Trump promete resposta severa após lançamento de míssil norte-coreano
Varsóvia, 6 Jul 2017 (AFP) - O presidente americano, Donald Trump, prometeu nesta quinta-feira uma resposta "bastante severa" à Coreia do Norte, após o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM), um dia depois de Estados Unidos e França solicitarem novas sanções contra Pyongyang.
"Peço a todas as nações que enfrentem esta ameaça global e demonstrem publicamente à Coreia do Norte que há consequências por seu comportamento muito, muito ruim", declarou Trump durante uma visita a Varsóvia antes de participar da cúpula do G20 em Hamburgo.
Washington estuda tomar medidas "bastante severas", acrescentou, sem dar mais detalhes.
Horas depois, o seu secretário de Defesa, Jim Mattis, explicou que essas medidas seriam diplomáticas.
"Estamos lidando com uma escalada militar muito séria, uma provocação, uma afronta às resoluções do Conselho de Segurança da ONU", disse em Washington.
"Continuamos na rota diplomática, envolvendo nossos aliados e nações amigas em todo o mundo", continuou.
Na quarta-feira, os Estados Unidos, com o apoio da França, anunciaram na ONU a intenção de propor novas sanções contra a Coreia do Norte, mas a Rússia já expressou a sua oposição.
O laçamento do míssil norte-coreano, que segundo especialistas poderia atingir o Alasca, "é uma clara e nítida escalada militar", assegurou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.
Entretanto, a União Europeia e o Japão pediram nesta quinta-feira a análise de novas sanções internacionais contra a Coreia do Norte, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
"Concordamos em apelar à comunidade internacional a reforçar as medidas que buscam restringir ainda mais a transferência de bens e tecnologia", afirmou Tusk após se reunir em Bruxelas com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Nos primeiros meses de seu mandato, Trump tentou convencer a China a controlar as explosões nucleares de seu aliado norte-coreano, mas com o tempo se deu conta de que Pequim não trabalharia nesse sentido.
No mais recente sinal de seu crescente atrito com o gigante asiático, Trump afirmou na quarta-feira no Twitter que a China está minando os esforços dos Estados Unidos e que aumentou o seu comércio com Pyongyang.
- Sanções, única opção -De acordo com Frank Aum, ex-assessor sobre a Coreia do Norte do Departamento de Defesa, aumentar as sanções é a única opção realista para os Estados Unidos.
"Não acredito que a administração Trump pense em nenhuma outra opção. Já não acreditam realmente nas negociações e pensam que devem aumentar a pressão, sobretudo na área financeira", disse.
A China defendeu nesta quinta-feira o uso de uma linguagem moderada por ambas as partes.
"Também pedimos que as partes mantenham a calma (...) e se abstenham de palavras e atos que possam aumentar a tensão", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, à imprensa.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-In, reiterou a sua oferta anterior de manter diálogos com Kim Jong-Un apesar do teste de míssil, e acrescentou ser perigosa a falta de diálogo.
"Quando as condições estiverem dadas, estarei pronto para me encontrar com o líder norte-coreano", afirmou em Berlim.
Moon também se mostrou partidário de "reagir com algo mais que uma mera declaração" e pediu o reforço das sanções, fiel a sua política de combinar medidas de coerção com esforços para que Pyongyang retorne à mesa de negociações.
- Objetivo Alasca -No começo de seu mandato, Trump desconsiderava que a Coreia do Norte pudesse ter sucesso no lançamento de um ICBM.
Mas especialistas independentes americanos afirmaram na terça-feira que Pyongyang pode estar em condições de atingir o Alasca.
O Conselho de Segurança adotou no ano passado duas resoluções para aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte e impedir que seu líder, Kim Jong-Un, tivesse acesso ao dinheiro necessário para financiar seus programas militares.
Estas resoluções apontam diretamente para as exportações de carvão norte-coreano, fonte importante de receitas para o regime.
No total, a ONU adotou seis pacotes de sanções contra a Coreia do Norte desde seu primeiro teste atômico, em 2006.
