Topo

Equipe de segurança do vice de Trump é substituída por levar mulheres a hotel

O vice-presidente norte-americano, Mike Pence - Foto: CLAUDIO REYES / AFP
O vice-presidente norte-americano, Mike Pence Imagem: Foto: CLAUDIO REYES / AFP

Em Washington

25/08/2017 09h56

Membros de um destacamento militar responsável pela proteção do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, foram substituídos em seus cargos depois de terem levado mulheres ao seu hotel durante uma recente missão na América Latina, informou um responsável da Defesa.

O incidente aconteceu durante uma viagem de poucos dias feita Pence a Colômbia, Argentina, Chile e Panamá, mas não foi informado em qual país.

Segundo a rede americana NBC News, a equipe de Pence soube do ocorrido ao ver um vídeo da segurança em que os homens, todos os militares de alto escalão, aparecem levando as mulheres para uma área de segurança.

Este é o último escândalo que atinge oficiais de segurança dos Estados Unidos exercendo suas funções na América Latina: em 2015, agentes do departamento antidrogas (DEA) foram descobertos quando assistiam orgias com prostitutas na Colômbia e, três anos antes, membros do Serviço Secreto contrataram trabalhadoras sexuais durante uma missão de trabalho no mesmo país.

Não foram registradas quando entraram, mas "não há nenhuma indicação até este ponto de que as mulheres que foram levadas ao hotel eram prostitutas", disseram oficiais citados na reportagem da NBC.

"Estamos cientes do incidente, que atualmente está em investigação", disse à AFP o major Adrian Rankine-Galloway, porta-voz do departamento de Defesa.

"Podemos confirmar que os indivíduos em questão foram reincorporados ao Exército", acrescentou.

A NBC informou que um dos militares pertencia à força aérea.

Em 2015, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos emitiu uma severa advertência a seus funcionários em que afirmava que não podiam se relacionar com prostitutas mesmo se estivessem em países ou regiões em que a prática é legalizada ou tolerada.

Eric Holder, então secretário de Justiça, disse que pagar prostitutas "ameaça o núcleo da missão" do departamento porque pode levar a extorsões e chantagens, podendo, inclusive, estimular redes de tráfico de pessoas.