto na Síria, após o último acesso à cidade ser fechado pela aliança árabe-curda que conduz uma ofensiva na cidade.
As Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, "assumiram o controle de uma região ao sul do rio Eufrates, cortando assim a última estrada que o EI poderia utilizar para se retirar de Raqa", explicou à AFP Rami Abdel Rahmane, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Este anúncio é dado exatamente três anos depois da proclamação pelo EI do "califado islâmicos" sobre os territórios conquistados por seus combatentes no Iraque e na Síria.
O cerco se deve graças a captura pelas FDS dos vilarejos de Kasrat Afnan e Kassab, na margem meridional do rio, segundo o OSDH.
Cerca de 2.500 extremistas combatem na cidade, de acordo com o general britânico Rupert Jones, segundo comandante da coalizão internacional.
- Completamente' cercados -Os combatentes curdos e árabes já controlavam as margens norte, leste e oeste, mas o sul de Raqa, a "capital" de fato do EI na Síria, foi muito mais complicado a conquistar por estar à beira do deserto.
"As FDS cercam completamente Raqa", garantiu Rami Abdel Rahmane.
Na quarta-feira, a ONU estimou que cerca de 100.000 civis seguem "bloqueados" na cidade.
"Com a intensificação dos ataques aéreos e combates no chão, o número de vítimas civis aumenta e as vias de fuga se fecham, uma após a outra", declarou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em um comunicado.
Localizada no norte do país e às margens do rio Eufrates, Raqa contava com cerca de 300.000 habitantes, em sua maioria árabes sunitas, antes da guerra.
A cidade também era habitada por milhares de cristãos armênios e siríacos, enquanto os curdos chegavam a representar 20% de sua população.
A batalha de Raqa é a mais emblemática para as FDS, que estão envolvidas nos combates contra os extremistas há vários meses com o apoio de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Desde a proclamação de seu "califado" em junho de 2014, o grupo ultrarradical, que reivindicou uma série de atentados em outros países, perdeu muito do território conquistado.
De acordo com um estudo do escritório de análise IHS Markit, o EI perdeu em três anos 60% do território que havia conquistado e 80% de suas receitas.
O território do "califado" passou de 90.000 km2 em janeiro de 2015 para 36.200 km2 em junho de 2017, aponta a empresa com sede em Londres.
"A ascensão e queda do EI se caracteriza por uma rápida expansão seguida por um declínio constante. Três anos após a sua proclamação, é evidente que o projeto de governança do califado fracassou", observa Columb Strack, um especialista em Oriente Médio do IHS Markit.
"O resto do 'califado' deve desintegrar-se antes do final do ano e o seu projeto será reduzido a uma série de áreas urbanas isoladas que deverão ser reconquistadas ao longo do ano de 2018", acrescenta.
As Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, "assumiram o controle de uma região ao sul do rio Eufrates, cortando assim a última estrada que o EI poderia utilizar para se retirar de Raqa", explicou à AFP Rami Abdel Rahmane, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Este anúncio é dado exatamente três anos depois da proclamação pelo EI do "califado islâmicos" sobre os territórios conquistados por seus combatentes no Iraque e na Síria.
O cerco se deve graças a captura pelas FDS dos vilarejos de Kasrat Afnan e Kassab, na margem meridional do rio, segundo o OSDH.
Cerca de 2.500 extremistas combatem na cidade, de acordo com o general britânico Rupert Jones, segundo comandante da coalizão internacional.
- Completamente' cercados -Os combatentes curdos e árabes já controlavam as margens norte, leste e oeste, mas o sul de Raqa, a "capital" de fato do EI na Síria, foi muito mais complicado a conquistar por estar à beira do deserto.
"As FDS cercam completamente Raqa", garantiu Rami Abdel Rahmane.
Na quarta-feira, a ONU estimou que cerca de 100.000 civis seguem "bloqueados" na cidade.
"Com a intensificação dos ataques aéreos e combates no chão, o número de vítimas civis aumenta e as vias de fuga se fecham, uma após a outra", declarou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em um comunicado.
Localizada no norte do país e às margens do rio Eufrates, Raqa contava com cerca de 300.000 habitantes, em sua maioria árabes sunitas, antes da guerra.
A cidade também era habitada por milhares de cristãos armênios e siríacos, enquanto os curdos chegavam a representar 20% de sua população.
A batalha de Raqa é a mais emblemática para as FDS, que estão envolvidas nos combates contra os extremistas há vários meses com o apoio de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Desde a proclamação de seu "califado" em junho de 2014, o grupo ultrarradical, que reivindicou uma série de atentados em outros países, perdeu muito do território conquistado.
De acordo com um estudo do escritório de análise IHS Markit, o EI perdeu em três anos 60% do território que havia conquistado e 80% de suas receitas.
O território do "califado" passou de 90.000 km2 em janeiro de 2015 para 36.200 km2 em junho de 2017, aponta a empresa com sede em Londres.
"A ascensão e queda do EI se caracteriza por uma rápida expansão seguida por um declínio constante. Três anos após a sua proclamação, é evidente que o projeto de governança do califado fracassou", observa Columb Strack, um especialista em Oriente Médio do IHS Markit.
"O resto do 'califado' deve desintegrar-se antes do final do ano e o seu projeto será reduzido a uma série de áreas urbanas isoladas que deverão ser reconquistadas ao longo do ano de 2018", acrescenta.
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