A Coreia do Norte, que já realizou cinco testes nucelares e tem um pequeno arsenal de bombas atômicas, diz que seu novo míssil pode transportar "uma grande ogiva nuclear".
burs-kjl/boc/eg/jz/cb/db
"Peço a todas as nações que enfrentem esta ameaça global e demonstrem publicamente à Coreia do Norte que há consequências por seu comportamento muito, muito ruim", declarou Trump durante uma visita a Varsóvia antes de participar da cúpula do G20 em Hamburgo.
Washington estuda tomar medidas "bastante severas", acrescentou, sem dar mais detalhes.
Horas depois, o seu secretário de Defesa, Jim Mattis, explicou que essas medidas seriam diplomáticas.
"Estamos lidando com uma escalada militar muito séria, uma provocação, uma afronta às resoluções do Conselho de Segurança da ONU", disse em Washington.
"Continuamos na rota diplomática, envolvendo nossos aliados e nações amigas em todo o mundo", continuou.
Na quarta-feira, os Estados Unidos, com o apoio da França, anunciaram na ONU a intenção de propor novas sanções contra a Coreia do Norte, mas a Rússia já expressou a sua oposição.
O laçamento do míssil norte-coreano, que segundo especialistas poderia atingir o Alasca, "é uma clara e nítida escalada militar", assegurou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.
Entretanto, a União Europeia e o Japão pediram nesta quinta-feira a análise de novas sanções internacionais contra a Coreia do Norte, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
"Concordamos em apelar à comunidade internacional a reforçar as medidas que buscam restringir ainda mais a transferência de bens e tecnologia", afirmou Tusk após se reunir em Bruxelas com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Nos primeiros meses de seu mandato, Trump tentou convencer a China a controlar as explosões nucleares de seu aliado norte-coreano, mas com o tempo se deu conta de que Pequim não trabalharia nesse sentido.
No mais recente sinal de seu crescente atrito com o gigante asiático, Trump afirmou na quarta-feira no Twitter que a China está minando os esforços dos Estados Unidos e que aumentou o seu comércio com Pyongyang.
- Sanções, única opção -De acordo com Frank Aum, ex-assessor sobre a Coreia do Norte do Departamento de Defesa, aumentar as sanções é a única opção realista para os Estados Unidos.
"Não acredito que a administração Trump pense em nenhuma outra opção. Já não acreditam realmente nas negociações e pensam que devem aumentar a pressão, sobretudo na área financeira", disse.
A China defendeu nesta quinta-feira o uso de uma linguagem moderada por ambas as partes.
"Também pedimos que as partes mantenham a calma (...) e se abstenham de palavras e atos que possam aumentar a tensão", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, à imprensa.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-In, reiterou a sua oferta anterior de manter diálogos com Kim Jong-Un apesar do teste de míssil, e acrescentou ser perigosa a falta de diálogo.
"Quando as condições estiverem dadas, estarei pronto para me encontrar com o líder norte-coreano", afirmou em Berlim.
Moon também se mostrou partidário de "reagir com algo mais que uma mera declaração" e pediu o reforço das sanções, fiel a sua política de combinar medidas de coerção com esforços para que Pyongyang retorne à mesa de negociações.
- Objetivo Alasca -No começo de seu mandato, Trump desconsiderava que a Coreia do Norte pudesse ter sucesso no lançamento de um ICBM.
Mas especialistas independentes americanos afirmaram na terça-feira que Pyongyang pode estar em condições de atingir o Alasca.
O Conselho de Segurança adotou no ano passado duas resoluções para aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte e impedir que seu líder, Kim Jong-Un, tivesse acesso ao dinheiro necessário para financiar seus programas militares.
Estas resoluções apontam diretamente para as exportações de carvão norte-coreano, fonte importante de receitas para o regime.
No total, a ONU adotou seis pacotes de sanções contra a Coreia do Norte desde seu primeiro teste atômico, em 2006.
A Coreia do Norte, que já realizou cinco testes nucelares e tem um pequeno arsenal de bombas atômicas, diz que seu novo míssil pode transportar "uma grande ogiva nuclear".
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