Condenados à prisão em caso Odebrecht, ex-presidente peruano e mulher se entregam
O ex-presidente Ollanta Humala e sua mulher, Nadine Heredia, chegaram na noite desta quinta-feira (13) a um tribunal para se entregar, após um juiz decretar 18 meses de prisão preventiva para o casal por lavagem de dinheiro relacionada a doações irregulares de campanha da Odebrecht.
O casal chegou ao tribunal de automóvel, precedido por uma caravana de carros da polícia que o escoltou desde sua residência em um bairro de Lima, revelou a TV local.
Antes, porém, o casal se pronunciou no Twitter. "Esta é a confirmação de abuso de poder, à qual vamos enfrentar, em defesa de nossos direitos e dos direitos de todos", escreveu Humala.
Nadine disse que, "apesar da arbitrariedade, estamos aqui, confiamos que esta decisão será revertida. Confiamos em nosso país!"
Os advogados do casal já anunciaram que apelarão a instâncias superiores.
O procurador Germán Juárez havia solicitado a prisão preventiva de Humala e Heredia por considerar que existia risco de fuga e pedido de asilo dos investigados.
Mais cedo, o juiz que condenou o casal, Richard Concepción Carhuancho, disse que emitiria ordem de detenção contra Humala e Heredia, que não compareceram à audiência convocada pelo magistrado, sendo representados por seus advogados.
"Há um ofício para sua imediata localização e detenção a nível nacional e internacional", chegou a declarar o juiz Richard Concepción Carhuancho ao final da audiência.
O juiz acolheu o pedido da promotoria por estimar que a prisão preventiva de Humala e Heredia "é idônea e necessária para garantir a investigação".
"Existe um alto grau de probabilidade de que (Humala e Heredia) enganem a justiça e obstruam o trabalho probatório", acrescentou o juiz.
O procurador Juárez acusa o casal, que fundou o Partido Nacionalista em 2005, pelos supostos crimes de "lavagem de dinheiro e associação ilícita para delinquir" na obtenção de recursos para financiar as campanhas eleitorais de Humala em 2006 e a que o levou ao poder em 2011.
A Procuradoria afirma que a Odebrecht repassou U$ 3 milhões em 2011 à campanha de Humala, o que o ex-presidente nega, ao mesmo tempo que recorda que a lei peruana não proíbe receber aportes do exterior.
No caso da campanha de 2006, o procurador afirma que Humala recebeu dinheiro procedente da Venezuela.
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