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Indicado de Trump ao FBI pede independência e imparcialidade do órgão

12/07/2017 16h56

Washington, 12 Jul 2017 (AFP) - O advogado Christopher Wray, indicado pelo presidente Donald Trump para ser o novo diretor do FBI, se comprometeu nesta quarta-feira com uma justiça imparcial que proteja essa organização de influências políticas.

"Se me dão a honra de conduzir esta agência, nunca permitirei que o trabalho do FBI seja conduzido por algo que não sejam os fatos, a lei, a busca de uma justiça imparcial", disse Wray à Comissão de Assuntos Jurídicos do Senado durante sua audiência de confirmação como máxima autoridade da Polícia Federal americana.

De acordo com Wray, "só há uma forma correta de fazer esse trabalho, que é com total independência, seguindo as normas, jogando limpo, sendo fiel à Constituição e às leis, fiel às melhores práticas da instituição, sem medo, sem favoritismos e obviamente sem qualquer influência político-partidária".

Em outro momento de seu discurso, Wray disse aos senadores que "o diretor do FBI não trabalha para o presidente; trabalha para a instituição, para a lei e para os americanos".

Por isso, disse ser "um líder" que tem "a integridade e a fortaleza que lhe permite resistir a qualquer tentativa de interferência política".

Também prometeu ser "o líder que o FBI merece, e conduzir um órgão independente que faça com que todos os americanos se sintam orgulhosos".

Wray deverá substituir James Comey à frente do FBI, demitido de seu cargo por Trump em maio durante a controvérsia pelos supostos vínculos da campanha do agora presidente com a Rússia durante a campanha eleitoral do ano passado.

Pouco depois de ser demitido, Comey afirmou ao comitê de Assuntos Judiciais do Senado que em uma reunião na Casa Branca Trump pediu para que a investigação que conduzia à frente do FBI tranquilizasse o general Michael Flynn.

O militar havia sido nomeado por Trump como assessor para Segurança Nacional e deixou o cargo por ter ocultado seus contatos com funcionários russos antes de assumir seu posto.

Até o procurador-geral e o secretário de Justiça, Jeff Sessions, teve que negar qualquer vínculo com investigações sobre o assunto.

Nesse contexto, o Departamento de Justiça não teve alternativa senão nomear um procurador especial, Robert Mueller, para assumir as investigações.