Alemanha se protege de investimentos chineses em suas empresas
Berlim, 12 Jul 2017 (AFP) - O governo alemão adotou, nesta quarta-feira (12), um decreto para reforças as regras de investimentos estrangeiros em suas empresas consideradas estratégicas, em meio a desconfianças sobre investimentos chineses na Europa.
"Seguimos sendo uma das economias mais abertas do mundo, mas também cuidamos para que as condições de competir continuem justas", disse a ministra da Economia socialdemocrata Brigitte Zypries em comunicado.
Embora não cite nenhum país em particular, a China está na mira, com a chanceler Angela Merkel tendo expressado sua preocupação com o "expansionismo chinês".
Na Alemanha, qualquer investimento superior a 25% do capital de uma empresa por parte de uma companhia estrangeira - de fora da União Europeia ou da Associação Europeia de Livre-Comércio (AELC) - deve ser supervisionada pelo Ministério da Economia.
O processo serve para verificar se a transação pode ameaçar a ordem pública ou a segurança do país.
Mas, diante do crescente número de compras de empresas, transações "cada vez mais complexas", a Alemanha considera indispensável "adaptar as modalidades do processo de revisão", explicou o Ministério.
O governo alemão vai, portanto, prorrogar de dois para quatro meses o prazo de estudo das oferta de compras. Além disso, ele também poderá avaliar empresas de serviços e fabricantes de softwares em setores estratégicos, como redes elétricas, centrais nucleares, abastecimento de água, redes de telecomunicações, hospitais e aeroportos.
Levando em conta que as empresas alemãs recebem investimentos de países cuja economia "não é tão aberta quanto a nossa", as medidas divulgadas nesta quarta permitirão, segundo a ministra, "maior proteção e reciprocidade".
Menos diplomático, o secretário de Estado Matthias Machnig disse, num artigo publicado no jornal Süddeutsche Zeitung, que "é claro que somos uma economia aberta, mas não somos inocentes".
"Seguimos sendo uma das economias mais abertas do mundo, mas também cuidamos para que as condições de competir continuem justas", disse a ministra da Economia socialdemocrata Brigitte Zypries em comunicado.
Embora não cite nenhum país em particular, a China está na mira, com a chanceler Angela Merkel tendo expressado sua preocupação com o "expansionismo chinês".
Na Alemanha, qualquer investimento superior a 25% do capital de uma empresa por parte de uma companhia estrangeira - de fora da União Europeia ou da Associação Europeia de Livre-Comércio (AELC) - deve ser supervisionada pelo Ministério da Economia.
O processo serve para verificar se a transação pode ameaçar a ordem pública ou a segurança do país.
Mas, diante do crescente número de compras de empresas, transações "cada vez mais complexas", a Alemanha considera indispensável "adaptar as modalidades do processo de revisão", explicou o Ministério.
O governo alemão vai, portanto, prorrogar de dois para quatro meses o prazo de estudo das oferta de compras. Além disso, ele também poderá avaliar empresas de serviços e fabricantes de softwares em setores estratégicos, como redes elétricas, centrais nucleares, abastecimento de água, redes de telecomunicações, hospitais e aeroportos.
Levando em conta que as empresas alemãs recebem investimentos de países cuja economia "não é tão aberta quanto a nossa", as medidas divulgadas nesta quarta permitirão, segundo a ministra, "maior proteção e reciprocidade".
Menos diplomático, o secretário de Estado Matthias Machnig disse, num artigo publicado no jornal Süddeutsche Zeitung, que "é claro que somos uma economia aberta, mas não somos inocentes".
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