Secretário de Justiça dos EUA na corda bamba
Washington, 26 Jul 2017 (AFP) - O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Jeff Sessions, está em uma situação ainda mais insustentáveis depois que o presidente Donald Trump voltou a atacá-lo, nesta terça-feira (25), acusando-o de ser "muito fraco" na investigação dos vazamentos à imprensa e no caso dos e-mails da ex-candidata Hillary Clinton.
Sessions, procurador-geral e um dos seguidores mais leais a Trump, tem sido alvo de críticas do presidente e de boatos sobre sua provável demissão.
O presidente criticou Sessions abertamente por ter-se recusado a fazer parte da investigação federal aberta para determinar se houve conluio entre a equipe de campanha de Trump e a Rússia, no intuito de interferir na eleição presidencial americana de 2016.
"O procurador-geral Jeff Sessions adotou uma posição muito fraca sobre os crimes de Hillary Clinton e sobre os informantes", tuitou Trump.
"Não deveria ter se recusado quase imediatamente, após assumir o cargo, e se pretendia se recusar, deveria ter dito isto antes de assumir o cargo, porque simplesmente teria escolhido outro", declarou Trump aos jornalistas.
A Casa Branca confirmou que o futuro de Sessions está sobre a mesa. "Em breve chegaremos a uma decisão", declarou a jornalista o novo diretor de comunicações, Anthony Scaramucci.
Diante da crescente pressão das investigações sobre o caso russo lideradas pelo ex-diretor do FBI Robert Mueller, Trump voltou a reviver a polêmica eleitoral sobre os e-mails de Hillary.
De acordo com Washington Post, a equipe de Trump busca se desfazer de Sessions como parte de uma estratégia para despedir Mueller e acabar com a investigação.
Sessions, no entanto, afirmou que pretende continuar no cargo. "Tenho a honra de servir como secretário de Justiça. É algo que supera qualquer aspiração que possa ter tido", afirmou na semana passada.
De acordo com o site Axios, Trump estaria avaliando substituir Sessions por outro aliado de longa data: o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani.
Mas Giuliani negou, considerando, inclusive, que Sessions fez o certo ao se retirar da investigação sobre a Rússia, segundo a rede CNN.
Na segunda-feira, Trump questionou no Twitter o por que de seu secretário de Justiça não estar investigando Hillary.
Além disso, a Casa Branca alegou na semana passada que os democratas estiveram em conluio com a Ucrânia durante a campanha de 2016, numa tentativa de contra-ataque.
Nesta terça-feira, Trump voltou a este tema: "Esforços da Ucrânia para sabotar a campanha Trump - 'trabalhando silenciosamente para impulsional Hillary Clinton'. Então, onde está a investigação F.G. (procurador-geral)?"
A embaixada de Kiev em Washington rebateu a acusação garantindo que não ajudou "qualquer candidato" nas eleições.
Sessions decidiu não participar de qualquer investigação do departamento de Justiça sobre a suposta ingerência da Rússia na campanha eleitoral americana de 2016 por pertencer à equipe de Trump e porque não conseguiu explicar diante do Senado os contatos que manteve com o embaixador russo em Washington.
Em uma entrevista ao jornal New York Times na semana passada, Trump disse que jamais teria nomeado Sessions se soubesse que ele se recusaria a investigar o caso.
O filho mais velho de Trump, seu genro e seus principais assessores são alvos da investigação conduzida por Mueller.
Jared Kushner, genro do presidente, foi interrogado na segunda-feira por uma comissão do Senado sobre seus vínculos com o então embaixador russo Sergei Kislyak, um banqueiro russo e uma advogada. Kushner negou qualquer conluio.
A comissão do Senado que investiga os laços com Moscou desistiu nessa terça-feira de convocar o ex-chefe da equipe de campanha de Trump, Paul Manafort, a uma audiência pública na quarta-feira. Donald Trump Jr. foi retirado da lista oficial de depoimentos para essa audiência.
bur-jm/ad/fj/yow/cc
THE NEW YORK TIMES COMPANY
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Sessions, procurador-geral e um dos seguidores mais leais a Trump, tem sido alvo de críticas do presidente e de boatos sobre sua provável demissão.
O presidente criticou Sessions abertamente por ter-se recusado a fazer parte da investigação federal aberta para determinar se houve conluio entre a equipe de campanha de Trump e a Rússia, no intuito de interferir na eleição presidencial americana de 2016.
"O procurador-geral Jeff Sessions adotou uma posição muito fraca sobre os crimes de Hillary Clinton e sobre os informantes", tuitou Trump.
"Não deveria ter se recusado quase imediatamente, após assumir o cargo, e se pretendia se recusar, deveria ter dito isto antes de assumir o cargo, porque simplesmente teria escolhido outro", declarou Trump aos jornalistas.
A Casa Branca confirmou que o futuro de Sessions está sobre a mesa. "Em breve chegaremos a uma decisão", declarou a jornalista o novo diretor de comunicações, Anthony Scaramucci.
Diante da crescente pressão das investigações sobre o caso russo lideradas pelo ex-diretor do FBI Robert Mueller, Trump voltou a reviver a polêmica eleitoral sobre os e-mails de Hillary.
De acordo com Washington Post, a equipe de Trump busca se desfazer de Sessions como parte de uma estratégia para despedir Mueller e acabar com a investigação.
Sessions, no entanto, afirmou que pretende continuar no cargo. "Tenho a honra de servir como secretário de Justiça. É algo que supera qualquer aspiração que possa ter tido", afirmou na semana passada.
De acordo com o site Axios, Trump estaria avaliando substituir Sessions por outro aliado de longa data: o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani.
Mas Giuliani negou, considerando, inclusive, que Sessions fez o certo ao se retirar da investigação sobre a Rússia, segundo a rede CNN.
Na segunda-feira, Trump questionou no Twitter o por que de seu secretário de Justiça não estar investigando Hillary.
Além disso, a Casa Branca alegou na semana passada que os democratas estiveram em conluio com a Ucrânia durante a campanha de 2016, numa tentativa de contra-ataque.
Nesta terça-feira, Trump voltou a este tema: "Esforços da Ucrânia para sabotar a campanha Trump - 'trabalhando silenciosamente para impulsional Hillary Clinton'. Então, onde está a investigação F.G. (procurador-geral)?"
A embaixada de Kiev em Washington rebateu a acusação garantindo que não ajudou "qualquer candidato" nas eleições.
Sessions decidiu não participar de qualquer investigação do departamento de Justiça sobre a suposta ingerência da Rússia na campanha eleitoral americana de 2016 por pertencer à equipe de Trump e porque não conseguiu explicar diante do Senado os contatos que manteve com o embaixador russo em Washington.
Em uma entrevista ao jornal New York Times na semana passada, Trump disse que jamais teria nomeado Sessions se soubesse que ele se recusaria a investigar o caso.
O filho mais velho de Trump, seu genro e seus principais assessores são alvos da investigação conduzida por Mueller.
Jared Kushner, genro do presidente, foi interrogado na segunda-feira por uma comissão do Senado sobre seus vínculos com o então embaixador russo Sergei Kislyak, um banqueiro russo e uma advogada. Kushner negou qualquer conluio.
A comissão do Senado que investiga os laços com Moscou desistiu nessa terça-feira de convocar o ex-chefe da equipe de campanha de Trump, Paul Manafort, a uma audiência pública na quarta-feira. Donald Trump Jr. foi retirado da lista oficial de depoimentos para essa audiência.
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