Tillerson vai ao Golfo mediar crise do Catar com vizinhos
Cidade do Kuwait, 11 Jul 2017 (AFP) - O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, chegou nesta segunda-feira (10) ao Kuwait para uma visita de vários dias pela região do Golfo para tentar desatar a profunda crise entre o Catar e seus vizinhos - aliados estratégicos dos Estados Unidos.
De acordo com o Departamento de Estado, a agenda inclui Catar e Arábia Saudita. O secretário seguiu para o Kuwait após passar pela Turquia.
Tillerson chegou ao Kuwait procedente da Turquia, onde também analisou a crise do Golfo, e foi recebido pelo emir, xeque Sabah Al-Ahmad Al-Sabah e também se reuniu com seu homólogo kuwaitiano, xeque Sabah Khaled Al-Hamad Al-Sabah.
Após a reunião, Kuwait, Estados Unidos e Grã-Bretanha emitiram um comunicado conjunto no qual pediram aos países do Golfo que "contenham de forma rápida a atual crise e que resolvam a questão o mais cedo possível mediante o diálogo", segundo a agência de notícias KUNA.
Antes de Tillerson, os ministros das Relações Exteriores de Grã-Bretanha, Alemanha e Omã e um enviado especial da ONU também passaram pela região para oferecer seus bons ofícios nesse conflito sem precedentes. Nenhum deles teve sucesso.
Em 5 de junho passado, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito romperam suas relações diplomáticas com o Catar, acusando o vizinho de apoiar o "terrorismo" e de se aproximar do Irã - adversário regional de Riad.
Na sequência, em 22 de junho, esses países entregaram a Doha uma lista de 13 reivindicações. Exigiram, sobretudo, o fechamento da emissora de televisão Al-Jazeera e a redução de suas relações com Teerã para suspender as sanções que haviam sido impostas. Entre elas, está o fechamento da única fronteira terrestre do emirado.
Doha rejeita as acusações de seus adversários e se nega a cumprir as exigências que seriam "irrealistas" e iriam contra sua soberania.
"Estamos em um impasse", declarou à imprensa RC Hammond, porta-voz de Tillerson, considerando que uma saída da crise poderia levar alguns meses.
Os Estados Unidos, que possuem uma base militar estratégica na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Catar, têm importantes interesses econômicos e políticos no Golfo, uma região que produz um quinto do petróleo mundial.
Até o momento, o governo de Donald Trump se mostrou contraditório em relação a essa crise.
Enquanto o presidente pareceu apoiar o isolamento do Catar, acusando publicamente o emirado de "financiar o terrorismo", seu secretário de Estado adotou desde o início uma estratégia de neutralidade.
Para o analista Abdallah al-Shayeji, a viagem de Tillerson comprova o compromisso dos Estados Unidos para resolver a crise.
"É uma última tentativa para salvar a situação e tentar resolver a crise que pode atingir a estabilidade regional, a luta contra o terrorismo e a campanha contra o EI", disse Al-Shayeji à AFP.
Ele admite, no entanto, que uma solução será alcançada apenas se ambas as partes fizerem concessões.
De acordo com o Departamento de Estado, a agenda inclui Catar e Arábia Saudita. O secretário seguiu para o Kuwait após passar pela Turquia.
Tillerson chegou ao Kuwait procedente da Turquia, onde também analisou a crise do Golfo, e foi recebido pelo emir, xeque Sabah Al-Ahmad Al-Sabah e também se reuniu com seu homólogo kuwaitiano, xeque Sabah Khaled Al-Hamad Al-Sabah.
Após a reunião, Kuwait, Estados Unidos e Grã-Bretanha emitiram um comunicado conjunto no qual pediram aos países do Golfo que "contenham de forma rápida a atual crise e que resolvam a questão o mais cedo possível mediante o diálogo", segundo a agência de notícias KUNA.
Antes de Tillerson, os ministros das Relações Exteriores de Grã-Bretanha, Alemanha e Omã e um enviado especial da ONU também passaram pela região para oferecer seus bons ofícios nesse conflito sem precedentes. Nenhum deles teve sucesso.
Em 5 de junho passado, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito romperam suas relações diplomáticas com o Catar, acusando o vizinho de apoiar o "terrorismo" e de se aproximar do Irã - adversário regional de Riad.
Na sequência, em 22 de junho, esses países entregaram a Doha uma lista de 13 reivindicações. Exigiram, sobretudo, o fechamento da emissora de televisão Al-Jazeera e a redução de suas relações com Teerã para suspender as sanções que haviam sido impostas. Entre elas, está o fechamento da única fronteira terrestre do emirado.
Doha rejeita as acusações de seus adversários e se nega a cumprir as exigências que seriam "irrealistas" e iriam contra sua soberania.
"Estamos em um impasse", declarou à imprensa RC Hammond, porta-voz de Tillerson, considerando que uma saída da crise poderia levar alguns meses.
Os Estados Unidos, que possuem uma base militar estratégica na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Catar, têm importantes interesses econômicos e políticos no Golfo, uma região que produz um quinto do petróleo mundial.
Até o momento, o governo de Donald Trump se mostrou contraditório em relação a essa crise.
Enquanto o presidente pareceu apoiar o isolamento do Catar, acusando publicamente o emirado de "financiar o terrorismo", seu secretário de Estado adotou desde o início uma estratégia de neutralidade.
Para o analista Abdallah al-Shayeji, a viagem de Tillerson comprova o compromisso dos Estados Unidos para resolver a crise.
"É uma última tentativa para salvar a situação e tentar resolver a crise que pode atingir a estabilidade regional, a luta contra o terrorismo e a campanha contra o EI", disse Al-Shayeji à AFP.
Ele admite, no entanto, que uma solução será alcançada apenas se ambas as partes fizerem concessões.
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